Se você perguntar o que é e-commerce para algumas pessoas, a maioria vai responder que é um site cheio de produtos, onde é possível realizar compras online, realizar o pagamento e receber seu pedido sem sair de casa. Bom, isso é uma boa definição, mas será que é somente isso mesmo?
Caso tenha essa mesma percepção sobre o e-commerce, vai gostar de saber que ele vai muito além disso e que, inclusive, a maioria das pessoas está utilizando o termo de forma errada. Continue a leitura e entenda o que é, como funciona, quais os tipos existem e muito mais!
O que é e-commerce e para que serve?
O e-commerce, também conhecido como comércio eletrônico, é um ambiente virtual onde ocorrem as transações comerciais entre o lojista e o consumidor. Na maioria dos casos, é uma alternativa à loja física já existente, funcionando como um novo canal de vendas de seus produtos ou serviços – mas isso não é uma regra.
Apesar de sua disponibilidade global, geralmente as vendas ficam restritas a uma determinada região, estado, cidade ou país, por conta das dificuldades de logística que as empresas enfrentam. Além disso, muito se confunde o termo e-commerce com outras modalidades do comércio online, como o marketplace e loja virtual, por exemplo.
Para que se compreenda, o e-commerce é o ambiente em que se ocorre a venda, já o marketplace e a loja virtual são canais de vendas dentro do e-commerce (comércio eletrônico). Mas fique tranquilo(a), podemos nos aprofundar mais sobre os principais canais de vendas existentes a seguir e, assim, compreender melhor o que é e-commerce e suas particularidades.
Como funciona o e-commerce?
O funcionamento de um e-commerce é bastante parecido com o de uma loja física, mas com as particularidades do ambiente online, é claro. Na prática, você entra na loja, anda pelos corredores, escolhe os produtos, coloca em seu carrinho e, ao fim, se direciona ao caixa para fazer o pagamento e levá-los para casa.
Falando assim até parece que estamos nos referindo especificamente a uma compra comum em uma loja física, não é mesmo? Mas a verdade é que as ações são as mesmas, o que as difere, no caso, são os nomes que damos à elas e o local em que se ocorre.
No e-commerce, por exemplo, o “entrar na loja” seria digitar seu endereço (URL) na aba do navegador e “acessá-la”, instantaneamente. Após este passo, já é possível visualizar os produtos em destaque na “entrada da loja”.
Para os amantes de lojas físicas, infelizmente, não é possível tocar nos produtos para sentir sua textura ou cheiro, por exemplo. Porém, clicando em cada produto você tem acesso à imagens, descrições, preços e, em alguns casos, até vídeos – o que pode proporcionar uma experiência ainda melhor para o cliente, podendo analisar cada item criteriosamente.
Mas você pode estar se perguntando “E se eu gostar do produto e desejar comprá-lo, com quem eu falo se não vejo os vendedores?” Neste caso, basta adicioná-lo em seu carrinho virtual e, ao fim da compra, efetuar o pagamento, assim como em uma loja física.
Como não há, necessariamente, vendedores visíveis à disposição, sua compra é feita no modelo self-checkout, conhecido também como “autoatendimento”.
No caso, com o auxílio de um gateway de pagamento, você será encaminhado(a) para a página de checkout, onde poderá conferir os produtos e finalizar a compra. Para isso, basta fazer login ou criar um novo, inserindo suas informações pessoais, endereço e forma de pagamento.
Dependendo da forma de pagamento escolhida, seu pedido ficará em análise até que a loja confirme o recebimento do dinheiro e, assim, emita a nota fiscal para separação do material. Após isso, seu pedido será entregue no seu endereço ou em algum outro lugar, a depender do que foi acordado no momento da finalização da compra.
Aliás, a parte logística de um e-commerce – no caso de produtos físicos – é a que mais se assemelha a de uma loja física. Isso, porque para o pessoal de logística, a origem do pedido não importa tanto, mas sim o seu destino. Isto é, se a entrega será no balcão da loja física, em um bairro vizinho ou em outro estado, por exemplo, necessitando de despacho por correio ou transportadora.
Canais de venda online do e-commerce
Na tentativa de entender ou até explicar sobre o que é e-commerce, é possível ver várias pessoas o confundindo com outras modalidades e canais de vendas. Para que isso não aconteça mais e você compreenda melhor, veja a seguir as principais características e especificidades de cada um.
1. Marketplace
Em resumo, podemos dizer que o marketplace é um grande shopping online, onde é possível encontrar produtos de diferentes categorias, preços e qualidades. Além disso, como já dito antes, apesar de ser parecido com um e-commerce, tem uma característica bastante perceptível e própria: reúne os produtos de diferentes lojistas em um só site/aplicativo.
Assim, cada lojista é responsável por seus produtos, preços, entrega e demais processos. Neste caso, a grande vantagem do marketplace é a grande exposição para os consumidores e a possibilidade de cada um destes comparar e realizar a melhor compra. Alguns exemplos de grandes marketplaces que temos no Brasil são Americanas, Mercado Livre, Amazon e Magazine Luiza.
2. Loja Virtual
Uma loja virtual é mais um dos diversos canais de venda online do e-commerce. Com ela é possível fazer a exposição dos seus produtos em uma espécie de “vitrine virtual”, onde os clientes podem visualizar cada item, escolher, realizar o pagamento e receber seu produto sem sair de casa.
Atualmente, desde pequenos negócios locais a grandes empresas possuem uma loja virtual para vender seus produtos/serviços. Isso tornou-se possível graças à facilidade em criá-la – sem o conhecimento prévio sobre programação – por meio de algumas plataformas de e-commerce disponíveis no mercado.
3. Redes Sociais
Poucas pessoas sabem, mas as redes sociais também são caracterizadas como canais de vendas do e-commerce. Inclusive, de acordo com uma pesquisa da IDC, realizada a pedido da Infobip, mais de 80% dos varejistas utilizam as redes sociais para vender. Aliás, você já comprou algo por meio das redes sociais?
Ainda, a compra pela internet já se tornou cotidiano para algumas pessoas e, apesar das dificuldades na centralização do atendimento, as empresas têm aproveitado o grande fluxo que vem das redes sociais para vender mais. Algumas alternativas que vêm sendo adotadas são integração, atendimento por bot ou encaminhamento direto para a loja virtual.
Quais tipos de e-commerce existem?
Assim como no comércio tradicional, dentro do comércio eletrônico (e-commerce) há diversos modelos de vendas, de divulgação de produtos e de perfil de público. Por isso, trouxemos aqui uma lista dos principais tipos de e-commerce para que você entenda melhor sobre cada um e saiba como diferenciá-los.
- Business to business (B2B): modelo de negócio em que uma empresa vende seus produtos ou serviços para uma outra empresa;
- Business to consumer (B2C): modelo de negócio mais comum, em que uma empresa tem como público o consumidor final;
- Consumer to consumer (C2C): vendas realizadas entre pessoas, muito comuns em sites como OLX, Enjoei e o marketplace do Facebook.
- Business to government (B2G): empresas que vendem ou prestam serviços para o governo, seja municipal, estadual ou federal;
- Direct to consumer (D2C): nesse modelo de negócio algumas empresas do setor industrial vendem seus produtos diretamente para o consumidor final, atraídos pelo “preço de fábrica”;
- M-commerce (Mobile e-commerce): este tipo de e-commerce não se diferencia, necessariamente, pelo público, mas pela forma em que a compra é efetuada. Ou seja, se inserem aqui todas as compras realizadas por meio do smartphone que, inclusive, representa a maior parte.
- Social Commerce: por último, mas não menos importante, se inserem aqui todas as compras realizadas por meio das redes sociais.
Como criar um e-commerce
Para criar um e-commerce você tem duas principais opções, as quais são contratar um programador ou fazer por conta própria com o auxílio de uma plataforma vendas online. Para facilitar, já adiantamos que a última forma é que vem sendo mais utilizada, tanto por negócios locais quanto grandes empresas.
O trabalho de um programador – ou desenvolvedor – é, sem dúvidas, uma ótima opção, seja por seu conhecimento técnico ou possibilidade de criar seu e-commerce do zero. Porém, isso pode demandar mais tempo e recurso financeiro, já que este é um dos profissionais mais demandados e, consequentemente, bem pagos do mercado.
Já a utilização de uma plataforma de e-commerce pode ajudar bastante os empreendedores que não possuem tanto recurso ou que querem algo mais prático, que não demande conhecimento prévio em programação. Assim, se torna a opção mais viável para a maioria das empresas.
Além disso, é possível encontrar diversas plataformas de e-commerce disponíveis no mercado. Algumas cobram uma mensalidade, de acordo com o volume de produtos, acessos por mês e funcionalidades, enquanto outras cobram uma taxa sobre as vendas. Inclusive, este é um ponto para avaliar na hora de escolher a sua.
Na prática, após a contratação da plataforma, é bastante simples criar a sua loja virtual, já que a maioria até disponibiliza alguns modelos pré-configurados. Assim, basta você começar a cadastrar seus produtos, informações sobre a empresa, formas de pagamento e entrega, cores, logo e outros elementos para deixar seu e-commerce do seu jeito.
Leia também e entenda como montar uma loja virtual de roupas!
Vantagens do e-commerce
Agora que você entende o que é um e-commerce, como ele funciona, quais tipos existem e como criar um, precisa saber também quais são as principais vantagens e desvantagens deste modelo. Assim, é possível avaliar se ele se encaixa na situação atual do seu negócio e se vale a pena o investimento. A seguir, confira os pontos positivos do e-commerce.
Baixo investimento inicial
É fato, montar um e-commerce é muito mais barato do que montar uma loja física. Isso porque, como você viu anteriormente, com o uso de alguma plataforma de e-commerce é possível criar sua loja virtual em poucos cliques. Alguns custos, como o de domínio, até são incluídos em pacotes mensais vendidos por essas plataformas.
Melhor Retorno Sobre o Investimento (ROI)
Neste caso, o Retorno Sobre o Investimento (ROI) também será mais rápido, já que o custo foi baixo. Com o e-commerce, é possível vender sem a necessidade de vários funcionários, além de gastos comuns como energia, água e aluguel, por exemplo.
Maior alcance
Com o e-commerce, sua loja não estará mais restrita a um bairro, cidade ou região, podendo alcançar muito mais pessoas. Além disso, ela funcionará 24 horas por dia, 7 dias por semana – o contrário da maioria dos estabelecimentos físicos. Assim, você poderá atender até o público que não tem muito tempo para comprar presencialmente.
Melhor análise
Com um e-commerce é possível analisar seus clientes e suas vendas com maior quantidade de dados, descobrindo, por exemplo, o perfil do público, gênero, idade, comportamento de compra, horários de picos de acessos, produtos mais vendidos na internet, etc. Com esses dados em mãos é possível otimizar seu site, mapear oportunidades e, consequentemente, aumentar suas vendas.
Desvantagens do e-commerce
Como nem tudo é um mar de rosas, o e-commerce também possui alguns pontos negativos. Na sequência, veja essas desvantagens.
Necessidade de um cuidado maior na logística
O problema de logística da sua empresa pode ser ainda maior em um e-commerce. Isso, porque todas as informações sobre a política de entrega e devolução devem estar claras no seu site. Lembre-se de que todo consumidor tem até 7 dias para se arrepender da compra feita pela internet, sem a necessidade de informar o motivo. Deixe claro de que forma essa devolução se dará e quem arcará com os custos.
Maior riscos de fraudes
Não seja mais um empreendedor que investiu tempo e dinheiro em uma loja virtual e logo nos primeiros dias levou um golpe e precisou fechá-la. Isso é algo bastante recorrente em e-commerce. Invista em plataformas antifraude, que identificam as tentativas de golpes e as bloqueiam, tanto em pagamentos quanto em invasão do site e roubo de dados.
Não se aplica a todos os segmentos
Há quem diga que o e-commerce é para todos, mas infelizmente não é bem assim. Existem alguns tipos de produtos em que seu público não tem tanta afinidade com a internet e que investir em uma loja física vale muito mais a pena. Além disso, itens como cama ortopédica, veículos ou alimentos perecíveis, são exemplos de produtos que, em geral, gostamos de comprar pessoalmente e atestar sua qualidade. Concorda?
Mercado competitivo
Assim como o alcance de um e-commerce pode ser maior, sua concorrência também será. Se você vende nacionalmente, por exemplo, irá competir com outros milhares de lojistas. Para se destacar, precisará investir em anúncios e outras ações para estar sempre em destaque. Portanto, leve isso em consideração.
E-commerces mais famosos do Brasil
Ao se pensar em e-commerce alguns nomes já vêm na cabeça, não é mesmo? Por isso, trouxemos uma lista dos mais famosos no Brasil, de acordo com o número de buscas mensais em buscadores como o Google. Confira!
- Mercado Livre: 30,4 milhões de buscas mensais;
- Magazine Luiza: 7,4 milhões;
- Casas Bahia: 7,4 milhões;
- Netshoes: 6,1 milhões;
- Aliexpress: 4,1 milhões;
- Lojas Americanas: 4,1 milhões;
- Dafiti: 3,3 milhões;
- Uber: 2,7 milhões;
- Decolar: 2,7 milhões;
- Latam: 2,7 milhões.
O que é e-commerce: conclusão
Esperamos ter ajudado você a entender melhor sobre o que é e-commerce, suas características e particularidades, vantagens e desvantagens, assim como criar um do zero. Como você viu, apesar dos desafios, investir em e-commerce pode ser uma ótima alternativa para começar a vender ou aumentar as vendas do seu negócio.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
- O que é e-commerce? Confira exemplos!
O e-commerce, também conhecido como comércio eletrônico, é um ambiente virtual onde ocorrem as transações comerciais entre o lojista e o consumidor. Alguns exemplos de e-commerce mais populares no Brasil são Magazine Luiza, Casas Bahia e Netshoes.