Fluxo de caixa: o que é e para que serve? Veja como fazer de forma simples!

Confira nosso guia completo sobre fluxo de caixa, com tudo que você precisa saber sobre essa ferramenta, além de um passo a passo para elaborar o seu!

Escrito por Lara Alves

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Se você está pensando em investir no seu negócio e quer um bom planejamento financeiro, com certeza vai ouvir falar sobre fluxo de caixa. Essa ferramenta é essencial para organizar suas vendas e movimentação de dinheiro.

Para gerenciar corretamente, é importante entender o conceito, as categorias e como aplicá-las no dia a dia da sua empresa.

Preparamos um guia completo sobre fluxo de caixa para te ajudar a desenvolver um planejamento simples e eficaz. Acompanhe!

O que é fluxo de caixa?

Fluxo de caixa é o instrumento pelo qual o administrador registra todas as entradas e saídas de recursos financeiros do negócio. Apesar de muito falado no meio empresarial, esse conceito nem sempre é claro para quem está começando a empreender. No entanto, trata-se de uma ferramenta simples, que pode ser adaptada à realidade de qualquer empresa — desde microempreendedores até grandes corporações.

O controle do fluxo de caixa pode ser feito por meio de:

  • Planilhas online
  • Livros de registros manuais
  • Sistemas automatizados
  • Plataformas integradas de gestão

Mesmo empresas de pequeno e médio porte conseguem aplicar essa ferramenta no dia a dia, ajustando seu uso conforme a demanda do negócio. Além de ajudar na conferência financeira, o fluxo de caixa também serve como base para relatórios contábeis, estratégias de produção e projeções futuras.

Veja a seguir os principais subconceitos relacionados ao fluxo de caixa:

  • Fluxo de caixa livre: refere-se ao valor que sobra no caixa da empresa depois de pagar todas as despesas operacionais e realizar os investimentos necessários. Esse montante pode ser usado para quitar dívidas, distribuir lucros ou reinvestir no negócio.
  • Controle de entradas e saídas: é o acompanhamento diário de tudo que entra (como vendas e recebimentos) e tudo que sai (como contas a pagar, salários e impostos). Esse controle é essencial para manter a empresa organizada e financeiramente equilibrada.
  • Fluxo de caixa negativo: acontece quando os gastos da empresa superam os recebimentos. Isso pode indicar um problema de gestão financeira e exige atenção, pois pode afetar diretamente a capacidade de manter o negócio funcionando no curto e longo prazo.

Exemplo de fluxo de caixa

Para ajudar a compreender o conceito de fluxo de caixa, vamos utilizar um exemplo prático de um dia comum no seu negócio. Suponha que você tenha realizado diversas transações no dia e precise registrar tanto as entradas quanto as saídas de dinheiro da sua empresa.

No exemplo a seguir, temos as seguintes movimentações de caixa:

  1. Entradas de dinheiro:
    • Venda à vista: durante o dia, você fez 3 vendas à vista, sendo uma de R$10, outra de R$20 e uma terceira de R$30. Essas transações somam R$60, que entram imediatamente no seu caixa.
    • Venda parcelada: além das vendas à vista, você também realizou uma venda de R$100, que será paga em 2 parcelas de R$50. A primeira parcela, que será paga no dia, soma R$50 e também entra no caixa naquele momento. A segunda parcela será recebida no mês seguinte, mas, por ora, ela ainda não é considerada disponível.
  2. Saídas de dinheiro:
    • Compra de pilhas: no meio da tarde, você precisou adquirir pilhas para sua calculadora no valor de R$5. Esse valor representa uma saída do caixa para cobrir uma despesa operacional.

A tabela abaixo resume todas essas transações e como elas impactam o saldo de caixa no final do dia:

DataDescriçãoCategoriaEntrada (R$)Saída (R$)Saldo (R$)
12/04Venda à vista 1Pagamento à vista10,0010,00
12/04Venda à vista 2Pagamento à vista20,0030,00
12/04Venda à vista 3Pagamento à vista30,0060,00
12/04Venda parcelada (2x R$50)Pagamento a prazo50,00110,00
12/04Compra de pilhasGastos operacionais5,00105,00
Totais110,005,00105,00

No final do dia, o saldo de caixa da empresa é R$105,00, considerando as entradas e saídas registradas. É importante notar que, mesmo que o valor da venda parcelada seja de R$100, apenas R$50 entram efetivamente no caixa naquele dia, enquanto o restante será registrado quando o pagamento for efetuado.

Esse é um exemplo simples de como você pode controlar o fluxo de caixa da sua empresa. Mesmo pequenas transações, como a compra de pilhas, devem ser registradas, pois ajudam a dar uma visão clara da saúde financeira do seu negócio e a evitar surpresas no orçamento.

Para que serve o fluxo de caixa?

Em um primeiro momento, o fluxo de caixa é uma ferramenta para auxiliar na gestão da empresa. Ele registra todas as movimentações de dinheiro, proporcionando um controle detalhado das entradas e saídas de recursos.

Além de ajudar a monitorar a situação financeira da empresa, o fluxo de caixa oferece uma visão clara sobre aspectos como produtividade, vendas e desempenho geral. Com essas informações, é possível fazer projeções mais realistas para o futuro e identificar estratégias para otimizar os lucros.

O fluxo de caixa também ajuda a ter um controle firme sobre a empresa, permitindo agir rapidamente em situações de emergência, como imprevistos financeiros. Ele mostra o limite de recursos disponíveis, garantindo uma resposta mais segura a gastos inesperados.

Ele é crucial para tomar decisões mais assertivas e administrar melhor todos os setores do negócio, não apenas o financeiro.

Quais são os tipos de fluxo de caixa?

Depois de entender o conceito de fluxo de caixa e para que ele serve, chegou o momento de conhecer mais sobre os diferentes tipos que existem dessa ferramenta.

Os fluxos de caixa podem ser classificados de diversas maneiras, conforme o objetivo da análise e a metodologia adotada. Além dos três tipos principais mencionados anteriormente — fluxo de caixa operacional, fluxo de caixa de investimentos e fluxo de caixa de financiamento — existem outras classificações que detalham diferentes aspectos das movimentações financeiras de uma empresa.​

  1. Direto: Este método registra os recebimentos e pagamentos de forma bruta, sem considerar descontos. As transações são organizadas em categorias conforme sua natureza contábil, como recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores e tributos. ​
  2. Indireto: Baseado no lucro líquido, este método ajusta os resultados do exercício para itens que não envolvem caixa, como depreciação e variações no capital de giro. É frequentemente utilizado para reconciliar o lucro contábil com o fluxo de caixa real. ​
  3. Projetado: Trata-se de uma estimativa das entradas e saídas de caixa futuras, auxiliando no planejamento financeiro e na tomada de decisões estratégicas. ​
  4. Livre: Este indicador mede a capacidade da empresa de gerar caixa após deduzidas as despesas operacionais e os investimentos necessários para manter ou expandir sua base de ativos. É essencial para avaliar a real disponibilidade de recursos para remuneração de investidores ou reinvestimento no negócio.

Cada tipo de fluxo de caixa oferece uma perspectiva distinta sobre a saúde financeira da empresa, sendo fundamental escolher a metodologia que melhor se alinha aos objetivos específicos da análise financeira em questão.

Qual o passo a passo do fluxo de caixa?

Para criar um fluxo de caixa eficiente para sua empresa, é importante seguir algumas etapas essenciais que facilitam esse processo.

Vale ressaltar que cada negócio possui demandas específicas, por isso é fundamental adaptar a ferramenta de acordo com as necessidades financeiras da sua empresa.

No entanto, algumas dicas podem tornar o desenvolvimento dos registros mais simples e prático. Confira a seguir o passo a passo para elaborar o seu fluxo de caixa:

  1. Determine o Valor Inicial do Caixa
    • Calcule o valor disponível no momento, seja ele proveniente de caixa, contas bancárias ou investimentos iniciais.
  2. Separe as Entradas e Saídas
    • Classifique todas as movimentações financeiras:
      • Entradas: receitas de vendas, recebimentos de clientes, etc.
      • Saídas: despesas fixas (aluguel, salários), variáveis (materiais), tributos, etc.
  3. Escolha um Sistema de Registros
    • Escolha o sistema adequado para registrar as movimentações:
      • Planilhas de Excel ou Google Sheets.
      • Sistemas de gestão financeira ou ERPs (ex: ContaAzul, Bling).
      • Registros manuais (livros contábeis).
  4. Monte o Fluxo de Caixa
    • Organize suas entradas e saídas em uma planilha ou sistema escolhido.
    • Inclua:
      • Data da movimentação
      • Descrição da movimentação
      • Valor da transação
      • Categoria (entrada ou saída)
      • Forma de pagamento
  5. Registre as Movimentações
    • Atualize regularmente (diariamente, semanalmente ou mensalmente).
    • Registre cada movimentação assim que ocorrer e armazene os comprovantes.

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Vantagens e desvantagens de utilizar essa ferramenta

Manter um controle financeiro eficiente é essencial para a saúde de qualquer empresa. O fluxo de caixa é uma ferramenta fundamental nesse processo, pois permite acompanhar de perto todas as entradas e saídas de dinheiro, proporcionando maior clareza sobre a situação financeira do negócio.

No entanto, como qualquer ferramenta, tem suas vantagens e desvantagens. Entender essas questões pode ajudar o empreendedor a utilizar essa ferramenta de maneira estratégica e alinhada com as necessidades da empresa.

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Vantagens

Controle financeiro preciso: o fluxo de caixa permite que a empresa tenha um controle detalhado sobre suas entradas e saídas de dinheiro, ajudando a entender melhor a saúde financeira do negócio.
Prevenção de crises de liquidez: o monitorar constantemente o fluxo de caixa, é possível identificar períodos de escassez de recursos e tomar ações preventivas, como renegociar dívidas ou ajustar os custos.
Facilidade no planejamento financeiro: com o fluxo de caixa, a empresa consegue planejar melhor suas finanças, prever os períodos de pico e baixo movimento, e tomar decisões estratégicas para otimizar o uso de recursos.
Apoio à tomada de decisões: ter um fluxo de caixa organizado facilita a tomada de decisões, como investimentos, cortes de custos, e quando contratar ou fazer pagamentos.
Facilidade de acesso a crédito: bancos e instituições financeiras costumam exigir um fluxo de caixa claro para liberar crédito, sendo uma ferramenta essencial na busca por financiamentos.
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Desvantagens

Exige tempo e atenção constante: manter um fluxo de caixa atualizado demanda tempo e esforço contínuo, especialmente para empresas menores que não possuem um departamento financeiro dedicado.
Pode ser complexo para negócios muito grandes: em empresas de grande porte, com muitas transações e fontes de receita, o fluxo de caixa pode se tornar difícil de gerenciar, exigindo sistemas de software complexos.
Não considera o lucro líquido: o fluxo de caixa foca apenas nas movimentações de caixa, sem levar em conta o lucro líquido, o que pode deixar de fora aspectos importantes, como depreciação ou custos não pagos.
Requer disciplina e organização: para que o fluxo de caixa seja eficaz, é necessário que o empresário seja disciplinado e organizado no registro das movimentações, algo que pode ser desafiador no dia a dia.
Risco de falta de previsão para mudanças imprevistas: embora o fluxo de caixa ajude no planejamento financeiro, ele pode não ser suficiente para prever eventos inesperados, como crises econômicas, mudanças nas taxas de juros ou emergências imprevistas.

Vale a pena automatizar o fluxo de caixa?

Como você pode perceber ao longo do conteúdo, o fluxo de caixa é uma importante ferramenta de administração financeira.

Por conta da sua relevância nas empresas, os sistemas também acompanharam as novas tecnologias, buscando se tornar mais práticos e fáceis.

Hoje, existem diversos modelos automatizados, como plataformas próprias de fluxo de caixa, e até mesmo sistemas completos de gestão.

Com eles, você poderá ter mais praticidade durante seus registros, uma vez que o sistema fará todos os cálculos. 

Além disso, também é um modelo mais seguro, pois as informações são armazenadas digitalmente, sem riscos de perdas.

Por outro lado, esse investimento pode ser de alto nível, principalmente para pequenas empresas, e apresentar ferramentas complexas demais para o negócio.

Assim, vale a pena analisar alternativas que possam atender à sua demanda, seja ela mais simples ou mais elaborada.

Dessa forma, você poderá realizar um fluxo de caixa completo, e otimizar a gestão financeira da sua empresa com praticidade e eficiência.

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Perguntas Frequentes

  1. O que significa “fluxo de caixa”?

    Fluxo de caixa é o movimento de entrada e saída de dinheiro de uma empresa, permitindo controlar a liquidez e garantir que haja recursos suficientes para cobrir despesas e investir no crescimento do negócio.

  2. Quais são os 4 tipos de fluxo de caixa?

    Os quatro tipos de fluxo de caixa são: direto, que registra entradas e saídas de dinheiro de forma imediata; indireto, que ajusta o lucro líquido com itens não monetários para calcular o fluxo de caixa; projetado, que estima as entradas e saídas futuras para planejar a saúde financeira; e livre, que representa o dinheiro disponível após o pagamento de todas as despesas e investimentos.

  3. Qual é o fluxo de caixa mais usado?

    O fluxo de caixa mais usado é o fluxo de caixa direto, devido à sua simplicidade e clareza ao registrar as movimentações financeiras.

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