A inflação brasileira, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve queda de 0,29% em setembro. Esse é o terceiro mês consecutivo em que o índice apresenta deflação (inflação negativa). Em agosto, a variação do índice foi de -0,36%.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11), o país não registrava três anos seguidos de deflação desde 1998. No ano, o IPCA acumula alta de 4,09%. Já nos últimos 12 meses, a alta é de 7,17%, ainda bem acima da meta do governo para 2022.
Saiba o que influenciou o índice em setembro
O IPCA é definido pelo IBGE a partir de uma pesquisa de preços que observa a quantidade de produtos e serviços que registraram alta de preços em determinado mês.
O índice leva em consideração itens dos seguintes grupos: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.
Em setembro, dos nove grupos de produtos e serviços analisados, quatro tiveram deflação. Veja como ficou a inflação para cada um dos grupos pesquisados pelo Instituto:
- Alimentação e bebidas: -0,51
- Artigos de residência: -0,13
- Comunicação: -2,08
- Despesas pessoais: 0,95
- Educação: 0,12
- Habitação: 0,60
- Saúde e cuidados pessoais: 0,57
- Transportes: -1,98
- Vestuário: 1,77
IPCA – Histórico da inflação oficial mês a mês
Combustíveis são o destaque mais uma vez
Assim como já havia acontecido em julho e em agosto, o resultado do IPCA de setembro foi influenciado principalmente pela queda no grupo Transportes (-1,98%). Segundo o IBGE, esse número foi influenciado mais uma vez pela queda no preço dos quatro combustíveis pesquisados:
- Gás veicular (-0,23%);
- Óleo diesel (-4,57%);
- Etanol (-12,43%) ;
- Gasolina (-8,33%).
Além disso, o Instituto destaca a alta de 8,22% nas passagens aéreas, após a queda de 12,07% em agosto. Também houve aumento do transporte por aplicativo (6,14%), que havia caído 1,06% em agosto.
Ainda de acordo com o IBGE, o outro grupo que apresentou uma variação negativa, Comunicação (-2,08%), teve influência da redução em itens como acesso à internet (-10,55%) e por telefonia, internet e tv por assinatura (-2,70%). Juntos, os dois subitens contribuíram com -0,09 p.p. no IPCA de setembro.
Outro grupo em destaque foi o de Alimentação e bebidas, que passou de alta de 0,24% em agosto para queda de 0,51% em setembro, puxado pela alimentação no domicílio (-0,86%). Ademais, os preços do leite longa vida caíram 13,71% e o do óleo de soja (-6,27%) contribuíram para a queda no grupo.
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