Estudo inédito do iDinheiro traz os principais dados sobre o relacionamento dos investidores brasileiros com as corretoras de valores

Estudo inédito traz um panorama geral sobre o comportamento dos investidores brasileiros no contexto atual.

Escrito por Rafaela Souza

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O cenário dos investimentos no Brasil mudou ao longo dos últimos anos. Segundo o relatório de depósitos de poupança do Banco Central, por exemplo, entre os valores depositados e sacados pelos brasileiros nas poupanças, os resgates foram maiores nos últimos dez meses, com exceção apenas do mês de dezembro de 2022. 

No entanto, apesar desse grande volume de pessoas retirando o dinheiro da poupança, os dados do Raio-X do Investidor 2023, feito pela Anbima, apontam que a caderneta de poupança ainda é o principal tipo de investimento utilizado pelos brasileiros atualmente, com 26% da preferência entre os entrevistados.

Nesse sentido, este relatório busca responder algumas perguntas e questionamentos sobre o comportamento dos investidores brasileiros no contexto atual. Ou seja, estamos diante de uma possível “mudança”? Os brasileiros estão buscando novas formas de investimentos? Estão mudando seu perfil conservador de investimentos ou apenas trocando para outras opções em renda fixa?

Além desses questionamentos, como boa parte desses investidores optavam pela poupança por ser um tipo de aplicação mais simples de compreender e gerenciar, quais instituições eles estão usando para fazer seus investimentos atualmente: corretoras de valores ou bancos?

Através de uma pesquisa quantitativa realizada nos primeiros quatro meses de 2023, o Portal iDinheiro apresenta este relatório, com dados como:

  • os tipos de investimentos mais utilizados;
  • as formas de investimentos preferidas dos brasileiros atualmente;
  • indicativos de possíveis diversificações e outras informações interessantes sobre os investidores brasileiros.

Além da análise dos dados coletados a partir da pesquisa realizada no portal, que conta com mais de 6 milhões de acessos mensais, apresentamos os comentários da especialista em investimentos do iDinheiro, Melissa Nunes (Analista CNPI-T 2854 e CEA), que complementa o estudo  e nos ajuda a entender essa relação entre as mudanças atuais no cenário dos investimentos e os investidores brasileiros.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa quantitativa do Portal iDinheiro coletou respostas de 259 usuários entre os dias 31 de março e 6 de abril de 2023. O questionário ficou disponível nas páginas relacionadas à Investimentos, alcançando mais de 93 mil usuários durante o período de coleta. O nível de confiança da pesquisa é de 85% e a margem de erro é de 5%, para mais ou para menos.

Além dessa coleta de dados principal, o relatório também traz um panorama das preferências e necessidades dos usuários com perfil de investidor a partir dos dados do Recomendador de Corretoras do iDinheiro, uma ferramenta que indica as melhores opções de corretoras para os usuários. No caso desta pesquisa, a coleta de dados foi feita entre dezembro de 2021 e março de 2023, com um total de 1815 respostas.

Perfil dos participantes da pesquisa

Atualmente, o portal iDinheiro conta com mais de 5 milhões de acessos mensais em conteúdos e ferramentas como calculadoras, simuladores e recomendadores. Em 2023, a editoria responsável pelos conteúdos sobre Investimentos já ultrapassou 800 mil acessos de leitores trazendo informações sobre o tema, como dicas, reviews e rankings sobre as melhores corretoras e bancos para investir.

O principal objetivo dese relatório é compreender as características do investidor brasileiro atual em relação ao modo como ele investe atualmente, ou seja, se o seu dinheiro está aplicado em bancos tradicionais ou se temos um novo movimento de pessoas investindo em corretoras de valores.

Nesse sentido, o perfil das pessoas que participaram da pesquisa quantitativa são as pessoas que já possuem algum tipo de investimento ou estão pensando em começar a investir, tanto em bancos quanto em corretoras.

Do total de respondentes, a maioria (43,6%) ainda não investe, seguido por 30,1% que só investem nas opções ofertadas pelos bancos. Já 13,9% das pessoas que participaram da pesquisa conciliam suas aplicações entre bancos e corretoras, e por fim 12,4% das pessoas usam exclusivamente as corretoras como meio utilizado para investimentos atualmente.

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Essa foi a pergunta inicial do estudo e nos traz alguns dados interessantes como, por exemplo, como a maioria das pessoas ainda não investe, mas estão procurando a melhor forma de começar a investir. 

Idade dos participantes:

  • 41,8% – 42 a 57 anos
  • 27,3% – 32 a 41 anos
  • 12,7% – 58 anos ou mais
  • 7,3% – 26 a 31 anos
  • 7,3% – 19 a 25 anos
  • 3,6% – Até 18 anos

Bancos são os preferidos para quem investe 100% em renda fixa

Os bancos aparecem como o meio de investimento preferido dos entrevistados. Nesse caso, é importante destacar que 72% das pessoas que utilizam os bancos investem 100% em renda fixa. O cenário só é diferente para 20% dos entrevistados, que investem 50% em cada (fixa e variável) e para outros 8%, que investem 80% em renda fixa e 20% em renda variável.

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Esses dados sugerem que a maior parte das pessoas que investem somente em renda fixa preferem aplicar o dinheiro em bancos. Além disso, quando questionadas sobre o que pensam sobre as corretoras de valores, quase metade dessas pessoas (45,7%) disseram que elas são uma boa opção apenas para quem já investe há algum tempo.

Já para 37% dos entrevistados, as corretoras só são uma boa opção para quem possui uma grande quantidade de dinheiro para investir. Outros 17,4% apontaram que as corretoras são muito complicadas, o que faz com que elas permaneçam nos bancos.

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Como ressalta a especialista Melissa, os bancos são instituições voltadas para o mercado de créditos de forma geral, por isso, seu maior esforço é em oferecer produtos como cartões, empréstimos e outros, além das contas de uso rotineiro.

No entanto, muitas vezes as pessoas já possuem conta em um banco e aproveitam para começar a investir utilizando esse mesmo meio, pela comodidade, conexão com um profissional do banco que faz a oferta e até mesmo por já conhecer e confiar nessa instituição financeira. Apesar dessas vantagens, Melissa ressalta que as corretoras também possuem benefícios e são interessantes para quem investe.

“As corretoras de valores atuam como distribuidoras de produtos financeiros, captando dinheiro com investidores para oferecer aos tomadores que precisam de crédito. Então, para quem quer investir, sempre recomendo buscar uma corretora. Não só pela natureza da sua atividade, mas porque costumam ter vantagens importantes, como a diversificação de aplicações, baixo custo, modernidade das plataformas e acesso à especialistas”, complementa.

Diversificação dos investimentos é importante para quem investe em corretoras

Para 13,9% das pessoas que participaram da pesquisa, a escolha entre investir em um banco ou em uma corretora de valores ainda não foi necessária, ou seja, eles estão investindo através dos dois. Nesse caso, os investidores aproveitam as vantagens desses dois meios, principalmente para diversificar os investimentos:

  • 50% – 50% em renda fixa e 50% em renda variável
  • 40% – 80% em renda fixa e 20% em renda variável
  • 10% – 100% em renda fixa

Já entre as pessoas que utilizam apenas corretoras, mais da metade (53,8%) investe 50% em renda fixa e 50% em renda variável, o que demonstra que a diversificação é ainda maior do que para as pessoas que investem em bancos.

“A grande vantagem de investir em renda variável nas corretoras é que os custos costumam ser menores. Hoje, temos pelo menos uma dezena de instituições que não cobram corretagem, uma taxa que faz muita diferença para quem tem pouco dinheiro ou quer começar devagar”, ressalta Melissa.

Vale destacar que, de acordo com os dados da pesquisa conduzida no Recomendador do iDinheiro mostra que, apesar de não ser a preferida para os investidores e possíveis investidores, a renda variável aparece em segundo lugar, ou seja, 39,5% das pessoas que participaram da pesquisa pretendem contratar uma corretora para investir em renda variável. 

Esses dados mostram uma relação direta entre as corretoras e um perfil um pouco menos conservador, que busca diversificar os investimentos.

  • 53,8% – 50% em renda fixa e 50% em renda variável
  • 23,1% – 80% em renda fixa e 20% em renda variável
  • 23,1% – 100% em renda fixa

Principais vantagens das corretoras

Tanto quem investe em bancos e corretoras quanto quem investe apenas em corretoras consideram que a melhor opção para investir são as corretoras de valores. Além disso, para  aqueles que concentram os seus investimentos apenas nesse meio,  as corretoras são ótimas para diversificar os investimentos (38,1%) e fáceis de utilizar (19%).

Como aponta a especialista Melissa, as corretoras oferecem algumas vantagens interessantes como uma diversidade de aplicações, por exemplo. Outro ponto de destaque é o baixo custo que é, inclusive, o que mais importa para 48% das pessoas que responderam a segunda pesquisa do nosso relatório, sobre o que é mais importante na hora de escolher uma corretora:

  • 48% – baixo custo;
  • 35,1% – tipos de produtos disponíveis na corretora;
  • 16,2% – bom atendimento.

A especialista Melissa também ressalta que, para quem prefere o investimento via fundos, as corretoras também têm boa diversidade de gestoras nos seus catálogos, possibilitando que o investidor possa avaliar melhor suas opções.

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Vantagens das corretoras

“As corretoras de valores também podem oferecer acesso à analistas de investimentos, relatórios, carteiras recomendadas e plataformas especializadas. Dessa forma, tomar decisões fundamentadas fica mais fácil e ajuda quem pretende estudar mais a fundo o mercado de renda variável”, acrescenta Melissa Nunes.

iDinheiro lança ranking de melhores corretoras de valores

Considerando a importância do baixo custo para as pessoas que investem ou pretendem começar a investir em corretoras, o iDinheiro destaca as cinco melhores corretoras de valores para investir em 2023, sendo que quatro delas não cobram taxa de corretagem.

O ranking foi feito com base em pesquisas quantitativas e qualitativas realizadas internamente, além de dados externos. Dessa forma, o time responsável pelos conteúdos sobre Investimentos procurou entender o que os usuários das corretoras avaliam na hora de escolher uma empresa para investir. No total, 20 corretoras e distribuidoras foram avaliadas, e todas precisavam atender os seguintes critérios:

  • ter cadastro ativo na CVM;
  • ter cadastro ativo no Banco Central do Brasil;
  • ter cadastro ativo na bolsa de valores (B3);
  • apresentar o selo de Qualificação Operacional B3;
  • apresentar o selo Certifica;
  • oferecer atendimento ao investidor de varejo.

A partir desses critérios e de outras informações sobre as 20 corretoras, o time do iDinheiro traz as 5 melhores corretoras para investir atualmente:

  1. Órama
  2. Modalmais
  3. Rico
  4. Clear
  5. CM Capital

A lista completa está disponível na página de melhores corretoras. O ranking conta com 11 opções, além das vantagens e desvantagens de cada corretora, principais características, taxas e demais informações.

Falta de conhecimento é o principal motivo para 65% dos entrevistados que não investem

Para mais da metade dos entrevistados (65%), a falta de conhecimento é o principal fato que atrapalha os investimentos.

Segundo Melissa Nunes, a melhor recomendação para essas pessoas que querem começar a investir com pouco conhecimento é não se expor demais a investimentos muito arriscados. Isso porque a falta de entendimento sobre um produto aumenta muito o risco de dar errado.

“Felizmente, hoje temos muitas opções seguras na renda fixa, até mesmo em bancos maiores, e que rendem mais que a poupança, como o CDB. Conforme a pessoa vai adquirindo conhecimento sobre as classes e os produtos, é possível avançar e construir uma carteira mais diversificada e alinhada aos objetivos financeiros. Além disso, também pode-se tomar mais risco, escolhendo aplicações com maior possibilidade de ganhos, como na renda variável.”

Essas dicas e cuidados também podem ajudar as outras pessoas que ainda não investem por outros motivos. Segundo 13,6% dos respondentes o medo de perder dinheiro é o principal fator que atrapalha os investimentos atualmente. Nesse sentido, além de começar com opções mais seguras, a especialista aconselha ter muito cuidado com recomendações de amigos e até mesmo profissionais que não conhecem a realidade daquela pessoa. 

“No entanto, precisando de ajuda, um especialista é muito bem vindo e pode facilitar o caminho do investidor”, complementa Melissa.

Conheça mais sobre o assunto com nosso artigo dedicado às corretoras de valores.

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