O controle de orçamento é essencial para melhorar suas finanças pessoais. Mesmo assim, muita gente ainda sente bastante dificuldade em seguir um caminho mais saudável quando o assunto é dinheiro.
Por isso, elaboramos uma seleção de valiosas dicas para que você aprenda a fazer um controle financeiro pessoal e mantenha a sua vida financeira em dia! Ao seguir essas orientações, você estará dando um grande passo na direção de manter seu orçamento equilibrado e irá afastar-se do problema do endividamento.
21 dicas essenciais para o controle de orçamento
“Nunca gaste seu dinheiro antes de recebê-lo”
Thomas jefferson
1. Comece a controlar todos os seus ganhos e gastos mensais
É fundamental que você registre todas as entradas e saídas de capital, pois você tem que saber exatamente para onde seu dinheiro está indo.
Para facilitar esta tarefa, sugiro que você utilize um aplicativo de controle financeiro no seu smartphone, principalmente pela praticidade de poder anotar as despesas no momento em que elas ocorrerem. É muito comum ter preguiça de anotar tudo, então, um app pode facilitar esse processo.
No entanto, você também pode cadastrar no bom e velho caderninho ou em uma planilha de controle financeiro pessoal no Excel. Como são personalizáveis e têm possibilidades infinitas, podem ser uma boa escolha para quem gosta de ter um gerenciamento mais detalhado. Mas, no fim, o importante é não deixar de registrar as transações!
Assim, você conseguirá identificar a real necessidade ou não dos seus gastos e ficará mais fácil reduzir despesas ou cortar gastos desnecessários. Consequentemente, o dinheiro começará a sobrar, ao invés de faltar, no fim do mês!
Controle de gastos: 5 dicas para fazer da maneira correta!
2. Nunca gaste mais do que você ganha
Embora esta seja a dica de ouro de qualquer controle financeiro minimamente eficiente, muitas pessoas costumam esquecê-la! Se você ganha X, o ideal é que você gaste no máximo 90% de X por mês, para que você economize pelo menos 10% dos seus rendimentos e possa atingir a tranquilidade financeira um dia.
Mesmo assim, sei que nem sempre é algo simples de conseguir, principalmente para quem tem pouco ou nenhum controle. A solução é seguir a primeira dica e, depois, começar a poupar aos poucos, nem que seja 1%, aumentando esse valor conforme as coisas vão ficando mais fáceis.
Gastar menos do que se ganha é o que chamamos de “viver um degrau abaixo”, isto é, ter um estilo de vida que exija menos do que sua renda é capaz de suportar. Assim, você pode sempre separar um pouco para o futuro.
3. Pense antes de comprar!
A maioria das pessoas compra por impulso, ou seja, passam na frente de uma loja, olham o produto e compram, sem pensar no seu orçamento. A dica, nestas horas, é parar para refletir um pouco. Aqui vão algumas sugestões:
- eu preciso disso ou é apenas um desejo?
- eu realmente quero isso ou estou sendo influenciada por amigos ou a mídia?
- o quanto isso vai impactar no meu orçamento?
- vou precisar deixar de comprar algo pra adquirir esse item?
- será que encontro um preço melhor em outra loja?
Por fim, dê um tempo a si mesmo antes de comprar. Lembra quando sua mãe dizia “na volta a gente compra”? Essa é uma estratégia poderosa para evitar compras por impulso, então, use-a! As chances de você desistir da compra em 24h são bastante grandes, especialmente em compras online, onde não há problema em aguardar um pouco.
Consumismo: saiba como evitar o excesso de compras por impulso
4. Tenha uma reserva de emergências
Não se esqueça de reservar um valor do seu orçamento para os imprevistos! Doenças, desemprego e outros problemas não têm hora para acontecer e você deve se preparar para estes casos por meio de uma reserva para emergências.
Mesmo se você sempre foi controlado e nunca passou por dificuldades orçamentárias, deve manter um colchão financeiro, pois é ele que vai te dar suporte em situações de gastos inesperados e impedir que você precise contrair dívidas.
Por isso, dizemos que o primeiro investimento de qualquer pessoa deve ser a reserva emergencial. Então, assim que você conseguir começar a poupar, comece também a formação do seu fundo e fique pronto para adversidades!
5. Procure comprar sempre à vista!
Parcelas são muito atraentes, pois permitem que compremos coisas que não temos a menor condição de pagar de uma vez só, certo? Porém, parcelas a perder de vista podem ser muito prejudiciais e comprometer sua renda por meses a fio.
Quando possível, se puder esperar para adquirir algo, junte a grana e pague à vista. E saiba um segredo: não existe compra a prazo sem juros, eles estão sempre embutidos ali, tanto que, se você pagar no ato da compra, vão te oferecer um desconto! Na verdade, estão apenas descontando os juros das prestações.
Mas, se não puder poupar o total, experimente o seguinte: em vez de pagar em 24 vezes, economize o valor da prestação por alguns meses e pague em menos vezes. Assim, com menos parcelas, também diminui o valor dos juros.
Como economizar dinheiro: 15 dicas Infalíveis p/ poupar muito!
6. Diminua ou elimine os gastos supérfluos
Gastar em bobagens (satisfação momentânea) ajuda a lhe trazer dores de cabeça duradouras no futuro, pois poderá faltar dinheiro para pagar produtos e serviços importantes para você e sua família.
Sendo assim, faça uma análise detalhada das suas despesas mensais e escolha aqueles gastos supérfluos que você pode cortar totalmente ou, pelo menos, reduzir. E veja bem: isso não quer dizer que você não pode gastar nada com “besteiras”, mas o ideal é que separe uma parte do orçamento mensal (por exemplo, 10%) apenas para isso. Assim, pode gastar sem peso na consciência!
7. Evite pegar crédito ou fazer empréstimos
A não ser que seja extremamente necessário, procure nunca usar crédito ou dinheiro emprestado. No Brasil, temos algumas das taxas mais altas de juros no mundo, especialmente quando falamos em crédito fácil, como o cheque especial ou o cartão de crédito.
Isso é justificável, pois a inadimplência também é bastante comum entre os consumidores brasileiros. Por isso, antes de recorrer a esse tipo de ajuda, procure alternativas, como:
- vender itens que não usa mais em casa;
- pedir ajuda de familiares ou amigos (e pagar de volta depois);
- usar seu tempo livre para fazer renda extra.
8. Caso não tenha outra solução, pesquise pelas formas de empréstimo mais baratas
Se a utilização de crédito ou empréstimos for inevitável, antes de usá-los, pesquise em vários bancos e financeiras. Além disso, peça demonstrativos com os juros que serão cobrados e os valores que serão pagos, para ter certeza se é um bom negócio e qual seria a melhor opção. Alguns dos empréstimos mais baratos, são:
- consignado;
- pessoal com garantia;
- antecipação da restituição de IR;
- antecipação do 13º;
- refinanciamento.
Dito isso, não use o crédito por impulso! Se estiver endividado, pode valer a pena tomar um empréstimo com juros mais baixos, quitar as outras pendências e ficar apenas com essa dívida. Inclusive, ao pegar emprestado, peça um pouco mais do que precisa, para ter uma margem caso necessite gastar um pouco mais.
Empréstimo online: descubra como solicitar de maneira segura
9. Abuse da economia doméstica
Momentos desesperadores pedem por medidas desesperadas. Porém, economizar no dia a dia é sempre uma escolha saudável para o controle financeiro. Então, mesmo que não esteja passando dificuldades, procure fazer uso racional de tudo, desde energia elétrica e água até a alimentação. Aqui vão alguns textos que podem te ajudar:
- Como reduzir o consumo de energia elétrica em uma residência
- Como economizar água: 20 formas SIMPLES e COMPROVADAS!
- Economizar nas contas de celular: veja como com 5 dicas práticas!
- Dicas de economia doméstica: você quer o VIP ou na Xepa do BBB?
- O barato sai caro: boas práticas na hora de comprar com economia
O excesso de consumo reflete no excesso de gastos e, por mais que você acredite que não é possível economizar, sempre há maneiras de otimizar seus gastos. Reveja suas despesas mensais e busque alternativas para pagar menos!
10. Controle-se no supermercado
Quando for às compras, leve sempre a lista dos produtos que estão faltando em casa e que devem ser comprados. Seja realista e inclua não só o que precisa, mas o que vai dar mais conforto e satisfação para a sua família também. Assim, você consegue prever o quanto vai gastar e evita cair em tentações.
Considere comprar um produto fora da lista apenas se o mesmo estiver em promoção ou bem mais barato que nos outros supermercados. Não esqueça, ainda, de observar o prazo de validade e cuidado com as pegadinhas, como o desconto progressivo e promoções que não são realmente vantajosas.
7 listas de compras para você baixar e facilitar sua vida no supermercado
11. Crie estratégias para poupar
Guardar dinheiro nem sempre é fácil, mas você pode criar estratégias que te ajudem neste processo. Por exemplo, troque um delivery no mês pela poupança e guarde o dinheiro correspondente que gastaria. Outra opção é se recompensar de alguma forma a cada X reais guardados, pois isso gera motivação e diminui as chances de desistir no meio do caminho.
Como já citei em um dos tópicos anteriores, poupar dinheiro garante a formação da sua reserva de emergências para poder viver com mais tranquilidade financeira.
Desafio das 52 semanas para poupar dinheiro: veja como fazer e junte até R$ 13.780,00 em 1 ano!
12. Pesquise preços
Fazer pesquisa de preços pode ser bastante cansativo, mas algumas horas disso podem significar a economia de muitos dias de trabalho. Hoje em dia, com a internet, esse é um processo muito mais fácil do que antigamente, já que você não precisa ir de loja em loja pessoalmente.
Aproveite sites comparadores de preços, como Buscapé, Bondfaro e Zoom para buscar em várias lojas ao mesmo tempo e procure promoções de cashback e cupons de desconto, como o Méliuz, para te ajudar a economizar.
13. Limite gastos com restaurantes e delivery
Gastos com alimentação costumam estar entre os primeiros da lista no orçamento familiar, consumindo uma fatia grande da renda mensal. Com a popularização do delivery, isso ficou ainda mais fácil e evidente.
Se você costuma comer fora de casa várias vezes na semana, tente limitar este número ou recorrer a esta alternativa apenas em datas que sejam realmente relevantes. Se puder, prepare as refeições em casa e leve marmita para o trabalho.
Quanto ao delivery, estabeleça um limite de gasto mensal ou semanal ou pelo número de vezes. Além disso, desative as notificações de aplicativos como o iFood, que podem atrapalhar o seu foco.
14. Não acredite no conto do crédito fácil!
Esta é uma lição valiosa: ninguém distribui dinheiro sem querer nada em troca. O “crédito fácil” sempre vem acompanhado de juros e taxas absurdamente altas que acabam por tornar essa modalidade extremamente cara e inviável ao consumidor brasileiro.
Portanto, desconfie de empresas que oferecem empréstimo sem análise de crédito, eles não estão te fazendo um favor ou bondade. Mais tarde, a dívida pode ficar muito mais cara do que você esperaria, pois os juros são um prêmio de risco que a empresa ganha por te emprestar sem garantia alguma.
15. Muito cuidado com a venda casada!
Muitas, os bancos obrigam os clientes que querem um empréstimo ou um cartão de crédito a assinarem também um contrato de seguro, previdência, título de capitalização, entre outros. Saiba que isso é considerado prática abusiva, uma vez que ninguém é obrigado a adquirir um produto ou serviço para ter acesso a outro.
Chamamos esse ato de venda casada, que está proibida no artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Caso aconteça com você, denuncie na ouvidoria da empresa ou instituição financeira e, se não resolver, você pode reclamar no Banco Central e recorrer ao Procon da sua cidade.
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16. Tenha apenas uma conta bancária e não aceite todos os produtos e serviços que o banco lhe oferecer
Não aceite cheque especial, financiamentos, cartões de crédito, planos de previdência, títulos de capitalização, seguros e outros sem se informar. Se for do seu interesse, analise muito bem as ofertas dos bancos.
Lembre-se que cheque especial e cartões de crédito tem as taxas de juros mais elevadas do mercado, sendo os principais responsáveis pelo endividamento de grande parte dos brasileiros. Ou seja, não vale a pena!
Por fim, seja lá o que seu gerente te diga, título de capitalização não é investimento, é mais parecido com uma Tele Sena do que qualquer outra coisa e não vai gerar ganhos para você no longo prazo.
Como pagar menos tarifas bancárias? Escolha a conta certa e economize!
17. Não tenha mais de um cartão de crédito
Se um cartão de crédito já é responsável por complicar a vida financeira das pessoas que não têm controle de orçamento, ter mais de um pode ser um passaporte para o descontrole total.
Veja bem, eu frisei que o cartão é problemático para as pessoas que NÃO têm controle. No entanto, ele também pode ser um ótima ferramenta para o seu planejamento financeiro. Mesmo assim, não é interessante ter vários cartões, pois as chances de se perder em faturas e parcelas é muito alta. Quando se trata de cartão de crédito, mantenha as coisas o mais simples possível.
18. Use seu cartão de crédito com inteligência
Aqui vão algumas dicas para colocar isso em prática:
- ao fazer compras no cartão, mantenha controle de todos os gastos em um app de controle financeiro para não ter uma infeliz surpresa quando sua fatura chegar. É a falta de controle financeiro que acaba por causar grandes prejuízos econômicos;
- nunca pague o cartão de crédito com atraso e nunca pague apenas o “mínimo” da fatura. Nesses casos, é melhor até pegar um empréstimo para pagar a fatura, pois os juros do cartão normalmente são bem maiores;
- não empreste seu cartão a ninguém! A menos que seja um familiar muito próximo e que você sabe que vai te pagar de volta, emprestar o cartão não é uma boa ideia;
- atente-se ao vencimento da fatura e programe-o para alguns dias depois de receber seu salário.
19. Vai comprar um carro? Lembre-se de todos os gastos relacionados!
Muitas pessoas, quando pensam em comprar um veículo, consideram apenas o custo de aquisição, mas esquecem que ele é um passivo financeiro e vai consumir muito mais em despesas. Antes de decidir, considere os seguintes gastos:
- combustível;
- seguro;
- estacionamento;
- IPVA;
- manutenção;
- desvalorização anual.
Assim, faça as contas do quanto o veículo custaria mensalmente e se ele realmente cabe no seu orçamento. E, se não for usá-lo muito, lembre-se que carro parado na garagem também gera um custo de oportunidade, já que seu dinheiro poderia estar sendo melhor utilizado.
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20. O custo anual de carros financiados é ainda maior
Em caso de carros financiados, o custo anual do carro acaba subindo, porque há ainda os juros que são cobrados nestas operações. Aliás, cuidado com promoções “taxa zero” que você vê na TV, pois elas sempre incluem outras despesas que podem ficar “maquiadas”, mas que você terá de pagar de qualquer jeito.
Antes de financiar um veículo, busque alternativas como o transporte por aplicativos ou tente economizar parte do valor total para não ficar presa a um financiamento infinitamente.
21. Tenha disciplina e respeite o seu orçamento
Ao conseguir equilibrar as contas, é muito importante que você consiga manter o equilíbrio ao longo dos próximos meses. Abandone a ideia de que vai ter que fazer o seu controle de orçamento apenas uma vez e que depois vai ficar tudo tranquilo, pois esse é um processo constante.
Pense comigo: sua rotina e sua vida não mudam de tempos em tempos? Então, também será preciso adaptar seu planejamento financeiro para que ele ande junto. A disciplina e o respeito ao que foi definido no seu orçamento é fundamental para o seu futuro, mas alterações podem ser necessárias e não há problema nenhum nisso.
Para ajudar, você pode usar métodos de orçamento como a Regra 50/30/20, onde podemos destinar porcentagens pré-definidas para cada tipo de gasto.
Aliás, deslizes provavelmente acontecerão, mas procure não desistir de todo o esforço já feito e você logo verá os efeitos de ter uma vida financeira mais saudável.
Bônus: sempre que tiver dúvidas e antes de fazer qualquer negócio, procure orientação!
Muitas vezes, quando precisamos adquirir um empréstimo ou fazer uma compra grande, não sabemos muito bem por qual caminho seguir. Não há problema nenhum nisso, já que ninguém pode saber tudo sobre tudo. Nesses momentos, não hesite em procurar ajuda de quem entende mais e pode te orientar.
Pode ser um profissional da área que não tenha conflito de interesses, os Procons, as associações de defesa do consumidor, a Defensoria Pública, um advogado ou um amigo de sua confiança que entenda bem do assunto.
Não importa o meio, procure se informar antes de fechar contratos. Isto pode fazer toda a diferença entre comprometer todo o seu controle de orçamento ou não.
Conclusão
O acompanhamento e controle de orçamento é uma atividade vital para que você possa manter a saúde financeira no longo prazo. Como você pode perceber no decorrer do artigo, são vários pontos que requerem atenção, tais como: controle de cartão de crédito, análise de compras, tarifas bancárias, empréstimos, custos de carros, entre outros.
Mas não precisa entrar em pânico, o iDinheiro está sempre a postos para te ajudar a cuidar das suas finanças e multiplicar seu patrimônio. Vou deixar aqui mais alguns posts para você melhorar ainda mais:
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Excelente as dicas! Muito Obrigada
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