Inputs e outputs no mercado de criptomoedas

Você sabe o que são inputs e outputs? Essas informações são essenciais em qualquer transação com criptomoeda. Entenda mais sobre o assunto!

Escrito por Talita Nifa

Por que confiar no iDinheiro?

Responsabilidade editorial: Nosso editores são especialistas nas áreas e isentos nas avaliações e informações. Nosso objetivo é democratizar e simplificar o acesso a produtos e serviços financeiros sem viés. Conheça nosso código editorial.

Como ganhamos dinheiro?

Podemos ser comissionados pela divulgação e cliques nos parceiros. Isso também pode influenciar como alguns produtos aparecem na página, sempre com a devida identificação. Entenda como o site ganha dinheiro.

Política de Cookies: Nosso site utiliza cookies para estatísticas gerais do site e rastreamento de comissões de forma anônima. Nenhum dado pessoal é coletado sem seu consentimento. Conheça nossa política de privacidade.


Os inputs e outputs são movimentos essenciais para comercializar criptomoedas, e é importante que os investidores interessados nesse segmento conheçam esse conceito. Embora possa parecer algo complexo, trata-se de dois termos que definem ações simples que ocorrem no blockchain.

Compreendendo o conceito, é possível entender também como ocorrem as transações dentro da sua carteira digital e ter um conhecimento mais avançado para lidar com possíveis imprevistos em suas operações.

Portanto, confira o que são inputs e outputs nas criptomoedas e como isso faz parte das negociações dos ativos.

O que são inputs e outputs?

Inputs e outputs são informações que fazem parte das negociações de criptomoedas. As entradas representam o endereço de onde sai o ativo, e as saídas são as orientações de recebimento dos fundos.

Ao realizar uma negociação, existem duas partes envolvidas, que pode ser o investidor e a plataforma, ou dois usuários, por exemplo. Seja como for, existem dois pontos de informações, que determinam quem está enviando e quem está recebendo o ativo.

Esses endereços são fundamentais para registrar a transação corretamente dentro do blockchain. Além disso, eles podem ser representados por frações, e pode existir mais de um direcionamento por movimentação. Isso é o que torna possível trabalhar com o conceito de “troco” nas transações de criptomoedas.

Se os inputs e outputs não estiverem trabalhando com valores exatos, não existe a possibilidade de dividir o bloco. Por exemplo, se uma entrada possui 0,005 Bitcoin, mas negocia apenas 0,003 Bitcoin, o restante não é dividido.

Nesse caso, a operação gera uma entrada, que envia todas as moedas, e duas saídas, uma para o recebedor, e outra para retornar o valor restante. Uma vez que os dados gravados são imutáveis, é importante que existam esses endereços para tornar as operações mais flexíveis e aumentar o número de possibilidades oferecidas ao investidor.

Ainda, esses pilares permitem outras atividades secundárias dentro da rede, como rastreio de doações, por exemplo, uma possibilidade que já está em operação, como demonstra matéria da CNN.

O que é uma transação de Bitcoin?

Uma transação de Bitcoin é um movimento que representa uma alteração no blockchain, o banco de dados que registra essa moeda. Toda ação que envolve um ativo gera uma mudança na rede, seja uma compra, venda ou transferência para outra carteira digital.

Esses processos exigem as mesmas etapas de segurança, e a inserção de informações como:

  • inputs e outputs;
  • quantidade de moedas;
  • chaves de criptografia do proprietário.

Assim, quando um usuário movimenta um Bitcoin, ele gera uma transação. 

Essa ação é registrada na rede blockchain, que valida a operação no livro-razão, verificando as transações anteriores. Em seguida, confirma a criação de um bloco de códigos, chamado hash, que é anexado ao documento anterior com um número único que o identifica.

As transações não podem ser desfeitas ou alteradas após a sua confirmação, porque isso significaria refazer os blocos que já foram registrados no blockchain.

Por esse motivo, a troca de criptomoedas gera inputs e outputs diferentes em situações de troco, por exemplo. 

Além disso, essa alteração não é instantânea. Geralmente, uma transação de Bitcoin pode variar entre alguns minutos e dias para ser concretizada, dependendo do tamanho da alteração e do número de informações que precisam ser validadas.

O que compõe uma transação?

Uma transação de Bitcoin, e de criptomoedas no geral, é composta por uma série de componentes, além dos inputs e outputs.

Para entender como ela funciona na prática, vale a pena entender o que é cada conceito. Veja mais detalhes sobre os componentes dessa movimentação digital.

Inputs (entradas)

Os inputs, ou entradas, são as informações que contêm o endereço de origem da criptomoeda. Elas podem ser de outro usuário, por exemplo, ou possuir os dados da plataforma que disponibilizou o ativo para compra.

Uma vez que todas as transações são feitas a partir de algum lugar, os inputs são fundamentais para registrar a negociação da moeda.

Outputs (saídas)

Enquanto isso, os outputs, ou saídas, contêm o endereço para o qual a transferência foi feita, junto de informações como a quantidade de ativos e dados para devoluções. Se existir mais de um endereço, não é necessário que o titular seja diferente. No caso de situações de trocos, por exemplo, são criados dois outputs, um para a saída original, e outro para retornar à conta.

Dessa forma, é importante que o registro apresente todos os caminhos que a criptomoeda realizou, mas existe a possibilidade de que ela termine na mesma carteira digital.

Minerador

O minerador é o usuário que realiza o processo de validação dos inputs e outputs, incluindo essas novas transações na rede. Quando ocorre uma transação de criptomoedas, ela deve ser registrada dentro do blockchain, criando blocos de códigos.

Esses documentos criptografados contêm todos os endereços e valores negociados, mas escondidos por meio de funções matemáticas. A função do minerador é localizar e decodificar esses blocos, para, então, registrá-los corretamente dentro do livro-razão da rede.

Essa atividade é recompensada com novas frações de moedas, o que incentiva muitas pessoas a realizarem a mineração.

Identificador

Após a transação incluir os inputs e outputs da criptomoeda, é gerada uma hash, que conta com um Txid, ou identificador. O conjunto de letras e números codificados são únicos, e precisam de um padrão que possa diferenciá-los das demais seções.

Assim, quando a movimentação é anexada ao bloco anterior, ela é vinculada a um identificador único e exclusivo. Ele acompanha uma sequência de 64 caracteres aleatórios, e também deve ser decodificado pelos mineradores.

Caso um usuário queira localizar um hash específico dentro do blockchain, pode usar seu identificador para localizá-lo e, então, seguir com a descriptografia.

Taxa de comissão

A taxa de comissão é um valor pago aos mineradores pela realização do processo da transação. É por conta desse pagamento que as movimentações com criptomoedas costumam ter um valor a mais do que o investidor está transferindo.

Como a tarifa é cobrada para validar a transação, é preciso que esse total esteja disponível no momento da saída.

É importante reforçar que a taxa de comissão não representa a prova de trabalho, recompensa em criptomoedas que os mineradores podem ganhar com seu trabalho.

Esse valor é direcionado para os envolvidos na validação, mas também para a plataforma que media a operação e garante o sucesso da negociação.

Outros conceitos do mercado de criptomoedas

Além de inputs e outputs, existem outros conceitos secundários que se relacionam com o mercado de criptomoedas, e é essencial que os interessados nesse segmento entendam o que eles significam.

Veja alguns dos principais termos que podem aparecer no dia a dia de usuários que trabalham com criptoativos:

  • blockchain: A tecnologia blockchain é como um livro de razão pública que faz o registro das transações da moeda virtual em questão. Esse sistema compartilhado e imutável facilita o processo de anotações e rastreamento de ativos;
  • peer-to-peer: peer-to-peer significa “ponto a ponto”, e se refere a transações que acontecem entre dois usuários, sem mediação de uma plataforma. Geralmente, os valores negociados são discutidos apenas entre as partes;
  • mineração: mineração é o processo de decodificação dos blocos de dados, chamados hashes, o que permite validar as operações e registrá-las no blockchain;
  • hash: é o nome de uma função que permite comprimir e codificar um bloco de informações. No universo das criptomoedas, é o termo que define um conjunto de registros de determinada transação, na forma de códigos, e deve ser inserido no blockchain.

Embora pareçam conceitos complexos, é importante que o investidor tenha um breve conhecimento sobre eles, para saber como operar nesse mercado com mais confiança.

Por que aprender sobre inputs e outputs?

Apesar do investidor não atuar diretamente com inputs e outputs, entender o que são esses conceitos e como eles funcionam é fundamental para ter mais domínio sobre essa tecnologia e suas negociações.

As criptomoedas são ativos que oferecem possibilidades consideráveis de retorno, mas funcionam por meio de novas tecnologias. Investidores que não entendem como esse sistema opera podem ter dificuldade em realizar negociações, sem saber como agir em situações imprevistas.

Dessa forma, aprender sobre inputs e outputs permite compreender mais sobre o universo dos ativos digitais, como eles são movimentados e como acontece seu registro na rede.

Além disso, as entradas e saídas são pilares que confirmam a segurança das operações realizadas pelos usuários. Por esse motivo, vale a pena entender mais sobre esses termos, para transacionar criptomoedas de modo acertado e confiante.

Quer conhecer mais sobre criptomoedas e outros assuntos do universo financeiro? Confira os conteúdos relacionados com vários temas interessantes e assine a newsletter do iDinheiro para receber todos os artigos!

Perguntas frequentes

  1. O que são inputs e outputs?

    Inputs e outputs, ou entradas e saídas, são os endereços de envio e recebimento das criptomoedas durante as transações. Eles são registrados no hash dentro do blockchain. É possível ter diversos outputs para um input.

Referências do artigo
    1. CNN Brasil. “Empresas usam blockchain para rastrear e organizar doações, veja como funciona”. Link.
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Participe das comunidades do iDinheiro no Whatsapp