Copom mantém Selic em 13,75% na última reunião do ano

Próxima reunião do Comitê está marcada para o final de janeiro de 2023.

Escrito por Rafaela Souza

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Nesta quarta-feira, 07, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. Com isso, a taxa permanece no mesmo patamar desde o início de agosto.

Essa foi a última reunião do Copom em 2022. O próximo encontro está marcado para os dias 31 de janeiro de 2023 e 1 de fevereiro. A Selic começou o ano de 2022 em 9,25%, ou seja, durante o ano, houve aumento de 4,5 p.p. na taxa.

Segundo o comunicado divulgado nesta quarta, a decisão de manter a Selic em 13,75% está ligada ao cenário atual econômico e também à alta da inflação.

“O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e de 2024.

Entenda os impactos da Selic

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve como base para a definição de outras taxas, como as utilizadas pelas instituições financeiras em empréstimos e financiamentos.

Dessa forma, o Copom se reúne a cada 45 dias e, a partir de inúmeros fatores, define o valor da taxa. Este número é denominado de Selic Meta ou Meta Selic e pode aumentar, diminuir ou se manter estável, conforme o cenário econômico.

Com isso, juros elevados têm vários reflexos na economia brasileira, como:

  • Aumento de taxas bancárias;
  • Aumento nas taxas de juros de empréstimos, financiamentos e cartão de crédito;
  • Investimentos em renda fixa, como o Tesouro Direto, passam a render mais com a alta da Selic.

Especialistas comentam a decisão do Copom

De acordo com a avaliação o economista chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, o cenário atual anunciado pelo Copom demonstra um viés de preocupação fiscal, além de um balanço de riscos sobre o mercado internacional:

“O comitê manteve a taxa de juros, mas há um cenário de incertezas domésticas. A PEC da Transição gera uma preocupação fiscal. Isso pode ser observado pela curva de juros, que vem subindo, indicando que o BC deverá estender por mais tempo a atual política e uma queda da Selic só deverá ocorrer a partir do segundo trimestre de 2023”, afirma.

Nesse sentido, o economista também ressalta que o Copom deixou a porta aberta para um aumento residual da Selic no futuro, caso necessário, em razão deste grau de incerteza.

“Temos que considerar fatores como alta do dólar, já que causa impacto na inflação. E o Brasil interrompeu o ciclo de desinflação, o que também será colocado no balanço de riscos”, completa.

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