Você conhece a tarifa branca? Saiba se vale a pena aderir a modalidade de consumo, que pode reduzir conta de energia em até 20%

Diferente da taxa convencional, a tarifa branca calcula o valor de consumo a partir do horário de uso da energia. Veja se vale a pena aderir.

Escrito por Cindy Damasceno

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Além das maneiras já conhecidas de economizar energia, desde 2020 os consumidores brasileiros podem aderir a uma outra modalidade de consumo: a tarifa branca. Diferentemente da taxa convencional, que é fixa, a tarifa branca trabalha com três valores que dependem do horário de uso da rede elétrica, podendo representar uma economia de até 20% na conta. Mas o modelo vale a pena para todos os perfis de consumo? 

Antes de iniciar a discussão, é preciso entender melhor sobre como a cobrança de energia elétrica ocorre no Brasil. A conta de luz é uma soma da quantidade de eletricidade consumida, em KWh, multiplicado pelo valor da taxa de energia da sua região, mais impostos. Essa tarifa, convencionalmente, é fixa. Isso significa que não importa em qual período do dia o consumo da residência se concentra, a cobrança da taxa permanece é a mesma. 

Mas, no sistema de tarifa branca, a lógica é um pouco diferente. “Os dias variam entre úteis e não úteis e os horários dependem dos períodos estabelecidos como Ponta e Fora ponta, os quais são definidos por cada distribuidora de energia”, explica a gerente de regulação e tarifas da Thymos Energia, Ana Carolina Ferreira da Silva.

Em meio às projeções de encarecimento da conta de energia em 2022, toda economia no orçamento é bem-vinda. No entanto, é preciso entender melhor o consumo da residência antes de tomar qualquer iniciativa junto à sua distribuidora. 

O iDinheiro conversou com especialistas para te ajudar nessa escolha. Confira!

Quem tem direito à tarifa branca? 

De acordo com a legislação tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a tarifa branca está disponível para consumo residencial, comercial e rural, desde que os consumidores não recebam benefício tarifário e que se enquadrem no perfil de baixa tensão. É o caso, por exemplo, das residências em áreas consideradas de baixa renda (veja se você se enquadra neste perfil de consumo clicando aqui). 

A cobrança na tarifa branca funciona assim: o dia é dividido em três horários de consumo. Quanto maior a necessidade de energia na sua região naquele período, mais caro será o valor cobrado pelo consumo de energia. Em contrapartida, quanto menor o uso da rede elétrica, mais barato será usufruir da eletricidade. 

Entenda melhor a divisão a seguir: 

  • Horário de ponta (alto consumo de energia): período diário de 3h consecutivas
  • Horário intermediário (médio consumo): Pode variar de 1h a 1h30 antes e depois do horário de ponta
  • Horário fora de ponta (baixo consumo): período com uso baixo da rede elétrica.

Os intervalos de uso dependem da região do Brasil mas, em geral, o horário de alto consumo ocorre entre às 17h30 e 20h30, enquanto os horários intermediários se concentram entre as 16h30 e 17h30, ou das 20h30 até às 21h30. (Quer saber os horários por região? Clique aqui)

Tarifa convencional X Tarifa Branca

Agora que você já conhece a tarifa branca, que tal saber como ela pode afetar o seu orçamento na prática? O iDinheiro elaborou uma calculadora de preços para te mostrar se vale a pena adotar a modalidade. Confira a seguir!

Quando vale a pena contratar?

Na análise de Ana Carolina, da Thymos Energia, antes de entrar em contato com a distribuidora, o cliente precisa ter um entendimento sobre o seu perfil de consumo. “É vantajosa para consumidores que consigam modelar seu perfil de consumo para os horários fora da ponta. Caso contrário, pode ocorrer aumentos significativos da conta de energia”, reforça a especialista. 

Uma das maiores beneficiadas pela tarifa branca é a classe comercial, detalha Carolina, devido ao horário de funcionamento do comércio. 

O professor do departamento de engenharia elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Dalton de Araújo Honório, recomenda que o cliente interessado converse diretamente com a distribuidora para saber se está elegível à tarifa. 

Segundo Dalton, é importante frisar que a distribuidora não apresentará o perfil diário, mas somente o perfil mensal. Por isso, o entendimento do perfil de consumo fica a cargo da observação do cliente. 

“Cada distribuidora tem um processo. Pode ser que exista diferenças entre procedimentos administrativos entre diferentes regiões do país”, frisa Honório. Segundo a Aneel, após o pedido de mudança para tarifa branca, a distribuidora tem até 30 dias para fazer a migração do cliente. O retorno à tarifa convencional também é possível — mas o consumidor só poderá retornar à tarifa branca após seis meses.

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