O número de freelancers cresce no Brasil com o desemprego acima dos 13% no país. Essa foi a alternativa encontrada por um grande número de trabalhadores em meio à pandemia do Covid-19.
Uma pesquisa feita pela plataforma Workana, que conecta profissionais freelancers a empresas, mostra que 20,4% dos usuários afirmaram que estão trabalhando nesse modelo por “falta de emprego”.
Continua após a publicidade
O levantamento foi feito com 2.810 profissionais da base de freelancers da plataforma. Quatro em cada 10 se definem como freelancers e 19,7% tem um outro trabalho e fazem “freelas” no tempo livre.
Número de freelancers cresce 32% no Brasil
A Workana, que tem atuação em toda a América Latina, tem 3,2 milhões de cadastrados. De acordo com a plataforma, o número de freelancers cadastrados vem aumentando desde março, quando os efeitos da pandemia começaram a ser sentidos na região.
Segundo a plataforma, em janeiro, a média de novos registros mensais era de cerca de 70 mil. Em abril, este número saltou para 100 mil. Em números gerais, aumentou em 32% a base de freelancers brasileiros e em 42%, levando em conta toda a região latino-americana.
De acordo com o country manager da Workana no Brasil, Daniel Schwebel, a pandemia impactou as empresas de uma hora para outra e acabou impactando diretamente os próprios freelancers.
“Quase 55% dos profissionais entrevistados no levantamento disseram que tiveram projetos cancelados”, afirma.
Ainda de acordo com Schwebel, o que amenizou esse impacto para os trabalhadores autônomos foi a necessidade de as próprias empresas se reorganizarem e passarem a atuar no ambiente online.
“Dos 67,8% donos de negócios que afirmaram precisar se adequar para continuar a vender na quarentena, 60% fizeram isso contando com a ajuda de freelancers”, conta.
Confira as áreas que tiveram aumento de demanda entre os freelancers
De acordo com a Workana, 45% dos freelancers entrevistados afirmaram ter tido algum projeto contratado durante a pandemia.
Confira as áreas que mais recrutaram:
- Tradução e conteúdos;
- Engenharia e manufatura;
- Finanças e administração;
- TI e administração
Continuar ou não como freelancer?
Dois em cada três freelancers entrevistados estão otimistas com a possibilidade de aumento na demanda de projetos. Outros 23,9% acreditam que a oferta continuará semelhante e 8,4% acham que a quantidade de projetos deve diminuir.
Ainda de acordo com a pesquisa, a perspectiva dos freelancers com relação ao futuro como autônomos é positiva. Metade afirmou que não gostaria de voltar a trabalhar em empresas. Dentre os principais motivos alegados estão a possibilidade em trabalhar por projetos específicos (27%) e de forma remota (25%).
No entanto, outros 45% avaliam voltar a trabalhar em uma empresa, seja por estarem desempregados ou por necessitarem de uma renda extra.
Esta matéria foi útil? Então assine a newsletter do iDinheiro e receba notícias sobre tudo o que importa para o seu dinheiro em tempo real no seu e-mail.
Continua após a Publicidade