Relatos sobre prejuízos pós roubo de celular crescem; veja dicas de segurança para evitar maiores transtornos

Quem tem o celular roubado pode ter as contas bancárias expostas e sofrer perdas financeiras. Cuidados de segurança ajudam a prevenir a situação.

Escrito por Rafaela Souza

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Usuários da plataforma Twitter têm relatado diversos prejuízos em decorrência de situações de roubo de celulares. Segundo a maioria dos relatos, os criminosos atuam de diferentes formas, desde a transferência de valores dos aplicativos de banco via PIX até o pedido de empréstimos em valores que chegam a R$ 10 mil.

De acordo com uma pesquisa divulgada em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, só em 2021, cerca de 97 aparelhos foram furtados ou roubados a cada hora. Diante desse cenário, o iDinheiro reuniu dicas e cuidados citados por Claudio Martinelli, diretor executivo da Kaspersky para América Latina, que teve o celular roubado recentemente no trânsito e conseguiu evitar danos adicionais além da perda do aparelho.

Ações preventivas antes do roubo

De acordo com o especialista, é importante ter alguns cuidados antes do roubo para dificultar a ação dos criminosos. Além disso, esses cuidados darão algum tempo para que a vítima consiga acesso a um outro dispositivo.

“Obviamente, não é uma experiência fácil, mesmo para alguém que trabalha combatendo o cibercrime como eu. O ponto mais importante ao enfrentar uma situação como esta é controlar as emoções e a adrenalina. Qualquer roubo criará um grande estresse e é comum ficar surpreso inicialmente, mas tenha em mente que o bandido irá agir rápido, e cabe a você ser mais ágil que ele. Saiba que é possível mitigar as perdas, mas é necessário tomar medidas certas. Uma boa segurança física e digital sempre terá ações preventivas, imediatas e de longo prazo”, recomenda Claudio.

Os principais cuidados que podem prevenir e mitigar possíveis prejuízos citados pelo especialista são:

1. Uso de pelo menos dois “logins” (autenticações)

Segundo o especialista, uma boa opção é usar o recurso de bloqueio de programas do próprio sistema operacional (Android ou iOS) para exigir uma senha para abrir um programa.

Outra alternativa é baixar um programa com esta função, como a solução de segurança da Kaspersky para celulares, por exemplo, que indica quais aplicativos necessitam de uma senha extra para serem abertos.

Avaliar a utilização da biometria (digital ou facial)

Cláudio explica que esse recurso está sendo usado para permitir o acesso dos criminosos nos programas financeiros. Ele também ressalta que os bancos online são seguros. No entanto, o criminoso acaba adicionando uma nova biometria e passa a usar as senhas salvas no dispositivo livremente.

Como forma de evitar essa situação, o especialista lembra da importância de ativar uma proteção por senha do sistema, sempre que uma nova biometria for criada. Caso não seja possível ter uma segurança adicional, é recomendado desativar seu uso em programas críticos como aplicativos financeiros, delivery, e-mail, app de dupla autenticação e loja online, por exemplo. Ou seja, realizar o acesso com login e senha.

Verifique se sua operadora e banco tem algum atalho para falar com um atendente

Para além disso, como os relatos no Twitter também indicam, muitas vezes os sistemas de atendimento automático dos bancos demoram muito tempo até oferecer a opção para falar com algum atendente que pode resolver o problema. Por isso, o especialista destaca que é importante verificar se existe algum “atalho” para situações de roubo e furto.

“Acredito que seja muito válido essas empresas pensarem em um tipo de ‘botão de pânico’ para os atendimentos automatizados em casos de roubo de celulares, é algo que beneficiaria a todos”, recomenda Claudio.

Teve o celular roubado? Saiba o que fazer

No caso de quem já teve o celular roubado, Claudio cita algumas ações que devem ser tomadas assim que a vítima conseguir acesso a um novo dispositivo:

“O primeiro passo é tentar bloquear imediatamente o telefone. Ligue para o seu provedor de serviços móveis para pedir o bloqueio do cartão SIM e do IMEI. Isso impedirá o ladrão de receber SMS com os códigos para recuperação de senhas nos serviços online e de se conectar à internet”, alerta.

Além disso, o especialista recomenda que a vítima faça o bloqueio do telefone por meio de alguma solução de segurança que inclui as funções de antirroubo. Segundo ele, esse tipo de solução permite o bloqueio, localização e até a limpeza dos dados do dispositivo de maneira remota.

Em seguida, é importante ligar para o banco para notificar que o telefone vinculado à conta foi roubado e pedir o bloqueio de qualquer transação feito por este dispositivo. Esse processo deve ser feito para todas as instituições financeiras e comerciais, pois os criminosos podem tentar efetuar compras usando o dispositivo e a conta da vítima.

Outras ações importantes para proteger os dados da vítima

Claudio também destaca que o golpe não termina após o bloqueio de dados financeiros. Com o celular, os criminosos podem ter acesso a dados pessoais como CPF, RG e endereço da vítima:

“Os celulares são também uma ferramenta de verificação da nossa identidade no mundo digital. Com essas informações, os bandidos podem tentar realizar empréstimos bancários ou abrir contas falsas”, aponta o executivo.

Nesse caso, o especialista recomenda que a vítima utilize algum serviço de monitoramento do CPF, que emita alguns alertas no caso de compras online com o CPF e até empréstimos e financiamentos:

“Uma opção gratuita muito boa é o serviço Registrato do Banco Central. Ele permite fazer consultas de empréstimos e financiamentos, informar bancos onde o indivíduo tem conta, lista de cheques, chaves PIX registradas, entre outros dados. É importante ter essas formas de controle para poder identificar possíveis fraudes usando dados pessoais, para que seja possível agir proativamente na proteção da identidade digital”, complementa.

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