Energia, gasolina e saúde devem subir acima da inflação em 2021

A inflação em 2021 deverá pesar o bolso dos brasileiros de forma mais intensa que em 2020 em diversos setores. Os alimentos devem cair.

Escrito por Rodrigo Salgado

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A inflação em 2021 deverá pesar o bolso dos brasileiros de forma mais intensa que em 2020 em diversos setores.

Isso porque, se neste ano o índice controlado pelo governo deve ficar em um dos patamares mais baixos da história, as projeções mostram uma espécie de compensação para o ano que vem. O aumento ocorrerá, principalmente, na energia, na gasolina e na saúde.

Em 2020, os reajustes de planos de saúde e energia foram adiados por decisão do governo por causa da pandemia. Os combustíveis, por sua vez, tiveram baixa como consequência da desaceleração econômica do ano. Essas baixas, no entanto, devem ser compensadas em 2021.

Neste ano, a projeção do Banco Central para a inflação dos chamados preços administrados (quando são controlados pela administração pública) é de 0,8%. No ano passado, antes da pandemia, a estimativa era de 3,9%.

Para 2021, no entanto, a projeção é de 5,1% – valor ainda abaixo dos 5,5% de 2019. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no total do período ficaria em 3,1%, ainda de acordo com o Banco Central.

Os reajustes devem começar a ser feitos logo em janeiro de 2021. No caso dos planos de saúde, ocorrerão de forma diluída entre os doze meses do ano.

As contas de luz, por outro lado, deverão ter a alta distribuída em um período de 54 meses. Nessa segunda-feira, 30, a Aneel determinou o retorno das bandeiras tarifárias, indo da verde para a vermelha; ou seja, ficando mais cara. Isso significa que o reajuste já estará em dezembro.

Inflação em 2021 e os alimentos

Os alimentos foram os verdadeiros vilões para a inflação de 2020. Na visão do presidente do Banco Central, Roberto Campos, no entanto, o esperado é que o cenário mude em 2021.

Na quinta-feira da semana passada, 26/11, Campos disse em entrevista ao SBT que a inflação dos alimentos chegou a um pico que voltará a cair. Voltou a afirmar, também, de que se trata de uma alta temporária.

“Temos uma tendência mundial de alguns alimentos onde o preço foi transferido. O preço internacional está caindo, então, a gente entende que sim, alguns alimentos vão ficar mais baratos”, afirmou.

Só em novembro deste ano o IPCA-15 apontou alta de 0,81% nos alimentos. Em 2020, a projeção do órgão prevê alta até o final dezembro, por causa das festas de final de ano.

A alta deve seguir também nos três primeiros meses de 2021, ainda que de forma desacelerada. Uma queda dos preços, ainda de acordo com o órgão, só deve acontecer a partir de abril.

“O pico da inflação dos alimentos provavelmente aconteceu em outubro, mas a tendência é que a gente tenha os meses de novembro e dezembro ainda com variações altas”, disse a economista do Ipea, Maria Andreia Lameiras, em entrevista ao Valor Econômico.

Se concretizada, a desaceleração dos alimentos deverá equilibrar a inflação em 2021, ainda que outros setores sofram alta. Para 2020, a projeção do IPCA é de inflação de 3,54% para o ano.

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