O que são os juros compostos?
Inicialmente, vamos explorar o conceito de juros. Eles são uma espécie de “contrapartida” ao emprestar dinheiro ou outros bens para pessoas ou empresas.
Nesse sentido, a cada período que passa e o valor ou item está sob empréstimo, incide um percentual sobre o montante total, como se fosse um tipo de aluguel cobrado.
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Pense em um exemplo. Você pediu dinheiro emprestado para um amigo e, como condição, ele pediu para que, ao final do período, você devolva o dinheiro acrescido de um valor.
Este valor a mais é, justamente, os juros. Vale ressaltar que eles podem ser simples ou compostos.
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De forma geral, podemos dizer que os juros compostos são uma prática de “juros sobre juros”. Você pode encontrá-los com frequência no sistema financeiro, já que apresentam uma rentabilidade maior ao comparar com os juros simples.
Outra forma de compreendê-los é pensando que são um valor nos quais os juros do mês se incorporam ao capital.
No caso de dívidas, os juros compostos são delicados e perigosos. Mas, no caso dos investimentos, eles são excelentes.
Quando eles são usados, na prática?
Para exemplificar os juros compostos, basta pensar naquelas pessoas que vivem de renda (ou juros).
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Com o passar dos meses, ao investir no Tesouro Direto ou em cotas de fundos de investimento, por exemplo, os juros se multiplicam de acordo com o volume de recursos que é acumulado na conta do investidor.
O mesmo acontece com as faturas de cartão de crédito que não são pagas em dia. A cada mês sem pagar, os juros incidem sobre o montante total (dívida + juros) e não somente sobre o valor inicial. Por isso, aquela “bola de neve” se acumula.
Você entenderá melhor sobre os juros compostos a seguir, em uma exemplificação prática comparada aos simples.
Qual a diferença entre juros simples e juros compostos?
A diferença básica se encontra na base de cálculo da taxa. Enquanto nos juros simples ela é cobrada sobre o valor inicial, nos juros compostos ela é cobrada sobre o valor do último mês.
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Para exemplificar, pense que você fez um empréstimo de R$ 10 mil. A taxa mensal de juros é de 1%.
Como fazer cálculo de juros simples
No caso dos juros simples, o valor aumentará em 1% (ou R$ 100) a cada mês, não importa o que aconteça. Sendo assim, a somatória ao final de um ano será de R$ 11.200,00.
Como fazer cálculo de juros compostos
Ao pensar nos juros compostos, o valor aumenta sempre de acordo com os juros do mês anterior. Ou seja: se em janeiro houve o mesmo aumento de 1% (ou R$ 100), em fevereiro este aumento será de R$ 101,00.
Este valor, então, corresponde a 1% de R$ 10.100,00 e não ao dos R$ 10.000,00 iniciais, que ocorrem nos juros simples.
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Por esse motivo, falamos que o valor cresce muito mais rápido com os juros compostos. É por isso também que no caso de dívidas essa modalidade é muito pior.
Qual a fórmula de juros compostos?
Já exemplificamos de forma prática, mas, para resumir todo o conceito que envolve os juros compostos, existe uma fórmula para ser aplicada em qualquer caso.
A expressão usada é:
A fórmula realmente fica um pouco complexa quando se utiliza valores maiores, por isso, criamos a calculadora de juros compostos para simplificar os cálculos.
Tabela de juros compostos: exemplos
Considerando aquele mesmo exemplo anterior (empréstimo de R$ 10 mil com taxa mensal de juros é de 1%), a tabela seria:
Mês | Capital | Juros(%) | Montante (R$) |
---|---|---|---|
Janeiro | 10.000 | 1% de 10.000 = 100 | 10.000 + 100 = 10.100 |
Fevereiro | 10.100 | 1% de 10.100 = 101 | 10.100 + 101 = 10.201 |
Março | 10.201 | 1% de 10.201 = 102,01 | 10.201 + 102,01 = 10.303,01 |
Seguindo essa tabela, ao final de 12 meses, a dívida total da pessoa exemplificada será de R$ 11.268,25.
De toda forma, para ter uma resposta muito mais rápida, simplificada e prática, as calculadoras são ótimas opções. Por isso, não deixe de usar nossa calculadora de juros compostos.
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