O que é educação financeira? Saiba os fundamentos da gestão das finanças pessoais!

Aprender sobre os princípios da educação financeira desde a mais tenra idade faz toda a diferença na relação que você desenvolve com o dinheiro ao longo da vida.

Escrito por Camille Guilardi

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Você sabe o que é educação financeira? O tema passou a ser muito mais discutido no Brasil nos últimos anos, e digo isso por dois principais motivos: primeiramente, a crise econômica, que resultou em mais de 13 milhões de desempregados e exigiu uma maior racionalidade em relação ao uso do dinheiro; e o segundo, o surgimento de novos players no mercado financeiro e dos canais no Youtube acerca do assunto.

As corretoras de valores estão mais acessíveis, e os maiores bancos brasileiros não são mais as únicas opções para gestão da sua conta corrente, não é mesmo? Além disso, também podemos colocar na conta o surgimento de novas opções de crédito, produtos financeiros e investimentos. Eu poderia falar incansavelmente sobre cada um deles aqui, mas vou deixar uma lista com ótimos exemplos:

São tantas novidades e possibilidades que podemos até nos perder na hora de escolher, certo? Não se nos dedicarmos a nossa educação financeira. Com ela, você, eu e todo mundo, podemos fazer melhores escolhas que sejam compatíveis com nossas necessidades e metas para o futuro.

O que é educação financeira?

Mas afinal, o que é educação financeira? Dizemos que ela nada mais é do que um conjunto de ações relacionadas a diminuir despesas, aumentar ganhos, investir e acumular riqueza. Ou seja, é mais do que um comportamento isolado ou planejamento financeiro por si só.

E esse conjunto de práticas deve tornar-se um hábito, sabia? Pois é! Ao investir em educação financeira, espera-se como resultado um acúmulo de conhecimentos que possam minimizar os riscos e proporcionar escolhas mais conscientes e bem informadas.

Como investir na sua educação financeira?

Aliás, enquanto você lê esse post, está investindo (tempo) na sua educação financeira, assim como quando você:

  • adquire um curso de educação financeira;
  • lê livros de educação financeira;
  • contrata um educador financeiro para a realização de uma consultoria.

Ser financeiramente consciente, pressupõe o entendimento de que o dinheiro não foi feito para gastar como muitos pensam. Ele foi feito para trabalhar por você, não o contrário!

Nesse sentido, a importância da educação financeira está justamente na possibilidade de ensinar o desenvolvimento de hábitos que tornarão possível, o que falamos acima.

Se você quer desenvolver hábitos melhores, leia o artigo: Descubra 11 hábitos dos milionários que, se praticados, irão mudar sua vida.

Qual a importância da educação financeira na vida do cidadão brasileiro?

A economia no Brasil não é para amadores, já diziam os economistas acadêmicos de todo o mundo ao comentar a complexidade de entender nossas variáveis.

Com uma carga tributária complexa, instabilidade econômica e políticas que, muitas vezes, interferem no mercado, não é fácil viver no Brasil sem o mínimo de conhecimento sobre planejamento financeiro e gestão do orçamento pessoal.

Por isso, quando percebemos que a educação financeira nas escolas está ganhando destaque nos cronogramas de ensino, acreditamos na luz do fim do túnel, assim como o crescente interesse nos canais especializados no YouTube.

No longo prazo, isso deve ter um impacto bastante positivo sobre as próximas gerações, que devem começar a aprender sobre o assunto desde cedo. Com isso, quem busca conhecimento nessa área provavelmente vai fazer melhores escolhas financeiras, o endividamento dos brasileiros pode diminuir.

Ganhos maiores com carteiras de investimentos realmente diversificadas também pode tornar-se uma realidade. E, porque não dizer que o aumento da consciência financeira dos cidadãos brasileiros desde cedo também pode fazer surgir soluções para esse cenário tão desafiador? Ter esperança está na nossa essência, concorda? Então, que assim seja.

Educação financeira nas escolas

A educação financeira para jovens e crianças é coisa séria em outros países, uma matéria ensinada semanalmente nas escolas, assim como o estudo de línguas estrangeiras e geografia.

Aqui, no entanto, ainda é pouco ensinado sobre como se deve lidar com o dinheiro. Introduzimos como o dinheiro é usado como mecanismo de troca por um produto ou serviço, no máximo.

Isso prejudica a vida financeira da grande maioria dos brasileiros que não têm uma relação saudável com o dinheiro. Aliás, nem mesmo no ensino superior a educação financeira é tratada devidamente, salvo em áreas relacionadas, como economia, administração etc.

Mas você concorda comigo que advogados também precisam fazer a gestão de suas finanças, certo? O mesmo vale para farmacêuticos, psicólogos, professores e todas as demais profissões.

Em alguns casos, inclusive, tais gestões das finanças pessoais exigem um nível estratégico de conhecimento mais avançado, que envolve lançamentos contábeis e escolhas na forma de lançar o Imposto de Renda, por exemplo.

Documento de Orientações para Educação Financeira nas Escolas

Buscando mudar essa realidade, a educação financeira vem sendo implementada nas escolas com base no Documento de Orientações para Educação Financeira nas Escolas (Plano Diretor da ENEF, 2010).

Este é um grande passo para um futuro com cidadãos mais conscientes e educados financeiramente, que não deixarão seus futuro e saúde financeira à deriva, como vemos acontecer muito no Brasil de hoje.

O imediatismo e o status oferecido pelos bens de consumo – que não agregam renda – são os mais procurados, o que resulta em uma população altamente endividada e com poupança e investimentos muito baixos.

O investimento em educação financeira infantil pode ser a base necessária para melhorar economicamente tanto a vida de milhões de pessoas como a economia do próprio país. Esta iniciativa refletirá em um futuro com jovens enriquecendo e alcançando a tranquilidade financeira cada vez mais cedo.

Como a educação financeira infantil pode fazer diferença?

Os melhores aliados para o crescimento patrimonial são o tempo e a disciplina. Dessa forma, quanto antes a educação financeira for introduzida na vida de alguém, mais cedo ela produzirá efeitos.

Disciplina, por sua vez, exige habitualidade. Assim, quanto mais prática, maior a experiência na área e o nível de assertividade das escolhas.

Como já falamos, a educação financeira infantil deve existir para que os requisitos para uma vida financeiramente equilibrada e saudável estejam presentes desde os primeiros rendimentos de uma pessoa. Seja ela criança, jovem ou adolescente, esse aprendizado fará toda a diferença na obtenção da riqueza na vida adulta.

Quando o lúdico ajuda a ensinar sobre finanças pessoais

Na infância, a imaginação cria inúmeras possibilidades de ganhos. Boa parte das crianças já tiveram um pequeno negócio como vender algum tipo de mercadoria, alugar objetos raros ou prestar algum serviço. Incentive essa criatividade e independência na sua casa!

E, mais que isso, devem ser orientadas a fim de que se tornem viáveis e se transformem em um negócio ou, no mínimo, ensinem aos seus donos lições básicas de custos, investimentos e poupança. Um dos autores mais renomados na área das finanças pessoais, Robert Kyosaki, em seu livro “Pai rico, Pai pobre” ensina lições valiosíssimas sobre educação financeira infantil.

Esse é um dos livros de educação financeira que recomendo para quem está começando a estudar seus fundamentos. Uma delas é que não devemos dizer aos nossos filhos que não podemos dar-lhes algo, mas sim estimularmos para que eles achem soluções para obter o que querem.

É isso mesmo, a educação financeira está presente no cotidiano das famílias, então, basta que você direcione suas lições e orientações para seus filhos no sentido de criar reflexões financeiras. E, para essas relações, você não precisa de um curso de educação financeira avançada ou ser um especialista, basta transmitir o conhecimento prático e promover a reflexão sobre as escolhas e resultados.

Gostou dessa dica de educação financeira? Pois tem muito mais no tópico a seguir,

Dicas de educação financeira

Se seu objetivo é ficar rico em pouco tempo, sem dedicar muitas horas para adquirir conhecimento sobre o tema, sinto informar, mas você dificilmente alcançará a riqueza. E caso alcance, por um golpe de sorte, provavelmente voltará a ficar pobre, se não se preocupar em estudar sobre o dinheiro e como fazê-lo render.

Educação financeira é um caminho que exige paciência, estudo, foco e hábito. Além disso, você deve se comprometer a colocar em prática os ensinamentos aprendidos.

As dicas que trago aqui não são extraordinárias ou nunca ditas, apenas exigem regularidade em sua aplicação. Porém, é justamente nesse ponto que muitas pessoas pecam, pois preferem permanecer na zona de conforto, no ciclo das desculpas, conformismo e procrastinação.

Vejamos, então, algumas orientações que podem te ajudar a atingir o sucesso nas finanças:

1- Conheça e controle seus gastos

Saber quanto se gasta e com o quê ajuda a cortar despesas mensais desnecessárias. A tecnologia hoje pode ajudar bastante nessa tarefa, uma vez que, praticamente todas as pessoas possuem celular, tablets ou computadores.

Através dos dispositivos móveis, você consegue registrar a despesa no momento em que ela ocorre, evitando esquecimentos e facilitando o rastreamento do seu dinheiro.

Além disso, para manter um controle mais efetivo, você também pode explorar diferentes tipos de planilhas de controle financeiro que podem te ajudar a compilar e visualizar informações.

2- Trace metas

Ter limites de gastos para cada categoria de despesa e metas/objetivos financeiros bem definidos são atitudes fundamentais para uma boa educação financeira pessoal.

Assim, tenha bem claro em sua mente onde você está e onde quer chegar. Aliás, estipular um limite de tempo pode ajudar, mas cuidado, seja realista com você e a sua situação!

3- Cultive a obsessão por poupar dinheiro

Você deve sempre buscar economizar dinheiro. Nunca gaste mais do que necessita, principalmente em compras: pesquise os melhores preços, veja se há cashback disponível, peça descontos e analise produtos similares para gastar menos.

Quer sair? Acesse sites de compras coletivas, app de lojas, veja os restaurantes que oferecem promoções.

Enfim, são muitas as possibilidades de economizar quando se vai comprar qualquer coisa ou realizar uma despesa Entretanto, antes mesmo de incorrer no gasto, você deve analisar se ele é necessário, se não pode ser deixado para depois e se o seu orçamento permite.

Fuja do consumismo e poupe o máximo que puder!

4- Domine o tripé: ganhar, economizar e investir

Se você é do tipo que gasta todo seu salário do mês e sempre acaba no zero a zero, deve ser organizar financeiramente e cortar gastos para que consiga economizar pelo menos 10% de sua renda a cada mês.

Se você gasta mais do que ganha, o problema é mais sério. Você deve renegociar suas dívidas, evitar utilizar os cartões de crédito por algum tempo e tentar pagar suas despesas à vista, para não incorrer em gastos supérfluos.

Ademais, você deve elaborar urgentemente seu orçamento, visando diagnosticar:

  • Para onde seu dinheiro está indo;
  • Em que categorias de despesas você gasta mais;
  • E quais gastos podem ficar de fora ou serem cortados.

Caso você já economize, analise se consegue guardar mais dinheiro ou se tem como conseguir uma renda extra para aumentar o valor poupado por mês.

De todo modo, sempre tente ultrapassar as metas, não se conforme em economizar o mesmo valor por anos, entre no jogo e desafie-se.

Mantendo a regularidade em poupar, o próximo passo é investir. Existem boas opções para iniciantes e para baixos valores. Não caia no erro de deixar seu dinheiro na poupança, que rende um valor baixíssimo, muitas vezes, menos que a inflação.

Opções como Tesouro Direto, CDB, LCI entre outros são bem melhores que a poupança. Recorde-se que o tempo é crucial nos investimentos, então, eles devem render e deixar que os juros compostos façam sua mágica. Dessa maneira, cada vez mais seu dinheiro trabalhará para você.

Livros sobre educação financeira

Os grandes autores de livros sobre educação financeira abordam de maneira reiterada dois tópicos: mentalidade e fazer o dinheiro trabalhar para você. A mentalidade é o modo como se pensa no dinheiro, as relações que as pessoas constroem com ele.

Existem relações tóxicas, nas quais o dinheiro é visto como ligado a tudo de ruim, esse tipo de pensamento é algo que você deve abandonar se deseja ser rico. Comprar passivos, isto é, bens ou serviços que sejam apenas mais um gasto e não gerem retorno, também não é indicado.

Fazer o dinheiro trabalhar para você, por sua vez, consiste basicamente em aprender a investir seu dinheiro em ativos. Ou seja, bens ou serviços que possam se valorizar ou gerar renda para seu detentor.

Para quem está iniciando no vasto campo da educação financeira e quer aprender mais, indico os seguintes livros como base, sobre os quais inclusive já fizemos resenha aqui no Portal:

  1. Pai rico, pai pobre – Robert T. Kyiosaki e Sharon Lechter
  2. O homem mais rico da Babilônia – George S. Clason.
  3. Os segredos da mente milionária – T. Harv Eker

Caso, já tenha lido todos ou queira uma lista mais completa, não deixe de conferir o texto: 25 livros para ler se você quiser se tornar rico.

Conclusão

Aprender sobre os princípios da educação financeira desde a mais tenra idade faz toda a diferença na relação que você desenvolve com o dinheiro ao longo da vida.

Portanto, se você almeja um bom futuro financeiro para seus filhos, é fundamental que:

  • estude sobre as melhores práticas de educação financeira pessoal;
  • desenvolva hábitos benéficos para as finanças pessoais;
  • e ensine por meio do exemplo.

Você se preocupa com a sua educação financeira e a dos seus herdeiros? Estuda sobre dinheiro com que frequência? Conta tudo pra gente!

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