A maioria dos novos investidores na bolsa (73%) hoje aprende por meio de canais do YouTube e com influenciadores. A conclusão é da pesquisa da B3, realizada com 1.300 pessoas entre abril de 2019 e abril de 2020.
Entre os entrevistados, 45% declararam estudar o tema por meio de plataformas online, 31% tiveram a ajuda de amigos, 20% citaram a imprensa, 18% escutaram podcasts, 9% aprenderam por meio de cursos presenciais, 7% com gerentes ou assessores financeiros e, por fim, 1% por meio do rádio.
Além da internet, os novos investidores mencionaram como fontes de informação:
- e-mails, alertas, notificações dos bancos e corretoras (38%);
- redes sociais (36%);
- grupos do WhatsApp ou Telegram (34%);
- assinaturas de relatórios de análises (27%);
- recomendação de amigos e parentes (19%);
- recomendação de consultores ou assessores financeiros (14%);
- jornais e revistas (14%).
Com informações do Valor Investe.
Novos investidores na bolsa: é importante saber com quem e em que canais você está se informando
A bolsa, porém, destacou a importância de os novos investidores saberem com quem e em que canais estão se informando. Recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) soltou um comunicado sobre quem está autorizado a dar indicação de investimentos.
“As pessoas têm que buscar informações. Entrar na CVM, na B3, ver se estão autorizados, ir acompanhando e a partir daí ir seguindo sua maratona de investimentos”, afirmou o diretor de relacionamento com clientes da B3, Felipe Paiva.
De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados escolhem e analisam seus investimentos por meio de análises de influenciadores. Já 23% usam análises estruturadas de empresas especializadas. Além disso, 18% fazem avaliações de outras formas ou não fazem análises, 11% seguem orientações de amigos e familiares e 9% orientações de assessores.
Maioria dos novatos visa o longo prazo
A maioria dos novatos na bolsa visa o longo prazo. Para ter uma ideia, em 2018, entre 25% a 30% dos que entraram na bolsa zeraram posições após seis meses. Em 2020, esse número caiu para 20% a 25%.
A pesquisa também revelou que cerca de 65% de todas as operações de day trade no primeiro semestre deste ano estiveram concentradas em um grupo de, aproximadamente, 10 mil investidores. Segundo Paiva, isso ratifica o foco dos novos investidores no longo prazo.
Perguntados sobre o que os faria deixar a bolsa, 64% dos entrevistados afirmaram que resgatariam somente se precisassem do dinheiro, 28% sairiam por queda na rentabilidade, 27% por mudança na tributação ou legislação, 23% devido ao cenário econômico, 20% por aumento do risco e 7% por queda na bolsa. Má orientação do assessor (3%) e outras razões (16%) também foram citadas.
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