Inflação medida pelo IPCA tem alta em novembro, influenciada pelos combustíveis e itens de vestuário

IPCA de novembro foi influenciado pelos combustíveis e pela alta de itens de vestuário. No ano, o índice chegou a 5,13%

Escrito por Rafaela Souza

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inflação brasileira, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve alta de 0,41% em novembro. O índice, que é considerado a inflação oficial do país, voltou a registrar mais uma alta seguida após três deflações (inflação negativa) consecutivas:

  • Julho: deflação de 0,68%.
  • Agosto: deflação de 0,36%.
  • Setembro: deflação de 0,29%.
  • Outubro: inflação de 0,59%.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira, 09, a inflação acumulada no ano chegou a 5,13%. Já nos últimos doze meses, o IPCA chega a 5,90%.

Diante deste cenário, o iDinheiro traz um balanço geral do índice, o que influenciou na taxa de novembro e ouviu especialistas para entender quais são as perspectivas para 2023.

O que influenciou o IPCA de novembro

IPCA é definido pelo IBGE a partir de uma pesquisa de preços que observa a quantidade de produtos e serviços que registraram alta de preços em determinado mês.

O índice leva em consideração itens dos seguintes grupos: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.

Em novembro, sete dos nove grupos de produtos e serviços analisados apresentaram alta de preços. Veja como ficou a inflação para cada um dos grupos pesquisados pelo Instituto:

  • Alimentação e bebidas: 0,53%
  • Artigos de residência: -0,68%
  • Comunicação: -0,14%
  • Despesas pessoais: 0,21%
  • Educação: 0,02%
  • Habitação: 0,51%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,02%
  • Transportes: 0,83%
  • Vestuário: 1,10%

IPCA – Histórico da inflação oficial mês a mês

Vestuário e Transportes são os destaques do IPCA de novembro

Assim como tem acontecido nos últimos meses, uma das maiores influências do IPCA de novembro veio do grupo de Transportes, que teve alta de 0,83%. Segundo o IBGE, o aumento veio principalmente dos combustíveis: os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro.

Outro destaque para a alta veio do grupo de Vestuário, com a maior variação do índice de novembro. O IBGE também divulgou os principais itens que tiveram alta de preço no período analisado:

  • roupas femininas (1,46%);
  • roupas infantis (1,34%);
  • calçados e acessórios (1,03%).

Vale destacar essa do grupo de Vestuários especialmente no mês de novembro, com o cenário de Black Friday e também com a chegada do Natal.

Especialistas comentam o índice e as expectativas para 2023

Raphael Vieira, head de Renda Fixa da Arton Advisors, aponta como a inflação de novembro, que voltou a subir assim como no mês anterior, reflete algumas expectativas já previstas, principalmente pela categoria de transportes, alimentos e vestuário:

“Após três meses de deflação, vemos os números voltando a subir já como o esperado, uma vez que os esforços do governo para conter preços administrados caíram e, sazonalmente, a inflação de fim de ano passa a ser pressionada”, comenta.

Em relação às perspectivas para 2023, o especialista explica que a política fiscal do novo governo eleito é deve influenciar a inflação do próximo ano:

A dinâmica inflacionária para 2023 deve seguir de perto a política fiscal do novo governo. Caso ocorram gastos de forma ineficientes, a pressão inflacionária virá e fará com que seja o tema mais acompanhado pelo Banco Central ao longo do ano. Ao mesmo tempo, devemos ter a reversão das políticas de corte de impostos nos combustíveis, elevando o preço da gasolina, que possui um peso bem grande na composição do IPCA“, conclui.

O próximo IPCA, referente ao mês de dezembro, deve ser divulgado pelo IBGE no dia 10 de janeiro.

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