Proof of stake: conheça o mecanismo de segurança!

Proof of Stake é o novo mecanismo de segurança da Ethereum 2.0. Veja se vale a pena participar dessa atividade para receber recompensas!

Escrito por Talita Nifa

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Proof of Stake (PoS), ou “Prova de Participação”, em tradução para o português, é uma forma de validação de transações de criptomoedas que exige aos usuários ter uma moeda na sua carteira virtual para participar. Para investidores e usuários que acompanham o mercado de mineração de criptomoedas, vale a pena conhecer o PoS, o novo método em operação.

Embora a rede blockchain do Bitcoin tenha popularizado um formato padrão de recompensas e verificação de transações, novas tecnologias possibilitaram o desenvolvimento de provas mais acessíveis e simples para os usuários. Essas medidas já estão em utilização, e é importante que os usuários saibam como ela se comporta, para começar a colocá-la em prática se desejarem continuar atuando nesse segmento.

Pensando nisso, separamos as principais informações que você precisa para conhecer o Proof of Stake, e entender qual o seu impacto no mercado de criptomoedas. Continue acompanhando e entenda as maiores diferenças para outros métodos de mineração, além de conferir os pontos positivos e negativos desta alternativa.

O que é Proof of Stake?

Proof of Stake, ou “Prova de Participação”, em tradução para o português, é uma forma de validação de transações de criptomoedas que exige aos usuários ter uma moeda na sua carteira virtual para participar.

Embora as negociações com moedas digitais não exijam intermediários, como os órgãos governamentais, é necessário que um conjunto de usuários valide e reconhece a operação, incluindo aquele bloco de informações na rede.

Essa atividade chama-se validação, e só pode ser feita por pessoas certificadas, que estejam habilitadas a atestar a veracidade das movimentações.

Inicialmente, o formato que o Bitcoin popularizou foi o Proof of Work, no qual as pessoas competem para decodificar os blocos de informações antes e, assim, ganhar sua recompensa.

Com o Proof of Stake, esse procedimento foi substituído pela validação, em vez de mineração, oferecendo unidades de criptomoedas apenas pela verificação dos dados.

No entanto, apenas pessoas com que tenham moedas em sua carteira virtual podem ser escolhidas para validar os blocos de dados e, eventualmente, receber a recompensa.

Assim, essa é uma maneira de incentivar os usuários a comprarem e negociarem as moedas que usam esse tipo de validação dentro de seu sistema de blockchain

O que é “gasto duplo”?

O Proof of Stake também surgiu como uma alternativa para diminuir as taxas de “gasto duplo”, uma atividade em que o usuário utiliza a mesma unidade de moeda mais de uma vez.

Isso acontece por uma possível falha de sistema ou validação, pois cada moeda possui um registro único e, uma vez transferida, não pode ser usada novamente até que o usuário a compre ou receba de volta em uma nova operação. No entanto, se uma movimentação não é registrada, essa possibilidade de gasto duplo pode acontecer.

Por exemplo, o detentor A envia uma unidade de criptomoeda para o usuário B, mas sem notificar nenhum usuário do sistema, de modo que a operação não pode ser confirmada. Posteriormente, utiliza a mesma moeda para enviar para o usuário C, dessa vez notificando a rede. Com isso, duas operações foram feitas com a mesma unidade, gerando um gasto duplo.

Utilizando o Proof of Stake, mais validadores irão acompanhar os blocos de informações para confirmar que se trata da única movimentação registrada, e, assim, garantir mais segurança para a rede.

Como funciona o Proof of Stake?

O Proof of Stake funciona a partir de movimentações que geram 32 blocos, em vez de 16, como acontecia anteriormente.

Cada uma dessas rodadas de transações só finalizam quando os pacotes de blocos são avaliados de forma irreversível, confirmando que a sequência é verídica e pode ser anexada à blockchain.

Os processos de validação reúnem um grupo aleatório para formar um “comitê” com 128 membros, e cada um fica com um bloco de fragmentos de dados específicos para checar.

Esses comitês possuem um tempo específico para determinar se o bloco está adequado e conta com as devidas informações dentro dele, finalizando a transação.

No entanto, o diferencial é que a tarefa de avaliar os dados fica a cargo de uma pessoa aleatória do grupo, que recebe o direito exclusivo de realizar a tarefa e, com isso, recebe a recompensa. Os demais 127 membros acompanham a proposta e atestam se a transação está certa.

Apenas quando a maioria do comitê votou favorável ao bloco é que ele é finalizado e adicionado à rede, confirmando a operação, que pode ser uma compra ou uma venda, por exemplo.

Na prática, o funcionamento do Proof of Stake ocorre com escolhas aleatórias, mas avaliando pacotes maiores de informações por vez.

Para ter mais chances de seleção, o usuário deve acumular mais unidades de moeda na sua carteira, seguindo as regras determinadas por cada plataforma.

Vale reforçar que características como “tempo de atuação” e “idade da criptomoeda” são levados em conta. Ou seja, os validadores mais antigos contam com mais chances de serem chamados.

Proof of Work X Proof of Stake

O sistema que inicialmente operava nas blockchains era o Proof of Work, que está sendo substituído pelo Proof of Stake. Ambos os protocolos apresentam semelhanças e diferenças significativas, especialmente para os usuários que estão trabalhando diretamente na plataforma.

Nesse caso, vale a pena entender quais os pontos que se destacam em cada modalidade, para avaliar os dois formatos e como eles influenciam as operações no dia a dia.

SemelhançasDiferenças
duas engrenagens cinzas ambos recompensam os usuários por validar os blocos de informações;duas engrenagens cinzas PoS possui valor interno, com criptomoedas, enquanto PoW possui valor externo, dependendo de eletricidade;
duas engrenagens cinzas apenas uma pessoa recebe a criptomoeda.duas engrenagens cinzas um utiliza apenas um usuário para validação, enquanto outro conta com um comitê.

PoW

O sistema de Proof of Work é o mais popular atualmente, pois é o que rege a validação do Bitcoin.  Traduzido como “Prova de trabalho”, ele consiste no trabalho em conjunto para a mineração dos criptomoedas, mas apenas um usuário recebe a recompensa final.

Sua operação se baseia no uso dos computadores e eletricidade, com sistemas complexos que precisam estar ligados 24 horas, para decifrar os algoritmos matemáticos que protegem os blocos de informações.

Para isso, é necessário ter equipamentos potentes, e os usuários tentam vencer seus concorrentes para decifrar as operações mais rápido.

Nesse caso, o bloco de dados é menor e não se trabalha em equipe, apesar das transações precisarem de um esforço coletivo para ser decodificadas.

Ainda, é possível determinar que o PoW possui valor externo, pois o usuário que recebe a recompensa pelo seu trabalho é aquele cuja máquina é mais potente.

PoS

Enquanto isso, o Proof of Stake funciona com valor interno, pois os usuários recompensados são aqueles que possuem a criptomoeda em questão. Ou seja, contribuíram para a movimentação da rede.

Além disso, é um comitê que se torna responsável pela validação das operações, e não apenas um usuário com softwares de verificação algorítmica.

Mesmo que apenas uma pessoa receba a recompensa, elas trabalham em equipe, sendo que todas devem concordar com a proposta antes de ela ser devidamente inserida na rede.

Ainda, não é um sistema que depende de máquinas potentes ou eletricidade, podendo ser feito em computadores convencionais, por exemplo.

Isso faz com que a medida seja mais ecológica e escalável, pois é um sistema que se mantém sozinho e não estimula a competição, mas sim a participação.

Segurança e críticas

O método do Proof of Stake é alvo de avaliações quanto à sua segurança e riscos que oferece para o usuário. Confira:

SegurançaCríticas
padlock-gceae281b0_1280 maior confiança entre os validadores;desvantagens necessidade de um pré-investimento;
padlock-gceae281b0_1280 menores chances de gasto duplo.desvantagens possibilidade de as taxas e investimento do usuário ficarem bloqueados e perdidos na rede.

Em termos de proteção, é um formato que se destaca em relação ao PoW, pois existe uma rede de maior confiança entre os validadores, uma vez que eles cedem as criptomoedas em suas carteiras para serem escolhidas para a validação. Isso elimina as chances de ações maliciosas, além de incentivar a movimentação orgânica da rede.

Ainda, o comitê de validadores diminui as chances de gasto duplo ou outras atuações menos confiáveis relacionadas às criptomoedas.

Por outro lado, também existem críticas relacionadas ao formato, especialmente quanto à necessidade de um pré-investimento para participar do comitê de avaliação.

Se a mineração não for feita corretamente, as taxas e investimento do usuário ficam bloqueados e perdidos na rede.

Na prática, os pontos que ganham maior destaque são:

  • ataque de 51%: sem mineradores, o Proof of Stake pode eliminar em 51% o risco de um ataque em massa, pois os equipamentos não possuem eletricidade ou força suficiente para atingir a rede;
  • centralização: por outro lado, como todos os usuários precisam ter criptomoedas em suas carteiras, pode gerar uma centralização de riqueza, com mais riscos de perdas coletivas se a validação não for feita do jeito certo.

Nesse caso, é importante se atentar para essas questões antes de aderir ao Proof of Stake.

Vantagens e desvantagens do Proof of Stake

Em relação ao Proof of Stake, existem alguns pontos positivos e negativos que também precisam ser avaliados. Veja:

VantagensDesvantagens
vantagem não exige equipamentos potentes;desvantagens congela as criptomoedas da carteira;
vantagem esforço coletivo.desvantagens mais blocos de dados para validar.

Inicialmente, a acessibilidade e praticidade desse sistema chama a atenção dos usuários, uma vez que não exige máquinas altamente desenvolvidas como o Proof of Work do Bitcoin. Assim, mais usuários podem participar, precisando apenas ter fragmentos de criptomoeda em sua carteira.

Além disso, a existência de um comitê de avaliação faz com que as operações sejam mais seguras e comprovadas, com menos riscos de fraudes no sistema ou duplicidade de gastos.

Com esse sistema mais simples, existe a chance de escalonar as transações, aumentando a rede exponencialmente, mas sem comprometer as recompensas e juros de criptomoedas destinadas para os usuários.

Por outro lado, o Proof of Stake também conta com alguns pontos menos positivos, como o bloqueio das criptomoedas da carteira durante a validação.

Todos os usuários escolhidos para esse processo tem suas unidades congeladas até que finalize o procedimento. Entretanto, se ele não seguir corretamente, as taxas de juros que seriam ganhas e as unidades compradas são perdidas.

Isso traz um risco maior para o usuário e para o comitê que está trabalhando nos blocos. Além disso, são mais dados para verificar, em comparação ao PoW. Dessa forma, o trabalho pode ter uma pressão maior para ser devidamente finalizado.

É importante comparar as vantagens e desvantagens desse método, especialmente com seu crescimento no mercado e a adesão cada vez maior de programadores.

Ethereum 

A rede Ethereum e sua criptomoeda Ether (ETH) foram pioneiros ao aderir ao Proof of Stake, resultado de uma transformação massiva que a rede vem desenvolvendo. Atualmente, ganhou o apelido de Ethereum 2.0, pelas mudanças no seu mecanismo.

A blockchain é a primeira grande rede de capitalização de mercado a propor uma mudança para o protocolo de mineração, agora sendo validação. Isso foi possível graças ao sistema Casper, um contrato inteligente que gerencia e monitora o Proof of Stake dentro da blockchain Ethereum.

Inicialmente, o requisito de participação era 1000 unidades de ETH, mas o valor foi reajustado para atrair mais usuários e ter mais comitês avaliando as combinações de blocos.

Além disso, os novos consensos também implementaram mudanças como duas rodadas de votação para cada validação, para identificar possíveis agentes maliciosos. O protocolo Casper impactou nessa atuação da Ethereum, tornando a iniciativa mais segura para os usuários.

Entretanto, os utilizadores da Ethereum 1.0 precisam seguir algumas mudanças para poderem operar no novo software, que trabalha com uma nova variante de linguagem e versão de programação. Nesse caso, ter esses conhecimentos é fundamental para conseguir se tornar um validador e ter o Proof of Stake.

Como requisito mínimo, é preciso usar um computador com espaço de memória suficiente para baixar as duas blockchains Ethereum, a 1.0 e 2.0. 

Contudo, essas medidas tornam a plataforma ainda mais segura e se diferenciam de outras redes de criptomoedas com um sistema e regras novas de mineração.

The Merge: por que a Ethereum mudou para PoS?

Uma das principais razões para a Ethereum mudar a prova de validação é para reduzir significativamente os requisitos de energia para as minerações de novas unidades.

Como The Merge, o objetivo desse projeto é diminuir o gasto de eletricidade que era necessário para manter os equipamentos de alta potência funcionando.

Além disso, o Proof of Stake possui requisitos mínimos mais aceitáveis e baratos para montar, de modo que o usuário médio também possa participar das minerações, por exemplo.

Ao contrário da mineração de Bitcoin, o PoS pode ser feito em computadores ou laptops comuns, eliminando os equipamentos que não apenas gastam muita energia, mas são caros para investir. Com isso, uma consequência esperada é atrair mais operadores e ajudar a impulsionar a nova rede, já que é preciso ter unidades de moeda para participar.

O PoS do Ethereum também pretende lançar as bases para outras técnicas de compartilhamento de dados mais seguros em cadeiras paralelas.

Isso só se torna possível graças à implementação de uma nova forma de validar as operações, aumentando o número de blocos avaliados por minuto e também as garantias das transações.

Por esse motivo, o Proof of Stake se tornou a primeira opção da Ethereum 2.0, e pode ser a forma de validação principal a ser implementada no futuro, com outras redes secundárias que surgirem dessa nova programação.

Vale a pena participar do Proof of Stake?

Investidores de criptomoedas e usuários que buscam alternativas mais baratas para conseguir ativos digitais podem se interessar pelo Proof of Stake.

Participar das minerações de moedas digitais é uma opção interessante para quem não possui capital para adquirir fragmentos, já que o modelo principal era caro e pouco acessível.

Sem um equipamento moderno e de alta potência, não seria possível dominar os concorrentes e conseguir finalizar os primeiros algoritmos.

Com o PoS, não apenas se tornou possível participar dessa atividade com mais facilidade, como o ambiente também ficou mais colaborativo. Computadores e usuários comuns podem fazer parte dessa comunidade, desde que tenham fragmentos em sua carteira, e a escolha da recompensa é aleatória.

Ainda, essa tecnologia reduz os gastos de energia e promete desenvolver novas redes para o futuro, ampliando as possibilidades do usuário comum.

No entanto, ainda existem alguns riscos e desvantagens que devem ser levados em consideração, especialmente o bloqueio das unidades e possibilidade de perda se a validação não for feita corretamente.

Assim, vale a pena conhecer mais sobre o Proof of Stake, mas estar atento para essa atividade e ingressar apenas com conhecimento prévio. Isso reduz as chances de prejuízos e traz mais segurança para usuários que desejam participar da rede contribuindo para as validações e podendo receber criptomoedas como recompensa.

Quer conhecer mais sobre os mecanismos em uso nas negociações de criptomoedas? Confira o conteúdo relacionado logo abaixo para ficar por dentro das principais novidades!

Perguntas frequentes

  1. Como funciona a proof of stake?

    Usuários que tenham fragmentos da criptomoeda em sua carteira podem se tornar validadores. A cada bloco de dados que for verificado, é possível receber recompensas na forma de juros da operação que foi validada. Esse processo é chamado de Proof of Stake.

  2. Qual a diferença entre proof of stake e proof of work?

    O Proof of Stake funciona por meio de validação coletiva e pode ser feito com equipamentos mais simples. Enquanto isso, o Proof of Work demanda máquinas mais avançadas e os usuários trabalham sozinhos, competindo para decifrar os blocos primeiro.

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