Trezor wallet: prós, contras, segurança e como usar!

A Trezor wallet é mais uma alternativa para investidores que buscam maior segurança no armazenamento das suas criptomoedas. Surgiu com o objetivo de ser uma carteira física hardware desconectada da internet e possui compatibilidade com muitos de ativos e configuração simplificada para os usuários.

Além disso, apresenta diversos modelos disponíveis no mercado, para que você encontre aquele que melhor atende às suas necessidades de transferência. Entretanto, as carteiras físicas de armazenamento ainda estão ganhando espaço no mercado e, por esse motivo, muitos usuários possuem dúvidas sobre a sua autenticidade e proteção.

Por esse motivo, é importante conhecer as principais alternativas disponíveis, para ter confiança na escolha e administrar seus ativos digitais com mais solidez. Para te ajudar, separamos detalhes sobre uma das carteiras de criptomoedas mais populares da atualidade. Veja o que é, como funciona e quais as vantagens da Trezor wallet, referência no segmento.

Para que serve a Trezor wallet?

A Trezor wallet foi a primeira carteira de hardware de criptomoedas lançada no mercado, desenvolvida em 2014.

Seu objetivo é permitir o armazenamento, envio e recebimento de ativos com maior segurança, com o diferencial de ser uma alternativa offline. Em outras palavras, não possui acesso à internet, de modo que reduz os riscos de acessos não autorizados.

A Trezor, que se tornou referência nesse segmento, foi lançada pela SatoshiLabs, localizada na República Tcheca.

Esse hardware é voltado para armazenamento de criptomoedas e tokens em geral, com compatibilidade estendida, para combinar com contas de diversas plataformas.

Na prática, a Trezor wallet é como se fosse um pendrive, que pode ser conectado ao equipamento do investidor e receber a transferência dos arquivos com chaves privadas.

Uma vez que os ativos estão em segurança dentro da carteira, ela pode ser guardada fisicamente em um local de confiança. Por esse motivo, é tida como mais segura do que opções online.

Posteriormente, se você desejar movimentar seus arquivos, basta conectar novamente no computador ou dispositivo eletrônico e enviar para sua conta na exchange de preferência.

Moedas suportadas pela carteira Trezor

Até o momento, a Trezor wallet tem suporte para cerca de 1.800 criptoativos diferentes, incluindo:

• Bitcoin (BTC);
• Ethereum (ETH);
• Bitcoin Cash (BCH);
• Tether (USDT);
• Shiba Inu (SHIB);
• Litecoin (LTC);
• Aave (AAVE);
• Decentraland (MANA). 

Seu hardware é compatível com a maioria dos ativos digitais em operação nas exchanges certificadas, incluindo moedas e também outros tipos de tokens.

É possível que as versões mais recentes tenham uma aceitação maior, e o investidor não terá problemas em transferir seus principais recursos para a carteira física.

Opções de carteiras Trezor

Atualmente, a Trezor wallet possui duas opções de carteira, com funcionalidades e preços distintos. Veja:

	Trezor Modelo T	Trezor Model One
Preço:	$ 219,00	$ 69,00
Interface:	tela (1,54”) sensível ao toque	teclado de dois botões
Moedas suportadas:	1456	1289
Conexão:	USB – C incluído	USB – A incluído

A companhia buscou oferecer alternativas para investidores que estavam começando no mercado e também para experientes ou que tendem a buscar equipamentos mais elaborados para administrar seus ativos.

O modelo mais recente também apresenta uma interface gráfica moderna, com tela sensível ao toque, sendo um pequeno aparelho interativo para o usuário aproveitar.

Enquanto isso, seu lançamento original foi pensado para ser mais simples, inclusive seguindo os padrões de equipamentos da época, como entrada de conexão tipo A, por exemplo. No entanto, ambas as carteiras possuem características positivas, que podem te auxiliar a proteger as suas criptomoedas mais facilmente. Veja mais detalhes sobre cada modelo abaixo:

Trezor T

A Trezor Model T é a carteira mais recente da SatoshiLabs no mercado, trazendo interface mais tecnológica e maior suporte para outras criptomoedas além dos grandes nomes comercializados.

Inicialmente, os modelos são semelhantes em design, mas é visível os pontos de melhorias, como o tamanho e o fator compacto.

Embora seu preço seja consideravelmente mais alto, a Trezor wallet Model T é considerada uma das melhores do seu segmento, especialmente para quem se preocupa com a segurança da conectividade bluetooth, um detalhe interessante para operar sem cabo.

Além disso, esse modelo também conta com mais ferramentas adicionais, como a Trezor Suite, um aplicativo de desktop que substituiu o aplicativo web Trezor Wallet como a interface principal.

Assim, as carteiras Trezor podem ser configuradas mais facilmente, o que torna a experiência do usuário mais segura. Seus recursos de integração são simples e facilitam o envio das criptomoedas com apenas alguns toques.

Trezor One

Por outro lado, também existe o modelo Trezor One, o primeiro de hard wallet lançado pela empresa em 2014. Seu objetivo era ser simples, para que os investidores tivessem familiaridade com o dispositivo e se identificassem com ele.

Ainda, o suporte abrange uma grande variedade de criptomoedas e se comunica com carteiras externas.

Apesar de ser um equipamento mais antigo, em comparação a outras alternativas que já estão disponíveis, esse aparelho continua impressionante pela sua simplicidade, que não compromete os recursos de segurança para os arquivos.

Por ser uma das mais antigas do mercado, essa Trezor wallet possui um preço atraente para quem está começando e quer uma opção mais barata para começar a trabalhar.

Ainda, vale a pena reforçar que o modelo One é compatível com os novos aplicativos da empresa, para não deixar o equipamento ultrapassado em termos de tecnologia e atualizações.

Prós e contras

Para investidores interessados em obter uma Trezor wallet, vale a pena conferir alguns dos prós e contras que acompanham esse equipamento. Confira:

Prós	Contras
armazenamento refrigerado;	organização não hierárquica das moedas;
autenticação de dois fatores;	design simples;
é compacta e leve;	acessórios básicos;
tem código-fonte aberto e transparente.	preços mais elevados.

Em um primeiro momento, vale a pena reforçar aspectos como praticidade e leveza para carregar o dispositivo, sendo um aparelho pequeno e compacto.

No entanto, ele também conta com refrigeramento embutido, o que permite aos arquivos não serem corrompidos.

Em termos de segurança, é uma tecnologia com código-fonte aberto para os usuários estudarem e avaliarem, trazendo mais confiança para pessoas interessadas.

Por outro lado, existem alguns pontos menos positivos, importantes de ressaltar durante a análise da Trezor wallet.

Sua principal desvantagem é não organizar as criptomoedas de forma hierárquica, o que pode trazer mais dificuldade para os investidores encontrarem os ativos ao verificar o aplicativo.

Enquanto isso, seu design, embora acessível, é mais simples do que outras alternativas que surgiram posteriormente. Seus acessórios também são mais básicos nesse sentido.

Para usuários que se interessam por equipamentos complexos e com mais para explorar, podem encontrar um ponto negativo na Trezor wallet.

Como configurar a Trezor wallet? 

Após avaliar a Trezor wallet como opção para guardar as suas criptomoedas, é possível configurar seu equipamento para trabalhar com mais autonomia e confiança.

Veja o passo a passo que preparamos para te ajudar a adaptar o aparelho para as suas necessidades:

Além dessas configurações de login e perfil, os investidores também devem se atentar para as formas de enviar e receber criptomoedas com a sua carteira. Veja mais detalhes:

Como enviar criptomoedas para a carteira Trezor?

É importante lembrar que a Trezor wallet é um dispositivo físico para armazenar criptomoedas e tokens fora da rede, e todas as movimentações precisam ser feitas no seu aplicativo.

Por esse motivo, para enviar ativos de outra conta para o seu dispositivo, faça todas as sincronizações pela plataforma Trezor.

Entre na sua conta e veja quais as exchanges e carteiras secundárias que possuem os ativos desejados. Em seguida, confirme seu login nesses canais, para permitir a transferência.

Após realizar essa verificação, faça o download do Trezor no seu computador pelo aplicativo web. Por enquanto, o acesso está liberado apenas para desktop. Lembre-se de conectar o dispositivo físico via USB ou por bluetooth, se existir essa possibilidade no seu modelo.

Com todos os aparelhos ligados, entre na sua conta e verifique a lista de criptomoedas e tokens que estão armazenados no dispositivo. Selecione e siga as etapas para enviar do aparelho de volta para as contas online.

Inicialmente, elas ficarão alocadas na carteira digital Trezor, mas é possível passar para outros logins em exchanges, no caso de negociações, por exemplo.

Como receber criptomoedas na Trezor?

Da mesma forma, é possível receber criptomoedas na sua carteira Trezor. Com o dispositivo físico conectado, selecione qual moeda deseja incluir e siga o procedimento.

Nesse caso, pode ser necessário iniciar o procedimento na carteira de origem do token, que pode estar em outra plataforma.

A Trezor disponibiliza acesso para integrar seu aplicativo web com outras contas, de modo que o investidor não terá problemas em salvar os arquivos offline.

Entretanto, lembre-se de confirmar essa operação nos dois sites. Esta é uma forma de confirmar a segurança do processo e o usuário garante que está ciente da passagem. Com a transferência finalizada, as criptomoedas já estarão prontas para serem desconectadas e salvas fora da rede.

Segurança da Trezor wallet

Outro ponto de atenção que muitos usuários costumam avaliar na Trezor wallet é a segurança do dispositivo, uma vez que ele movimenta diretamente suas criptomoedas e tokens.

Nesse caso, é importante conhecer os aspectos que tornam a alternativa segura e referência na proteção de ativos digitais fora da internet. Para conhecer melhor o dispositivo, veja quais os componentes que fazem parte da sua segurança:

Atualizações de firmware

O firmware é um software que executa funções básicas de entrada e saída, trazendo as instruções necessárias para que o dispositivo se comunique com outros.

Na prática, é o que pendrives precisam ter para permitir o envio de arquivos entre o equipamento portátil e o computador.

Uma vez que as carteiras Trezor se comportam como esses aparelhos, elas também precisam ter firmware, para que seja possível acionar o hardware dos dispositivos computacionais.

Para garantir essa conexão de maneira adequada, a empresa garante que a Trezor wallet receba atualizações constantes, reforçando suas proteções a cada novo lançamento.

Dessa forma, mesmo que hackers desenvolvam programas para invadir esses aparelhos, com as atualizações de firmware, ele se torna mais protegido.

Conexão USB Limitada

Ainda, a Trezor wallet também possui conexão USB Limitada. Isso significa que a transmissão de dados não permite a passagem completa dos arquivos, para evitar interferências que corrompam os tokens ou facilitem roubos.

Essa característica faz com que a velocidade de envio e recebimento seja menor e leve mais tempo para se concretizar.

Embora pareça uma desvantagem, trata-se de uma vantagem para a segurança do equipamento, pois exige que todo o tempo seja cumprido para guardar os arquivos por completo, sem corrompê-los.

Usuários com intenções maliciosas buscam portas menos limitadas de conexão e, por isso, a hard wallet se destaca com mais proteção.

Privacidade

Além disso, a Trezor oferece diversas condições de privacidade, de modo que todas as transações são mais protegidas.

O desenvolvedor de carteira SatoshiLabs não pode rastrear nenhuma ação com o aplicativo, mesmo sendo o detentor do código. Isso porque eles são protegidos de maneira exclusiva, sem ter números de série.

Ou seja, os registros são sigilosos, e somente o investidor tem acesso aos dados após comprar seu equipamento. Ainda, todos os softwares da empresa são transparentes, com o uso de códigos abertos.

Não é preciso cadastrar nomes de usuário ou senhas para usar o Trezor, somente para logar nas carteiras de outras exchanges e realizar a sincronização.

A Trezor utiliza diversas referências de privacidade, assim como outras empresas consolidadas no mercado. Ao usar os mesmos protocolos, garante estar alinhada com esse quesito para seus usuários.

Interface de usuário Trezor 

A interface de usuário do Trezor foi desenvolvida para ser acessível e intuitiva, de modo que os investidores conseguissem utilizá-la sem problemas.

Um dos pontos de maior destaque é a paleta de cores brilhantes, ao contrário de outras plataformas do ramo, que assumem cores mais escuras. Isso cria uma impressão favorável para o aplicativo e ajuda o usuário a encontrar tudo que precisa.

Esse quesito oferece mais segurança para o investidor que está mexendo na carteira, tendo mais clareza para encontrar as informações essenciais nas suas operações.

Dessa forma, a interface do usuário da Trezor wallet também é referência no desenvolvimento dos seus equipamentos.

De modo geral, os recursos do aplicativo são simples de usar e os recursos que precisam de destaque estão localizados em lugares visíveis, facilitando as operações que o usuário deseja realizar. Além disso, também evita erros no momento de enviar ou receber arquivos.

Com aparência organizada, a interface da Trezor wallet é um dos pontos que possibilitam uma experiência mais segura, contínua e autônoma, mesmo para investidores que estão começando.

Conheça a Trezor 

A Trezor é uma empresa referência no segmento de carteiras de criptomoedas, não apenas por lançar os primeiros modelos, mas por seus aprimoramentos.

No passado, apresentou alguns problemas de segurança de hardware, com vulnerabilidades que comprometeram seu mecanismo de proteção.

Em 2017, hackers acessaram a frase de backup de 24 palavras e o PIN do banco de dados da empresa, colocando suas informações em risco. Entretanto, a empresa se esforçou para recuperar o acesso e os ativos digitais não foram perdidos.

Posteriormente, as vulnerabilidades foram corrigidas com atualizações recorrentes e o lançamento da nova Trezor wallet. Ainda, contratou novas equipes de monitoramento para assegurar a proteção do sistema. Com isso, não registrou novos ataques desde o acontecimento e permaneceu com uma reputação positiva.

Além disso, afirmaram que existem atualizações que gostariam de desenvolver no futuro, como implementar um suporte Lightning Network e Liquid. Mas, também trabalham para lançar cartões SD como wallets para proteger senhas e arquivos criptografados. 

Outras inovações de segurança estão sendo avaliadas, o que coloca a Trezor como pioneira nesse mercado, mesmo após lançamentos concorrentes.

Lançamentos da Trezor

A ideia que promoveu o desenvolvimento da Trezor wallet teve origem em 2011, após uma conferência de Bitcoin em Praga. 

Pavol “Stick” Rusnák e Marek “Slush” Palatinus, criadores do dispositivo, reuniram-se na República Tcheca e conversaram sobre um novo projeto de criptomoeda. Dois anos depois, em 2013, lançaram seu crowdfunding para custear a fundação da sua organização, que trazia uma ideia revolucionária.

O dispositivo de primeira geração garantia proteger as criptomoedas longe da internet, de modo que ficassem mais seguras em um equipamento acessível para carregar. Em 2015, a empresa já estava promovendo seu lançamento em mais de 100 países.

Alguns meses depois, os criadores mudaram o back-end Bitcore para código aberto, o que permitia que qualquer usuário acessasse e conferisse como ela funcionava.

Com isso, a empresa também observou que suas consultas de atendimento diminuíram consideravelmente, ao passo que o dispositivo se tornou mais confiável aos olhos dos compradores.

Anos depois, a Trezor wallet também adotou o SegWit, uma atualização de hardware escalável que traz diversos benefícios para equipamentos eletrônicos. Ela foi a primeira carteira física a realizar esse movimento.

Trezor wallet é segura?

Avaliando os componentes que a Trezor wallet apresenta, é possível definir que a carteira é segura e pode ser uma alternativa interessante para quem busca uma opção física para armazenamento de criptomoedas e tokens.

A empresa foi a primeira a lançar esse tipo de dispositivo no mercado, inaugurando uma categoria totalmente nova para o cenário financeiro digital.

No entanto, não se acomodou apenas com um modelo simples e continuou oferecendo atualizações e interfaces que fossem melhores para os investidores.

Esses aprimoramentos são diferenciais importantes para a carteira Trezor, mostrando que ela não apenas é segura, como se atualiza para evitar erros que vêm com a tecnologia.

Ainda, vale a pena mencionar que seu código é transparente para os usuários, o que traz mais confiança nas suas escolhas e análises.

Ambos os modelos contam com os mesmos protocolos e cuidados para que os arquivos armazenados fisicamente permaneçam protegidos, e a conexão dos aparelhos é reforçada.

Por esse motivo, podemos afirmar que a Trezor wallet é segura, e vale a pena conhecer mais sobre o produto antes de tomar uma decisão sobre o melhor equipamento para você. Seja um perfil iniciante ou experiente, a empresa pode ter um modelo interessante para as suas demandas, além da reputação e credibilidade.

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Perguntas frequentes