O golpe da maquininha de cartão se tornou uma preocupação para consumidores, donos de estabelecimentos, autônomos e demais empreendedores afinal, eles geram insegurança na hora da venda. Por esse motivo, é importante conhecê-los para prevenir cair em mais um tipo de golpe financeiro.
Neste artigo, você entenderá como funciona o golpe da maquininha, como identificá-lo, conhecerá os principais tipos de fraudes nessa modalidade e aprenderá medidas essenciais para proteger seu negócio e clientes.
Como funciona o golpe da maquininha de cartão?
Os fraudadores usam diferentes estratégias para aplicar o golpe da maquininha de cartão, mas os objetivos principais são os mesmos: roubar os dados dos clientes ou realizar cobranças indevidas.
No primeiro caso, eles usam os dados para fazer compras ou contratar serviços sem o conhecimento do dono do cartão, e no segundo, cobram valores maiores do cliente sem ele perceber. Esse valor, por sua vez, vai direto para a conta que o criminoso utiliza. Em muitas situações, até que o cliente perceba, o estrago financeiro nas duas situações é muito alto.
Quais são os tipos mais comuns de golpes com maquininhas?
Os golpes usando maquininhas que têm sido bastante denunciados são o do equipamento adulterado, com problema ou cobrança com valores alterados. Entenda como eles funcionam.
Maquininha falsificada ou adulterada
Neste tipo de golpe, o fraudador utiliza uma maquininha alterada para capturar dados do cartão do cliente. A máquina pode estar equipada com dispositivos que copiam as informações da tarja magnética ou do chip. Após coletar os dados, os golpistas realizam transações indevidas sem que o cliente perceba.
Em alguns casos, os golpistas tentam fazer a transação do valor longe do cliente ou impedindo que ele tenha uma visão livre do processamento da venda em um estabelecimento comum.
Se você tem um negócio, crie um procedimento fixo para que todas as cobranças sejam feitas em frente ao cliente, e explique para seu time de atendimento que essa boa prática também é uma forma de segurança para eles.
Atenção, cliente!
Cobrança duplicada ou valores alterados
Nesse caso o golpista simula uma transação de pagamento, mas na verdade insere um valor mais alto ou cobra duas vezes alegando que a primeira não foi processada. Isso é feito rapidamente, aproveitando-se de momentos em que o cliente está distraído.
É comum em situações de grande fluxo, por exemplo, onde o cliente confia na cobrança sem conferir o valor exato, ou em shows e feiras, aonde existem várias distrações para o consumidor.
Esse é um tipo de golpe da maquininha que tem sido muito comum em cobranças por aproximação. Alguns modelos de maquininha de cartão de crédito realizam essa transação usando a parte traseira do equipamento. Dessa forma, o cliente não vê o valor da cobrança à todo momento.
Uma boa prática é sempre mostrar o visor ao cliente. Outra solução é optar por modelos em que o painel é frontal e com boa resolução, e que o local de aproximação do cartão não exija que a máquina precise ser manipulada para baixo.
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Simulação de problemas na maquininha
Em alguns casos, o fraudador alega que a maquininha está “com problemas” ou “quebrada” após o cliente inserir o cartão. Ele pode pedir que a transação seja repetida várias vezes, realizando múltiplas cobranças ou anotando as informações digitadas pelo cliente durante as tentativas. Essa tática é comum em locais onde o cliente tem pouca oportunidade de questionar o processo.
Essas técnicas enganosas tornam essencial que os usuários e os estabelecimentos estejam atentos aos sinais de adulteração nas maquininhas e a comportamentos suspeitos, garantindo a segurança de suas transações financeiras.
Boas práticas de segurança para evitar o golpe da maquininha
Para se proteger contra o golpe da maquininha de cartão, orientar seu time e até mesmo seus clientes, é importante adotar práticas de segurança. Aqui estão algumas dicas essenciais:
- Verifique o valor na tela da maquininha: antes de digitar a senha ou aproximar o cartão, confirme sempre o valor exibido na tela da maquininha;
- Habilite notificações no aplicativo do banco: receber notificações imediatas sobre todas as transações realizadas pode impedir que o cliente aceite que a compra seja passada novamente ou confira o valor pago;
- Evite inserir dados pessoais ou financeiros: em nenhuma situação compartilhe informações pessoais, como CPF ou dados bancários, ao realizar um pagamento na maquininha. Os dados solicitados na tela devem se limitar à senha do cartão quando a quantia negociada exigir;
- Desconfie de máquinas de cartão com problemas visíveis: se o visor da maquininha estiver danificado, com componentes visivelmente soltos ou sinais de adulteração, evite usá-la. Isso pode ser um sinal de manipulação para realizar fraudes. Trocar a forma de pagamento pode ser mais seguro;
- Dê preferência a maquininhas de fornecedores confiáveis: opte por maquininhas de empresas de confiança e evite aquelas sem histórico ou suporte técnico adequado. Os fornecedores consolidados geralmente oferecem equipamentos mais seguros e suporte em caso de problemas;
- Pague antecipadamente sempre que possível: especialmente em serviços de delivery, faça o pagamento pelos aplicativos ou no momento da encomenda. Isso evita que o cartão tenha que ser usado no momento da entrega;
- Oriente pessoas mais suscetíveis aos golpes: pessoas da terceira idade, jovens que estão iniciando sua vida financeira e pessoas desatentas em geral devem ser orientadas para evitar golpes.
Caí no golpe da maquininha de cartão: o que fazer?
Se você perceber, como cliente, que foi vítima de um golpe com maquininha de cartão, é essencial agir rapidamente para minimizar o prejuízo e aumentar as chances de reaver o valor perdido. Aqui estão as principais medidas a serem tomadas:
Entre em contato com o banco ou administradora do cartão
Notifique imediatamente a instituição financeira responsável pelo cartão utilizado na transação. Explique a situação e solicite o bloqueio do cartão para evitar novas cobranças. Guarde todos os números de protocolo de atendimento.
Esse bloqueio pode ser temporário e só permanecerá definitivo após a apresentação do Boletim de Ocorrência, por isso, confirme no momento do atendimento o que precisa ser feito.
Registre detalhes do incidente
Anote informações como data, hora, valor da transação e o local onde o golpe ocorreu. Esses detalhes serão úteis para as investigações e para possíveis ações legais, inclusive para registrar o B.O.
Faça um Boletim de Ocorrência (B.O.)
Dirija-se à delegacia mais próxima ou registre um boletim de ocorrência online, relatando o ocorrido. Este documento é importante para formalizar a denúncia e iniciar o processo investigativo com as autoridades competentes, se for o caso.
Solicite reembolso ou compensação
Em alguns casos, o banco ou a administradora do cartão pode avaliar a possibilidade de reembolso da transação fraudulenta. Esteja preparado para fornecer todos os dados sobre o golpe e documentar a comunicação com a instituição.
Caso tenha algum seguro de proteção do seu cartão de crédito, também é possível avaliar se existe alguma cobertura para esse tipo de golpe financeiro.
Informe o Procon e outras entidades de Defesa do Consumidor
Caso o problema persista ou se você sentir que não foi atendido adequadamente, recorra ao Procon ou a entidades de defesa do consumidor para formalizar uma reclamação e buscar orientação adicional.
Além de encontrar uma possível solução para seu prejuízo, esse registro ajuda na prevenção de fraudes para outros indivíduos e contribui para um levantamento estatístico desse tipo de golpe que pode ser usado pelas entidades de segurança para novas ações com maior direcionamento.
Perguntas frequentes sobre os golpes com maquininhas de cartão de crédito
- O que é o golpe da maquininha de cartão?
O golpe da maquininha envolve a adulteração de maquininhas de cartão para roubar dados dos clientes ou realizar cobranças indevidas.
- Como posso identificar uma maquininha adulterada?
Observe se a maquininha tem sinais de danos, se o vendedor demonstra comportamentos incomuns na operação ou se existem diferenças visuais no equipamento que podem indicar adulteração, como o visor turvo ou quebrado.
- Quais são os tipos mais comuns de golpes com maquininhas?
Os mais comuns incluem maquininhas adulteradas, cobranças duplicadas, em valores mais altos e maquininhas falsas usadas em entregas ou à distância do cliente.
- Como posso me proteger contra o golpe da maquininha?
No caso de vendedores e donos de negócio, utilize maquininhas de fornecedores autorizados, verifique o aparelho antes de cada uso e eduque seus funcionários. Clientes precisam acompanhar toda a venda ou pedir para trocar a forma de pagamento em qualquer suspeita.
- O que fazer se eu cair em um golpe da maquininha?
O primeiro passo é entrar em contato com seu banco ou operadora do cartão imediatamente para bloquear a transação e reportar o problema.