O que é amortização? Saiba como funciona e como calcular!

Você sabe o que é amortização? Esse processo está presente em todo parcelamento, e te ajuda a reduzir sua dívida. Venha conhecer mais sobre cada método!

Escrito por Camille Guilardi

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A amortização é um conceito que está presente na vida de milhões de consumidores que realizam parcelamentos, mas muitos podem não entender como essa prática funciona. Ela acompanha serviços de crédito, como empréstimos e parcelamentos, alternativas que permitem a mais pessoas aumentar seu poder de compra.

Além disso, dividir o valor total também possibilita um controle financeiro mais eficiente, que se adéque a situação do consumidor no momento da negociação. Por outro lado, mesmo sendo um termo comum, e que incide sobre a maioria das atividades financeira, ele ainda pode levantar dúvidas quanto ao seu funcionamento.

Nesse caso, entender mais sobre o que é amortização e como ela se classifica é o primeiro passo para escolher a modalidade ideal para o seu parcelamento. Pensando nisso, preparamos um conteúdo especial para te ajudar a entender melhor sobre esse conceito e quais as diferenças entre os cálculos.

O que é amortização?

A amortização é o processo de redução do valor total de uma dívida por meio de pagamentos periódicos. Quando o consumidor solicita um serviço de crédito que gera parcelamentos, como empréstimos ou financiamentos, é necessário iniciar o pagamento, geralmente mensal. Com isso, pode abater o montante final pouco a pouco, a cada mês, realizando o depósito dos valores correspondentes. Cada pagamento reduz um pouco o valor total. Essa diminuição é chamada de amortização.

No mercado, existem diversos sistemas usados como base para calcular as parcelas e a forma que o desconto ocorrerá. Dessa forma, o consumidor poderá escolher o melhor formato para atender à sua demanda. Ainda, essa prática não está presente somente no dia a dia de compradores comuns, mas também em investimentos, como fundos imobiliários, cujos repasses aos cotistas pode variar conforme o sistema de cálculo.

O que é amortizar parcelas?

A amortização de parcelas se refere a prática de antecipar pagamentos para reduzir o valor inicial da dívida. Geralmente, isso é feito para diminuir os juros e o tempo de financiamento ou empréstimo.

No dia a dia, o pagamento recorrente das mensalidades conforme combinado em contrato possibilita reduzir o valor pouco a pouco. Entretanto, caso o consumidor queira adiantar alguns valores, isso se torna uma amortização das parcelas. É uma estratégia que pode reduzir os juros incidentes ou o montante final devido em nome do cliente.

Além disso, as instituições financeiras também possuem a obrigação de diminuir a dívida, uma vez que a base do cálculo também fica menor. Um exemplo comum é quando o proprietário de um imóvel financiado utiliza seu Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para quitar parte do total. Essa é uma possibilidade garantida por vários bancos, inclusive pela Caixa Econômica Federal, e reduz as parcelas e os juros pagos.

Tipos de amortização

Atualmente, existem diversos tipos de amortização que o consumidor pode escolher para utilizar como base para a contratação. Algumas empresas contam com mais de uma tabela de cálculo, para que o cliente opte pela que melhor lhe atende. Enquanto isso, outras modalidades e bens adquiridos só podem ser feitos com base em um tipo de parcelamento.

Nesse caso, é recomendável que o consumidor saiba quais são, para decidir a alternativa que mais combina com a sua demanda. Veja abaixo os principais tipos de amortização e como eles funcionam:

Tabela Price

A Tabela Price é um dos tipos de amortização mais utilizados no mercado, onde o saldo devedor cresce, mas permite que as mensalidades sejam as mesmas todos os meses.

Este método também é conhecido como modelo francês, apresentado em 1771 por Richard Price. O objetivo era utilizá-lo em pensões e aposentadorias. No entanto, foi a partir da 2ª revolução industrial, a metodologia se tornou uma base de cálculo para empréstimos.

Com essa modalidade, ocorre o cálculo do juros compostos, que é determinado sempre sobre o último valor devido. Além disso, as proporções da Tabela Price são maiores nos primeiros meses, onde o consumidor paga mais juros. Apenas depois de algumas parcelas que a amortização irá incidir, de fato, sobre o total emprestado.

Os cálculos das prestações são feitos para garantir que elas possam permanecem iguais ao longo do contrato, mesmo que aumente o montante. Esse modelo é utilizado com frequência em financiamentos de automóveis ou quando o consumidor adquire produtos no crediário.

Exemplo

Para entender na prática, considere o exemplo de um empréstimo. O cliente possui R$ 1 mil, com juros de 3% ao mês e 4 parcelas mensais. Nesse caso, para ter parcelas iguais, é preciso calcular o valor dos juros de todos os meses, baseado no total. Nesse caso, as mensalidades serão de R$ 269,03.

Esse total não vai mudar, mas os juros sim. Isso porque, no primeiro mês, o total final seria de R$1.030,00. No entanto, na segunda parcela, os juros são calculados sobre o novo total da dívida, de  R$ 1.000,00 – R$ 269,03 = R$ 760,97. Proporcionalmente, os juros são de R$ 22,83, o que aumenta o novo total devido, mas as parcelas continuam iguais, de R$ 269,03.

Note que no primeiro mês parte da parcela cobre R$ 30,00 de juros, e, no segundo, apenas R$ 22,83. Isso significa que a amortização da dívida real segue aumentando. Esse cálculo pode mudar conforme o número de parcelas e os juros, mas o consumidor terá mais controle sobre os pagamentos, pois a mensalidade continua a mesma, o que muda é quanto de amortização sobre a dívida existirá.

Método SAC

Enquanto isso, outro método popular é o Sistema de Amortização Constante, ou SAC. Essa categoria é conhecida como “juros sobre juros”, comum em financiamentos convencionais. Com ele, o valor das parcelas também permanece o mesmo, mas ocorre uma variação sobre os juros incididos, o que leva a uma oscilação do valor da amortização.

Na prática, as primeiras parcelas terão um valor mais alto, enquanto as últimas vão apresentar um total menor. Isso acontece porque as taxas diminuem conforme o montante, e se ele é reduzido, a parte dos juros também é menor. Dessa forma, quanto mais próximo de finalizar o contrato, menor será o valor da parcela.

Considere o exemplo prático: um cliente realizou um financiamento de R$ 2 mil, negociados em quatro parcelas iguais e juros de 3%. Isso significa que cada mês terá uma mensalidade de R$ 500. No entanto, esse valor terá um acréscimo dos juros, distribuídos em cada parcela. Considere que o total é de R$ 60, incidindo da seguinte forma:

  • 1ª parcela: R$ 23;
  • 2ª parcela: R$ 17;
  • 3ª parcela: R$ 13;
  • 4ª parcela: R$ 07.

Os juros não são divididos igualmente, pois são baseados sobre o valor total e, na parcela seguinte, sobre o montante que resta. Nesse caso, as mensalidades desse financiamento seriam:

  • 1ª parcela: R$ 523;
  • 2ª parcela: R$ 517;
  • 3ª parcela: R$ 513;
  • 4ª parcela: R$ 507.

O total amortizado da dívida varia, mas a primeira mensalidade é maior, em comparação a última, porque os juros mudaram.

Pagamento Único

Uma forma de amortização que também está disponível no mercado é o pagamento único. Como o nome indica, trata-se da quitação integral da dívida de uma vez só, onde a mensalidade cobre o montante e também o acréscimo de juros determinado pela instituição.

Trata-se de um sistema mais simples, e que costuma ter taxas menores, pois a instituição não terá que dividir o montante por um longo período. No entanto, nem todos os consumidores possuem o valor total para optar pelo pagamento único, o que faz com que a maioria dessas contratações sejam de serviços mais simples ou mais em conta.

Se o consumidor tiver uma dívida em aberto, pode realizar uma entrada e gerar o pagamento integral no próximo mês. Com isso, a amortização será total, sem que seja preciso calcular a porcentagem de redução de juros e da dívida.

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Prós

Essa é uma modalidade que pode ser combinada com outra. O cliente pode ter escolhido a tabela Price, por exemplo, mas solicitar uma amortização de pagamento único no final do contrato. Isso é interessante para diminuir as tarifas e proporcionar um montante menor a ser quitado.

Sistema de Pagamento Americano (SAA)

O Sistema de Pagamento Americano, ou SAA, traz uma modalidade diferente, onde a amortização é feita em duas etapas. Inicialmente, os juros são pagos em períodos pré-estabelecidos, enquanto a quitação da dívida ocorre em uma única parcela, estabelecida ao final do contrato. Nesse caso, o consumidor recebe o valor emprestado, e faz parcelas somente das tarifas durante certo período, amortizando o restante de uma única vez.

Por exemplo, considere um empréstimo de R$ 1 mil, com juros simples mensais de 2% e dividido em 4 vezes. Nesse caso, o total dos juros seria de R$ 20,00 por mês, totalizando R$ 80,00 de tarifa sobre a dívida. Assim, o devedor paga parcelas de R$ 20,00 durante 4 meses, e, no final, deve pagar os R$ 1 mil de uma só vez.

O benefício são as parcelas consideravelmente reduzidas, além de ter maior controle financeiro, pois se sabe que o montante final será o mesmo, e as mensalidades são apenas sobre as tarifas. Na maioria dos casos, o próprio total dos juros também permanece o mesmo a cada mês, o que proporciona ainda mais praticidade na hora de administrar os pagamentos.

Sistema de Amortização Misto (SAM)

Por fim, o Sistema de Amortização Misto (SAM) também é uma alternativa para quem deseja contratar um serviço financeiro com mais flexibilidade. Isso porque esse método apresenta características intermediárias entre os sistemas SAC e Tabela Price, encontrando a média de parcelamentos a partir dos dois cálculos.

Dessa forma, é possível aproveitar os benefícios de ambos, considerando que uma das categorias possuem parcelas fixas, e a outra permite uma amortização maior a cada mês, com diminuição do total. O cálculo deve ser feito pela instituição caso o cliente tenha interesse e exista essa possibilidade. Não são todas as companhias e serviços que permitem essa escolha, então, é preciso confirmar a opção antes de contratá-la.

Por exemplo, considere um empréstimo de R$ 100 mil, pago em 100 mensalidades com juros de 1% a.m. No sistema Price, realizando o cálculo com suas fórmulas, o total seria de R$ 1.586,57 por parcela. Enquanto isso, o método SAC gera parcelas com total de R$ 2.000,00 no primeiro mês, R$ 1.990,00 no segundo e assim sucessivamente.

A fórmula do SAM apenas soma esses dois valores e divide por dois. Por exemplo:

Parcela 1 = (Price + SAC)/2 = (1.586,57 + 2.000,00)/2 = R$ 1.793,29;

Parcela 2 = (Price + SAC)/2 = (1.586,57 + 1.990,00)/2 = R$ 1.788,29.

A conta pode ser mais complexa, mas o consumidor poderá aproveitar alguns benefícios, como aumento gradativo da amortização, com redução nas parcelas mensais.

Como funciona a amortização?

De forma geral, ao contratar um serviço de crédito, é preciso pagá-lo de forma integral. Essa condição é a mesma para um financiamento, empréstimo ou uso de cartão, por exemplo. Assim, quando as parcelas são quitadas, ocorre a amortização, pois cada pagamento diminui o total da dívida e os juros cobrados.

Nesse caso, essa operação acontece independente da categoria escolhida pelo contratante. Seja qual for a base de cálculo das parcelas, o processo acontece sempre que a conta é devidamente finalizada. Ainda, é possível reforçar que qualquer pagamento parcelado gera uma amortização, mesmo que não sejam serviços financeiros.

É o caso, por exemplo, de uma compra que é parcelada no cartão. Se a loja estipula um juros sobre o valor e ele é dividido na sua fatura, todo mês acontece uma diminuição da dívida, mesmo que seja de forma indireta. Além disso, também é importante reforçar que a amortização só ocorre no montante original.

Quais são os tipos de taxas existentes na amortização? 

Ainda, é interessante mencionar que existem dois tipos de taxas que podem ser escolhidas na hora de contratar um serviço financiamento, sendo a prefixada e a pós-fixada.

A taxa prefixada é determinada na hora da assinatura do contrato, sendo a mais comum, pois as instituições divulgam esse valor total para o cliente antes de fechar negócio. Isso permitirá que ele calcule o total que irá pagar, e tenha maior controle financeiro pessoal.

Enquanto isso, a taxa pós-fixada acompanha indicadores econômicos, como a inflação e a Selic. Nesse caso, a tarifa pode variar. Vários tipos de financiamentos são feitos com base nessas métricas, e podem ser vantajosas, ou prejudiciais, para o consumidor. Afinal, se a taxa estiver em alto, os juros aumentam.

Por esse motivo, é importante entender quais as determinações do contrato antes de seguir com a negociação, para ter um total entendimento sobre a amortização real da dívida a cada mês, e qual será o período de pagamento.

Como calcular amortização?

O cálculo da amortização dependerá do tipo de sistema escolhido como base para as mensalidades. Cada método possui sua própria fórmula, e elas possuem diferenças consideráveis entre si, como a Tabela Price, que mantém as mensalidades iguais, e o SAC, que contém parcelas maiores no começo e menores no final.

No entanto, de modo geral, é possível estabelecer que o cálculo é feito dividindo o valor financiado pelo número de meses escolhidos em contrato, com acréscimo dos juros. A maioria das instituições possui juros compostos, que são determinados sobre o novo valor do montante a cada mês. Isso faz com que a conta seja mais complexa, e vale a pena utilizar alguma ferramenta para ajudar, como uma calculadora.

Ainda, é essencial manter em mente que a amortização incide somente sobre o débito inicial. Se o consumidor desejar conhecer essa informação separadamente, precisa separar as tarifas em cada conta.

Escolha o melhor sistema de amortização

Por fim, para saber como escolher o melhor sistema de amortização, existem algumas dicas que podem ajudar.

  • avalie qual a sua situação e qual a opção que melhor combina com o seu momento atual, considerando seus ganhos e se eles serão suficientes para pagar a dívida;
  • determine suas preferências, como se você prefere pagar parcelas iguais ou que elas diminuam todos os meses;
  • pesquise quais as ofertas que cada instiruição faz e os benefícios que elas oferecem;
  • escolha o método que você conhece, enteder como a base de cálculo funciona possibilita que você acompanhe as mensalidades.

Assim, com essas dicas, você terá maior confiança na sua contratação, e poderá se organizar com maior propriedade para evitar inadimplências e aproveitar os benefícios integrais da sua amortização.

Vale a pena escolher um sistema de amortização?

A amortização é uma operação que acontece em qualquer parcelamento de dívida, e os consumidores não podem fugir disso. Então, escolher um sistema que combina com o seu perfil pode trazer mais vantagens no dia a dia, combinando melhor com o seu bolso e com as suas condições financeiras.

Além disso, algumas categorias podem ser mais simples de entender, o que aumenta a segurança do cliente na hora de fechar negócio. Por isso, vale a pena conhecer e escolher o seu sistema de amortização ideal, para ter uma experiência mais tranquila no seu pagamento, e saber exatamente quanto pagará a cada mês. Esse conhecimento proporciona um controle mais eficiente das contas, e evita que você crie dívidas no futuro.

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Perguntas Frequentes

  1. O que é amortização?

    Amortização é a redução no valor total de uma dívida por meio do pagamento de parcelas periódicas.

  2. Como funciona o sistema de amortização?

    A amortização acontece sempre que o devedor quita uma parcela do seu contrato, diminuindo o montante final de maneira fixa ou com oscilações por conta dos juros. O cálculo é feito com base em um método, que pode variar.

  3. O que é amortizar parcelas?

    Amortizar parcelas significa adiantar mensalidades do contrato e pagar de uma vez, reduzindo o total da dívida final.

  4. Como amortizar uma dívida?

    Para amortizar uma dívida, basta pagar as parcelas do contrato, seja dentro do período ou adiantando as mensalidades.

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