Hashrate: o que é e a importância do indicador

O hashrate é uma métrica importante para as criptomoedas e conhecê-lo é fundamental para investidores. Confira o que é e como funciona!

Escrito por Talita Nifa

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Para interessados em atuar na mineração de criptomoedas, é fundamental entender o conceito de hashrate e qual a sua relação com esses ativos. Esse é um dos principais índices que acompanham as moedas digitais e o processo de decodificação que ocorre no blockchain.

Além disso, também é uma métrica que ajuda os investidores a entenderem a posição de determinado recurso no mercado, útil para tomadas de decisões mais acertadas quanto à escolha do melhor produto para a sua carteira.

Dessa forma, é importante conhecer mais sobre esse indicador e como ele é calculado. No entanto, muitos usuários podem considerá-lo complexo. Pensando nisso, preparamos esse conteúdo para simplificar o conceito de hashrate e trazer mais detalhes sobre como ele é calculado. Confira como ele funciona e qual a importância dessa medida para a mineração de criptomoedas.

O que é hash?

Hash é uma função matemática que criptografa uma informação, convertendo o arquivo em um código com letras e números. Esse algoritmo permite diminuir o tamanho de determinado dado, seccionando-o até que ele esteja codificado dentro da sua base.

Atualmente, o hash é utilizado em três funções distintas:

  • busca de elementos na base;
  • verificação da integridade dos dados;
  • armazenamento de senhas com segurança.

Em resumo, ele funciona como o índice de um livro. Em vez de procurar a informação em todo o conteúdo, é mais simples acessar seu índice e verificar qual a página que o dado se encontra.

Essa é a função do hash dentro de um algoritmo, responsável por reduzir a informação em códigos e apresentar um breve resumo sobre ela, para ser mais simples de encontrá-la depois.

Além disso, também costuma ser usado para validar determinados documentos, verificando se ele está intacto e não foi alterado por outros acessos. Por conta dessas aplicações, a tecnologia passou a ser utilizada nas redes blockchain, o que possibilitou o desenvolvimento das criptomoedas.

Uma vez que elas estão na rede, suas movimentações geram códigos criptografados no formato de hash, que protegem o sigilo das informações e aumentam a segurança dos ativos.

Localizar e decodificar todas as partes do hash dentro da rede é função dos mineradores, usuários que trabalham no servidor para encontrar mais criptomoedas.

O que é hashrate?

O hashrate, ou taxa de hash, é uma medida que calcula o poder de processamento total usado pelos computadores que estão trabalhando em um bloco de códigos, verificando a velocidade em que as máquinas estão concluindo os cálculos matemáticos.

A métrica é uma parte fundamental do processo de mineração de criptomoedas, pois está diretamente ligada à segurança e integridade da rede onde os documentos estão alocados. Além disso, também funciona como uma chave de autenticação, que verifica a integridade dos dados e garante a sua confidencialidade.

Mineradores mais avançados também usam o hashrate para avaliar quantos computadores estão sendo usados no blockchain em determinado momento, e qual o número de códigos gerados dentro de um intervalo de tempo.

Essas informações são essenciais para a realização do seu trabalho, além de entender qual a dificuldade que determinada moeda está apresentando.

Como funciona o hashrate para mineração?

A transação de criptomoedas funciona dentro de uma rede, e cada movimentação gera um bloco de códigos novo, gravado no blockchain. Nesse caso, os mineradores se tornam responsáveis pela descriptografia desses códigos por meio de softwares desenvolvidos especialmente para essa busca.

Uma vez que os blocos são encontrados e resolvidos, é possível receber novas frações de criptomoedas como recompensa. No entanto, as informações ficam cada vez mais complexas de serem localizadas.

Para processar todos os dados, os usuários precisam resolver “quebra-cabeças”. Para facilitar o processo, utiliza-se um sistema de computador, onde as aplicações geram milhões de tentativas por segundo para encontrar a solução.

Dessa forma, quanto mais complexo e protegido o código, mais tempo a máquina leva para processar as transações e descobrir os códigos.  Esse período é registrado como o hashrate da criptomoeda, verificando o intervalo necessário para encontrar os códigos e quantos softwares estão rodando dentro do blockchain.

Importância do hashrate em criptomoedas

Embora pareça complexo, o hashrate é uma medida importante para o funcionamento das criptomoedas, atuando em diferentes áreas para possibilitar as suas transações. Confira os principais pontos que dependem dessa taxa:

Segurança da rede

O hashrate também ajuda a indicar o nível de segurança da rede onde as criptomoedas estão sendo negociadas, uma vez que seu valor é diretamente proporcional à dificuldade de localizar os dados. Quanto mais tempo um programa leva para decodificar um bloco, maior sua taxa, o que significa uma resistência maior a ataques externos.

Dessa forma, essa medida é utilizada para verificar a segurança do blockchain, se existem muitos computadores trabalhando nos códigos e as possibilidades de vazamento de informações.

Além disso, o hash é uma função matemática que também pode ser usada para validar documentos, e a sua taxa também pode avaliar a proteção dos arquivos e da carteira digital do investidor que possui a moeda.

Validação e prova da rede

Atualmente, a principal importância do hashrate para o mercado de criptomoedas é a validação e prova da rede. No blockchain, o objetivo dos mineradores é ser o primeiro a conseguir resolver uma sequência de blocos codificados, que resultaram de uma transação externa.

Isso porque as principais criptomoedas contam com o método chamado “proof-of-work”, ou prova de trabalho, em tradução. Quando o usuário consegue localizar as informações corretamente, eles são recompensados com novas unidades ou frações de determinada criptomoeda, como um pagamento pelo seu esforço.

Essa etapa disponibiliza moedas para vários envolvidos, pois os hashes também são validados por outros mineradores, para garantir que a resolução está correta e pode ser incluída na rede novamente. Por esse motivo, mesmo quando um código já é resolvido, os usuários continuam operando, para serem recompensados.

Se um alto número de computadores compete para validar as transações, significa que sua complexidade é maior, contribuindo, também, para verificar a segurança daquela rede.

Ainda, para verificar se o seu computador está apto a participar do “proof-of-work”, o minerador também calcula a sua hashrate. Se ela for baixa, pode não conseguir resolver os cálculos antes dos outros usuários. Por isso, se torna também um indicador que ajuda no trabalho desses participantes.

Hashrate e consumo de energia

Enquanto isso, o hashrate também é importante para verificar o consumo de energia que a rede blockchain está exigindo em determinados períodos. Os sistemas apropriados que possibilitam decodificar os blocos de informações utilizam mais eletricidade do que computadores convencionais.

Nesse caso, quanto maior a taxa de trabalho, mais energia a rede está consumindo. Este é um ponto de discussão importante para os usuários e ativistas, pois elevar o consumo exige mais produção das usinas, o que pode representar um uso elevado de recursos naturais.

Assim, se o hashrate está alto, significa que existe mais competição para localizar os blocos, e mais eletricidade está sendo inserida na rede pelos usuários.

Segundo informações do Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge (CCAF, em inglês), na Inglaterra, em 2021 o consumo de energia do Bitcoin, a criptomoeda mais famosa, passou de 86,67 TWh para 106,92 TWh (em terawatts-hora, ou 1.000 unidades de watt-hora). O valor está próximo do uso de energia de países como Argentina e Holanda.

Desse modo, o hashrate também é importante para realizar essa verificação e entender o uso de energia pela rede.

Cálculo da dificuldade de mineração

Ainda, vale a pena destacar que o hashrate permite calcular a dificuldade de mineração de cada criptomoeda. Isso porque seu valor está atrelado a quanto tempo o sistema demora para encontrar os códigos, enquanto disputa com outras máquinas pela informação.

Quanto maior essa métrica, mais softwares estão atuando ao mesmo tempo dentro da rede. Ou seja, maior a competitividade enfrentada pelos usuários. Assim, é um cálculo usado pelos mineradores para entender as possibilidades de conseguir a recompensa e encontrar os blocos de hash primeiro.

O que é hashrate do Bitcoin?

O hashrate do Bitcoin (BTC) é a taxa que mede o processamento dos computadores que estão contribuindo para a mineração dessa moeda. O conceito segue a mesma linha de aplicação das demais taxas, porém, aplicado ao Bitcoin.

O ativo foi pioneiro nesse segmento, e apresentou os primeiros conceitos de blockchain e do uso de hashes para codificar as transações na rede. Por isso, sua métrica é a mais popular no mercado, por ser a moeda virtual melhor posicionada entre as demais, atualmente.

Além disso, a tecnologia do Bitcoin foi o que possibilitou a criação de outros criptoativos utilizando o seu servidor.

Assim, muitos mineradores trabalham dentro do blockchain do Bitcoin, mesmo que seja para encontrar outras moedas, o que eleva a taxa do mesmo.

Qual o hashrate do Bitcoin?

Em junho de 2022, o hashrate do Bitcoin se aproximou de 300 exahashes, uma alta histórica para a moeda.

No segundo semestre do ano, o valor permaneceu na média de 204 exahashes, oscilando por conta da volatilidade da moeda e, consequentemente, do número de mineradores que trabalham para encontrar recompensas.

Essa queda ocorreu por conta do aumento nos valores de manutenção dos programas, e também pela prova de trabalho do Bitcoin. Quando foi lançada, em 2009, seu retorno era próximo de 50 BTC por descoberta. Em 2022, o valor é de aproximadamente 6 BTC, com hashrate medido em trilhões de hashes por segundo.  Dessa forma, o retorno é menor, enquanto a competitividade aumentou consideravelmente.

Todas as criptomoedas podem ser mineradas?

Toda criptomoeda que esteja dentro da blockchain e siga os mesmos padrões de criptografia dos dados pode passar pelo processo de mineração convencional. Assim, se o criptoativo utiliza dessa tecnologia para garantir suas transações, ele precisa ser decodificado pelos mineradores, e, consequentemente, também apresenta hashrate.

No mercado, existem algumas moedas que estão atreladas a outros ativos, como as stablecoins, por exemplo. Entretanto, mesmo que seu valor seja calculado de forma não-tradicional, se elas são registradas na blockchain, podem ser mineradas.

Unidades de hashrate

As unidades de medida do hashrate são calculadas em segundos e volumes de dados, em pesos, que variam entre milhares e quintilhões. Eles seguem a seguinte tabela:

  • quilohash = KH/s (milhares de H/s);
  • megahash = MH/s (milhões de H/s);
  • gigahash = GH/s (bilhões de H/s);
  • terahash = TH/s (trilhões de H/s);
  • petahash = PH/s (quatrilhões de H/s);
  • exahash = EH/s (um quintilhão de H/s).

A representação do hashrate varia de acordo com blockchain e os programas de cada minerador, além da moeda em questão. Por exemplo, o Bitcoin utiliza medida em exahashes por segundo (EH/s), enquanto o Ethereum trabalha com terahashes por segundo (TH/s).

Qual a importância de analisar o hashrate?

Além de ser importante para os mineradores, o hashrate também é essencial para investidores que se interessam por criptomoedas. Isso porque existem diversas relações entre o preço dos ativos e a sua taxa, por exemplo.

Se um ativo está sendo valorizado no mercado, o seu hashrate tende a aumentar, pois mais mineradores começam a trabalhar no blockchain em busca de recompensas. Por outro lado, se existem menos usuários interessados, o número de moedas em operação pode diminuir, o que traz uma queda no preço.

Dessa forma, é importante que os investidores acompanhem esse valor no dia a dia, para entender se a criptomoeda está em alta. Além disso, o hashrate também indica elementos de segurança, como a quantidade de transações realizadas e a complexidade de decodificar os blocos.

Se um blockchain possui taxa mais elevada, significa que é mais difícil acessar as informações, trazendo mais segurança para o investidor e sua carteira digital que possui o ativo.

Assim, é importante entender o que é essa medida e acompanhar seu valor com outras métricas do mercado, para ter uma visão mais ampla e clara sobre o criptoativo que deseja investir.

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Perguntas frequentes

  1. O que é um Hashrate?

    Hashrate é a taxa que mede o tempo de processamento dos computadores para decodificar um bloco de informações no blockchain. Esses dados são criptografados quando ocorre uma transação com a criptomoeda.

Referências do artigo
    1. Valor Investe. “Bitcoin poluidor? Criptomoeda já consome mais energia que país com 100 milhões de pessoas”. Link.
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