Veja as 7 fraudes financeiras mais comuns e como se proteger delas!

Já viu como o número de golpes e fraudes financeiras cresce assustadoramente? Você precisa saber como identificá-los e não cair neles. Temos todas as informações que você precisa aqui. Confira.

Escrito por Camille Guilardi

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Todo mundo conhece uma triste história de alguém que caiu em um golpe por telefone, no cartão de crédito, acreditou em investimentos milagrosos e, por fim, acabou perdendo dinheiro, não é mesmo?

E, vamos combinar: os criminosos são bem convincentes e os golpes estão ficando cada vez mais sofisticados, com as novas tecnologias para interceptar ligações, roubar dados e fazer cópias perfeitas dos nossos documentos.

Então, como não cair nesses golpes? E, ainda: como proteger e orientar pessoas mais suscetíveis aos criminosos como idosos ou pessoas com pouco conhecimento e experiência financeira?

Conhecer os principais golpes e fraudes financeiras é um ótimo começo, você pode se precaver e também orientar quem mais precisa. E, para ajudar nisso, o iDinheiro listou os 7 golpes e fraudes financeiras do momento. Veja aqui:

  1. Golpe do boleto falso
  2. Golpe do cartão de crédito
  3. Depósito antecipado para liberação de empréstimo
  4. Golpes e fraudes financeiras no Whatsapp
  5. Oferta de investimento milagroso (pirâmide financeira)
  6. Venda casada
  7. Outros golpes e fraudes financeiras com o cartão de crédito

Veja agora como reconhecer esses golpes e se livrar deles antes que gerem prejuízos. Vem comigo!

1. Golpe do boleto falso

O golpe do boleto falso pode ser aplicado tanto no envio do documento impresso ao endereço da vítima, como também durante a compra em um e-commerce. Quer um exemplo? Uma conta de luz clonada!

Dessa forma, o boleto falso direciona o pagamento para uma conta dos criminosos em vez da conta oficial da empresa ou loja. Assim, ao digitar ou usar o leitor de código de barras, a vítima não percebe nenhuma irregularidade, afinal de contas, o pagamento transcorre naturalmente. Todavia, o produto comprado não chega ou a conta de consumo permanece em aberto, que é quando o consumidor se dá conta de que houve algum erro no pagamento.

Como se prevenir contra o golpe do boleto falso?

Os boletos bancários são uma das formas de cobrança mais utilizadas no Brasil, por isso, ainda não dá para evitá-los (apesar de que o PIX, mesmo com suas vantagens e desvantagens, pode mudar isso). Assim, posso dizer que essas dicas para não cair nos golpes são mais do que valiosas e merecem ser compartilhadas. Então, para se prevenir:

  • confira todas as informações do boleto antes de pagar, inclusive dados do beneficiário (você pode consultar o CNPJ do e-commerce no final da página deles, por exemplo);
  • não use redes de wi-fi públicas ou desconhecidas, principalmente nos dispositivos que você utiliza para pagamentos e acesso aos seus dados bancários;
  • use antivírus no seu computador e smartphone;
  • prefira boletos que são emitidos diretamente no site do banco ou da loja, evitando aqueles que são encaminhados por e-mail ou whatsapp;
  • tenha atenção aos boletos de contas de consumo enviados ao seu endereço fora da data convencional, pois podem ser documentos falsos;
  • saiba o que significam os números dos códigos de barra do boleto bancário. Com isso, você pode comparar o documento com outros emitidos pela mesma loja ou empresa;
Imagem dividindo o código de barras do boleto por cores e explicando o que cada uma siginifica.
O que significam os números do boleto bancário

Os chamados “identificadores de campo” do boleto direcionam para o sistema quem é o beneficiário daquele pagamento. Assim, se você estiver pagando a conta de luz do mês de setembro, esse conjunto de números deve ser da concessionária de luz e serem iguais aos dos meses anteriores, certo?

O que fazer se descobrir que pagou um boleto falso?

Se você pagar um boleto falso, vai ter que correr atrás do prejuízo! Então, a primeira recomendação é que você imprima o comprovante de pagamento e, junto com o documento com código de barras do golpe também impresso, faça um boletim de ocorrência.

Depois, será preciso contatar a central de atendimento da loja ou empresa para tentar solucionar extrajudicialmente (sem acionar a justiça). Isso porque de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a empresa é responsável por garantir um ambiente de pagamento seguro para seus clientes. Assim, se houve uma falha nesse serviço, ela deve arcar com o prejuízo.

Porém, se ela terceiriza o serviço de emissão a algum banco, ele também pode ser responsabilizado. Mas, se mesmo assim ainda não houver acordo, você pode acionar o Procon ou até mesmo a justiça para reaver seu dinheiro. Uma boa dica é usar o site oficial do governo. É uma dor de cabeça, não é mesmo? Porém, você pode evitá-la tomando os devidos cuidados.

2. Golpe do cartão de crédito

Primeiramente, o golpe do cartão de crédito ocorre em ambiente online ou em pontos físicos como lojas e restaurantes. Acredite, essa é uma das modalidades de golpe que os criminosos mais empregam criatividade. Existem algumas fraudes financeiras que podem ser realizadas com o cartão de crédito. Entre as mais comuns, estão:

  • clonagem: que é quando o criminoso copia os dados de um cartão, insere em outro, e faz o uso do mesmo. É mais comum em cartões de crédito sem a tecnologia de chip e os ladrões costumam usar o “chupa cabra” para reter o cartão no caixa eletrônico e depois copiá-lo;
  • confirmação de dados: que é um golpe onde o criminoso se passa por um funcionário do banco ou administradora do cartão de crédito e, com um enredo convincente, pede que o cliente confirme uma série de dados (inclusive sua senha) por telefone;
  • compra duplicada: que é quando o vendedor simula um erro na máquina e faz o comprador repetir a transação acreditando que a primeira não funcionou. Quando o cliente percebe, pagou duas vezes o mesmo valor;
  • troca de cartões: que normalmente acontece após o uso do caixa eletrônico. O criminoso observa a digitação da senha, acompanha a vítima e, em uma oportunidade, troca de cartão com ela. Nesse caso, ele terá o plástico e a senha para comprar livremente até que a vítima perceba;
  • compra em sites falsos: que é quando o criminoso cria um endereço eletrônico espelhado de um e-commerce ou site do banco e, quando a vítima digita seus dados, envia todas as informações necessárias para o roubo ser concluído (pishing).

Como evitar o golpe do cartão de crédito?

Os golpes com cartão de crédito, como você viu, podem acontecer no ambiente físico ou virtual. Então, os cuidados devem ser redobrados. Algumas boas práticas de segurança podem até parecer bobas, mas não custa reforçar. Vamos lá:

  • não passe a senha e os dados do seu cartão de crédito pelo telefone, mesmo que a pessoa se identifique como funcionária da instituição;
  • sempre que for usar o cartão de crédito em um ponto de venda físico, acompanhe todo o processo e não aceite que a transação seja realizada em maquinetas com o visor apagado;
  • não use caixas eletrônicos se perceber que está sendo vigiado;
  • use a configuração do internet banking que envia uma SMS para seu celular sempre que uma compra é realizada com seu cartão de crédito;
  • não empreste seu cartão de crédito para terceiros, mesmo que familiares a amigos;
  • atenção aos sites de compra e internet banking, principalmente quando acessado em computadores e smartphones sem antivírus;
  • peça a via de pagamento da maquineta para confirmar valores e parcelamentos;
  • sempre confira seu extrato e fatura do cartão de crédito;
  • não clique em links ou promoções milagrosas, assim como desconfie de correntes e mensagens enviadas pelo whatsapp, pois podem conter vírus.

O que fazer se descobrir que sofreu um golpe do cartão de crédito?

As administradoras de cartões de crédito têm sistemas que identificam movimentações atípicas na conta do cliente. Portanto, em compras muito fora do padrão, eles podem ser bloqueados como medida de segurança.

Porém, não dá para contar só com isso, não é mesmo? Então, ao perceber que seu cartão ficou preso na máquina, foi trocado com outra pessoa ou situação similar, entre em contato com a operadora e solicite o bloqueio imediato.

Em situações onde a fragilidade que causou o golpe ou fraude financeira é de responsabilidade da instituição, ela realiza o estorno integral do dinheiro de forma bem ágil. Todavia, em alguns casos, a atitude que permite que o golpe aconteça parte da vítima. Assim, as medidas judiciais para buscar o responsável e ter o devido ressarcimento podem ser mais complexas e envolver outros órgãos de proteção ao consumidor.

3. Depósito antecipado para liberação de empréstimo

O golpe do depósito antecipado no empréstimo acontece em empresas não confiáveis que oferecem “crédito fácil e sem burocracia”. Lojas de crédito físicas, profissionais não regulamentados (agiotas) e até mesmo sites fazem esse tipo de ação. Portanto, o foco quase sempre são pessoas com nome sujo ou que não tem comprovante de renda, e estão precisando de dinheiro urgente.

Então, os criminosos indicam o pagamento de uma taxa antecipada (que pode ter diferentes nomes para disfarçar a cobrança, como tarifa de cartório, pagamento da primeira parcela etc) que ajudaria a aprovar o crédito para o interessado. Porém, depois de pagar o valor, o empréstimo não é liberado e o dinheiro também não é devolvido.

Como não cair no golpe do depósito antecipado para empréstimo?

As melhores dicas para não cair nesse tipo de golpe é escolher bem a financeira ou opção de empréstimo online a ser escolhida. Algumas boas práticas, são:

  • não aceite ofertas de empréstimo por telefone ou mensagens do Whatsapp;
  • verifique o site oficial da empresa e seus dados de inscrição, como endereços e CNPJ;
  • confirme se o site para contratação do empréstimo tem certificados de segurança;
  • procure saber se a empresa está devidamente regularizada nos órgãos governamentais de fiscalização, Banco Central e se tem certificações extras;
  • saiba que nenhuma empresa idônea solicita depósito antecipado portanto, prefira não contratar o crédito nesses casos;
  • consulte opiniões de outros clientes em sites especializados e como o Reclame Aqui.

O que fazer se cair no golpe do depósito antecipado no empréstimo?

Você pode reunir o máximo de documentos que comprovem o golpe e procurar uma delegacia da Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. Além disso, com esses registros e documentos, pode entrar na justiça solicitando reparos materiais e danos morais por conta da publicidade enganosa e abusiva.

Todavia, vale lembrar que esse tipo de golpe quase sempre foca em pessoas que estejam negativadas, querendo empréstimos urgentes e sem burocracia. Que já tenham tentado outras opções no mercado e não conseguiram por conta de seus scores de crédito baixo.

Se é esse o seu caso, tente renegociar sua dívida, buscar novas fontes de renda ou mesmo, vender algo de valor para levantar recursos rapidamente. Isso pode ajudar a refazer seu controle financeiro pessoal.

4. Golpe e fraudes financeiras no Whatsapp

As fraudes e golpes financeiras são comuns no ambiente online, mais precisamente, no Whatsapp. Dessa forma, antes de aplicar qualquer golpe ou uma das diversas fraudes financeiras pelo aplicativo, os criminosos estudam bem suas vítimas. Acessam suas redes sociais abertas, identificam seus amigos, local de trabalho e outras informações que podem ser utilizadas para dar sentido ao golpe.

Então, eles clonam o dispositivo e se passam pelo dono do Whatsapp pedindo dinheiro urgente em sua lista de contatos. Nessa situação, não só o dono do aplicativo, mas seus amigos e parentes ficam no prejuízo. Em outros casos, é só o dono do celular que cai no golpe. O golpista o convence a enviar um código do Whatsapp que libera total acesso ao dispositivo. A clonagem de chip pelo fornecimento do SIM Swap também não é incomum.

Como não cair no golpe do Whatsapp?

Além de redobrar a atenção com contatos de pessoas desconhecidas que se passam por especialistas ou representantes da empresa (no caso do Whatsapp), boas práticas também são:

  • ativar a “Verificação em duas etapas” do aplicativo pela opção “Ajustes” e depois, “Conta”. Assim, uma senha de seis dígitos sempre será solicitada quando alguém tentar instalar seu Whatsapp em outro dispositivo;
  • não utilize sempre a mesma senha para diferentes dispositivos e aplicativos;
  • não clicar em links suspeitos, mesmo que aparentemente de sites famosos como “globo.com”. Em alguns casos, os golpistas criam endereços similares para que o resumo da URL deixe em destaque o nome mais conhecido;
  • desconfiar de pedidos de dinheiro pelo Whatsapp, mesmo que de parentes e conhecidos.

O que fazer se cair no golpe do Whatsapp clonado?

Se perceber que seu Whatsapp foi clonado e que os criminosos estão fazendo tentativas de acessar seu aplicativo do banco ou resgatar investimentos, tome as seguintes providências:

  • entre em contato com o banco por um canal confiável e solicite o bloqueio de qualquer movimentação na conta;
  • solicite uma verificação da conta do Whatsapp por SMS. Assim, qualquer dispositivo que tentar acessar a conta novamente terá que inserir esses 6 dígitos (importante: é preciso realizar esse procedimento o mais rápido possível pois muitos criminosos já conhecem esse procedimento e, tão logo iniciam o golpe, ativam a verificação por duas etapas assumindo total controle do seu Whatsapp);
  • avise todos os contatos do seu Whatsapp para não aceitarem pedidos de transferência, clicarem em links ou qualquer outra informação que venha do seu contato;
  • faça um boletim de ocorrência.

Se tais medidas não forem suficientes, você poderá ainda enviar um e-mail para o suporte do Whatsapp pedindo que sua conta seja desativada por motivo de roubo. No título do e-mail, informe o número do seu celular com +55 e o DDD na frente. O endereço do suporte é: support@whatsapp.com

Mas, se você transferir dinheiro para terceiros depois de cair no golpe, pode fazer um boletim de ocorrência. Assim, a ocorrência fará parte de uma investigação pontual ou maior, caso outras pessoas tenham sido lesadas pelo mesmo golpista.

Ao final da investigação, se houver entendimento de que houve uma falha na segurança proporcionada pelos canais (banco, aplicativo etc), eles podem ser responsabilizados judicialmente. Porém, se não for o caso, é um prejuízo que você terá que arcar com ele.

5. Oferta de investimento milagroso (pirâmide financeira)

E os golpes de pirâmide? Estes ocorrem mais comumente nas relações pessoais, já que é feito por indicação. Mas, também existem alguns golpes e fraudes financeiras desse estilo nas redes sociais.

Normalmente uma pessoa convida a outra para fazer parte de um esquema de vendas ou investimentos com ganhos espetaculares e de forma fácil. Além disso, pode envolver a venda de um produto, investimento em um ativo financeiro ou apenas as indicações que precisam ativar sua participação colocando dinheiro no esquema.

Todavia, ele não é sustentável e quem está na base da pirâmide serve, exclusivamente, para gerar lucro para quem está no topo. Ou seja, nem sempre seu amigo que te chamou para participar de um grupo de investimentos sabe que o negócio é furada, mas quem o recrutou sim.

Como não cair no golpe da pirâmide financeira?

As pirâmides financeiras usam mercados e produtos para camuflarem seu verdadeiro mecanismo de ganhos, os recrutamentos em escala. Também são chamados de marketing multinível para passarem por um esquema legal, mas não são.

Assim, a Agência Federal Americana recomenda que qualquer proposta de investimento ou de negócio que tenha a promessa de ganhos fáceis seja analisada criteriosamente. Veja se:

  • a proposta se proposta tem como foco principal o recrutamento de outros investidores;
  • não existe um produto ou investimento genuíno que seja objeto da venda;
  • não exige renda comprovada;
  • as regras para ganhos são confusas e cheias de critérios;
  • a oferta promete lucros garantidos, em grande volume e em pouco tempo.

Isoladamente, esses elementos não caracterizam o golpe da pirâmide financeira. Todavia, se a proposta tiver dois ou mais deles, é preciso desconfiar. Assim, pirâmides financeiras podem ser montadas com a venda de produtos de beleza, emagrecimento, programas de viagens, Bitcoin, corrida de cavalo, fazenda de avestruz e muito mais!

Um dos casos mais conhecidos no Brasil foi o da TelexFree, que era uma empresa norteamericana que oferecia a tecnologia VoIP. Todavia, o golpe da pirâmide financeira não foi aplicado por essa empresa, mas sim, pela Ympactus Comercial, que se apresentava como sua representante brasileira.

Assim, ela recrutava divulgadores da tecnologia, que investiam suas economias na empresa e buscavam outras pessoas para fazer o mesmo. Por fim, a pirâmide começou a desmoronar e o caso foi judicializado. E como ficaram as pessoas prejudicadas? Se perguntando “TelexFree, e agora? O que eu faço?”

Em setembro de 2019 a TelexFree no Brasil teve sua falência decretada com uma dívida de mais de R$ 2 bilhões aos credores. Mas muitos lesados ainda buscam novidades sobre TelexFree para saber se conseguirão recuperar seu dinheiro.

Caí no golpe da pirâmide financeira. O que fazer agora?

Se você percebeu que está gastando mais dinheiro do que ganhando em programas de marketing multinível, o melhor é sair do programa e encerrar formalmente sua participação o quanto antes. Mas, se você investiu grandes quantias em investimentos com ticket de entrada alto, pode entrar em contato com a empresa e pedir o cumprimento das cláusulas de dissolução contratual.

Mas, se houver recusa ou uma clara tentativa de retardar a devolução do seu dinheiro, será preciso entrar na justiça. Então, colha o máximo de documentos necessários, procure um advogado ou a defensoria pública. Além disso, o Juizado de Pequenas Causas também pode ser um caminho. Para empresas que são foco de investigação da justiça, uma ação coletiva de todo mundo que foi lesado no esquema pode estar em curso, vale a pena consultar.

6. Venda casada

A venda casada ocorre em instituições financeiras e demais estabelecimentos, físicos ou online. Assim, um funcionário argumenta que para a aquisição ou contratação de determinado serviço, o cliente necessariamente precisa comprar outro.

A venda casada é proibida nas instituições financeiras, inclusive com penalidades aos profissionais que a praticam. Nos cursos da ANBIMA, esse é um dos temas mais importantes.

Como não ser vítima do golpe da venda casada?

Para não ser uma presa fácil para os intermediários que tentam fazer a venda casada, vale ter os seguintes cuidados:

  • estar atento a proposta oferecida;
  • escolher empresas idôneas, com boa reputação no mercado, inclusive em sites especializados como o Reclame Aqui;
  • saber argumentar sobre a legalidade da venda casada;
  • não digitar a senha ou assinar qualquer contrato antes de avaliar todo o teor do documento.

Às vezes alguns vendedores mal intencionados afirmam que o produto ou serviço “extra” é uma cortesia, já está inclusa no valor. Todavia, quando você pede uma simulação do preço só com o item desejado, eles desconversam.

Tipos de vendas casadas que são consideradas fraudes financeiras
Tipos de vendas casadas

Alguns consórcios também tentam fazer a venda casada inserindo um seguro prestamista dentro das parcelas, por isso é importante ler todo o contrato antes de fechar o negócio.

Comprei o que não queria em uma venda casada. O que fazer agora?

Se você foi vítima de uma venda casada, saiba que ela é proibida pelo artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor e considerada crime pela Lei 12.529.

Assim, considerando que nem sempre a instituição sabe quais as estratégias de vendas de seus profissionais, a primeira ação deve ser entrar em contato com a empresa e pedir a regularização da situação, seja a mudança do contrato, seja o ressarcimento do valor do produto que não queria. Mas, se isso não acontecer, órgãos como o Procon e a entidade reguladora do setor podem ajudar. Por isso, faça um registro na agência reguladora de acordo com a área. As principais são:

  • Anatel, que é a Agência Nacional de Telecomunicações;
  • ANAC, Agência Nacional da Aviação Civil;
  • ANS, Agência Nacional da Saúde Suplementar;
  • ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica;
  • Banco Central do Brasil.

7. Outros golpes e fraudes financeiras com o cartão de crédito

Os golpes e fraudes financeiras ficam cada vez mais sofisticados, principalmente aproveitando pessoas mais distraídas e que se envolvem emocionalmente com as histórias. Ligações de pessoas que se passam por parentes em dificuldades, como a sobrinha que foi roubada na rua, um tio que precisa de dinheiro para trocar o pneu na estrada, são bem comuns.

Além disso, outro golpe que pega alguns desavisados é o do motoqueiro. Uma pessoa liga para um cliente dizendo que o cartão de crédito foi clonado, bloqueado e precisa ser substituído.

Então, para “facilitar” a vida do cliente, o criminoso diz que vai enviar um motoqueiro até o endereço onde a pessoa está e, para finalizar o processo, a pessoa deverá escrever uma carta de próprio punho informando o ocorrido, informando ainda sua senha e dados pessoais.

Dessa forma, eles conseguem todas as informações que precisam e ainda ficam em posse do próprio cartão de crédito! Pode parecer difícil de alguém cair nessa história, mas a incidência é tão grande que alguns bancos já enviaram recomendações impressas aos seus clientes sobre esse golpe.

Conclusão

Percebe que cuidar do seu dinheiro também envolve conhecer as principais armadilhas dos criminosos e profissionais mal intencionados que trabalham no mercado financeiro? E, se todos nós podemos ser vítimas, imagine seus parentes e conhecidos que são menos ligados nessas questões? Por isso, esse conteúdo é uma utilidade pública!

Compartilhe com seus amigos, oriente seus familiares e reforce os cuidados nas suas transações financeiras.

E se você curtiu essas dicas e informações sobre golpes e fraudes financeiras, saiba que esse é o objetivo do iDinheiro, ou seja, trazer informações valiosas para você cuidar do seu dinheiro. Assim, convido você a assinar nossa newsletter agora mesmo!

Referências do artigo
    1. Consumidor.GOV. “Consumidor.GOV”. Link.
    2. Investor.GOV. “Pyramid Schemes”. Link.
    3. Planalto. “Lei 12.529 de 30 de novembro de 2011”. Link.
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