Como adaptar a sua rotina para reduzir gastos com compras online

A pandemia acelerou as compras virtuais e a fatura no fim do mês vem recheada? Saiba como reduzir gastos com compras online.

Escrito por Cindy Damasceno

Por que confiar no iDinheiro?

Responsabilidade editorial: Nosso editores são especialistas nas áreas e isentos nas avaliações e informações. Nosso objetivo é democratizar e simplificar o acesso a produtos e serviços financeiros sem viés. Conheça nosso código editorial.

Como ganhamos dinheiro?

Podemos ser comissionados pela divulgação e cliques nos parceiros. Isso também pode influenciar como alguns produtos aparecem na página, sempre com a devida identificação. Entenda como o site ganha dinheiro.

Política de Cookies: Nosso site utiliza cookies para estatísticas gerais do site e rastreamento de comissões de forma anônima. Nenhum dado pessoal é coletado sem seu consentimento. Conheça nossa política de privacidade.


Seja pelo conforto, rapidez ou facilidade, muitos brasileiros se renderam às compras virtuais. Contudo, o poder de compra na ponta dos dedos pode custar caro no fim do mês. Mudanças de rotina podem ajudar a contornar a impulsividade e reduzir os gastos com compras online

O isolamento social pode estar por trás da urgência de gastos virtuais. Nas estimativas de relatório da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o varejo digital aumentou de 16% para 19% durante a pandemia, arrecadando uma soma de US$ 26 trilhões. 

O Brasil seguiu o ritmo internacional. De acordo com o relatório mais recente do Mastercard SpendingPulse™, indicador que acompanha as vendas no varejo online, o e-commerce nacional subiu 69% no mês de abril em comparação ao ano de 2020. Eletrodomésticos foram os bens que mais saíram das estantes virtuais, com um aumento de 122% em relação ao mesmo período do ano passado. 

O iDinheiro conversou com especialistas no assunto para te ajudar a controlar as finanças e traz dicas de como frear as contas que chegam à distância de um clique. Confira!

O que pode estar por trás das compras compulsivas online

Com a migração para o trabalho remoto durante a pandemia e o dia a dia mais mediado por telas, os consumidores estão mais expostos aos anúncios virtuais. Somando isso ao isolamento social e à redução na locomoção, o resultado pode pesar no bolso. 

“Muitas pessoas veem uma forma de amenizar algumas questões que são pessoais, e a gente entende que esse impulso de compra pode ser por tristeza, depressão, ou euforia durante a compra”, explica o psicólogo e professor de Psicologia Comportamental da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marcelo dos Santos. 

É um cenário que também contribui para uma menor reflexão na hora da compra, avalia Santos. A forma como esse produto é moldado no virtual acaba sendo um incentivo para os consumidores mais impulsivos, já que os anúncios oferecem exatamente o que eles querem. “Hoje nós temos ferramentas tecnológicas para oferecer para ele a melhor opção. Temos anúncios direcionados a partir de uma procura específica.”, conta. 

Marcelo lembra que, apesar do bombardeio comercial, o consumidor também tem influência sobre a compra compulsiva: “Todo e qualquer anúncio sempre vai apelar para o consumidor. A impulsividade não vem do anúncio, vem da pessoa”. 

Confira outros pontos para se atentar:

  • Preste atenção nas necessidades reais, e não somente nas criadas pelas empresas;
  • Analise o quanto aquilo está preenchendo algum vazio que poderia ser preenchido por outras coisas;
  • Não compre em momentos de tristeza ou frustração;
  • O correto é procurar ajuda médica e psiquiátrica caso seja perceptível um perfil compulsivo.

Redução de gastos: de olho nas finanças

Coordenador do curso de MBA em gestão de negócios da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Roberto Falcão, traz a discussão para o lado das finanças. É preciso, na análise do especialista, ter uma noção financeira mesmo durante a impulsividade. “O ideal é que o consumidor, antes de ter o impulso da compra, tenha uma noção do preço médio do que ele quer comprar”, coloca.

“O bom negócio é sempre o de quem planejou”, avalia o coordenador do MBA de Gestão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira. Os mais vulneráveis ao compulsório, analisa Teixeira, são os mais jovens. “[Eles] navegam mais sem preocupação com privacidade. Portanto são facilmente mais expostos a ofertas de produtos e serviços pelos quais demonstraram interesse”, explica.

Os especialistas trazem outras recomendações para reduzir o impacto no fim do mês. Confira!

Dicas para reduzir as compras online

1. Vai parcelar? Olhe para os juros

Muitas empresas trazem cobranças altas na divisão de parcelas. 

2. Desconfie de ofertas “feitas para você”

Alguns anúncios são moldados para mostrar uma utilidade que não existe. Desconfie quando a venda insistir na tecla de que é um “bom negócio”.

3. Conheça os ‘gatilhos mentais’. 

Para aumentar a chance de converter o usuário para compra, anunciantes usam de discursos imediatistas como “somente até hoje”, ou ainda “primeiro mês grátis”. 

4. Configure seus aparelhos 

Como boa parte dos anúncios depende do seu histórico de pesquisa, procure como desativar os cookies nos seus aparelhos de compra para evitar a chegada de promoções tentadoras e reduzir compras online.

Quer continuar acompanhando as notícias que importam para o seu dinheiro? Então, não deixe de assinar a newsletter do iDinheiro e ativar as notificações push. Se inscreva, também, no nosso canal do Telegram para receber todas as novidades.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Participe das comunidades do iDinheiro no Whatsapp