Vale a pena investir em Bitcoin? Entenda vantagens e riscos!

Conheça aspectos fundamentais da criptomoeda mais famosa do mercado para entender se vale a pena investir!

Escrito por Melissa Nunes

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Uma das principais perguntas feitas por interessados no mercado financeiro é se vale a pena investir em Bitcoin.

Revolucionando o segmento de ativos digitais e mantendo sua posição como criptomoeda mais valorizada da história, esse produto continua atraindo diferentes perfis de investidores, especialmente aqueles que buscam uma opção diferenciada e rentável.

No entanto, alguns podem acreditar que o mercado está saturado, e, sem conhecimentos técnicos sobre o nicho, questionam se esse negócio pode ser, de fato, vantajoso. Nesse caso, para avaliar se vale a pena investir em Bitcoin, é fundamental entender mais sobre essa criptomoeda e conferir quais as vantagens que ela pode trazer, bem como seus riscos inerentes.

O que é o Bitcoin?

O Bitcoin é uma moeda virtual, a primeira criada no mundo, e funciona como uma forma de dinheiro eletrônico peer-to-peer, ou ponto a ponto. Em outras palavras, pode ser transferida sem o intermédio de instituições financeiras.

Atualmente, ela pode ser utilizada para diferentes tipos de operações, como compra de produtos, pagamento de serviço e, o mais usual, para negociações dentro do mercado financeiro.

Existem duas principais características que definem o Bitcoin e, posteriormente, viriam a inaugurar uma nova categoria de dinheiro:

  • essa moeda não possui uma cédula física, de modo que é manipulada de forma inteiramente digital, a partir de um código único;
  • ela também é descentralizada, já que não possui regulamentação por parte de nenhum governo, instituição bancária ou empresa. Sua administração é feita pelos próprios usuários, e permite o envio e recebimento de valores sem interferências ou mediações.

Na prática, dois indivíduos, de lugares distintos no planeta, podem movimentar uma moeda virtual entre si sem precisar de um banco ou gestora.

Essas são apenas algumas das características que fazem com que os investidores se perguntem se vale a pena investir em Bitcoin. Além da sua praticidade e autonomia, a moeda foi pioneira no mercado, e revolucionou o segmento financeiro.

Quando surgiu o Bitcoin?

Análises indicam que o Bitcoin surgiu em 2008, chegando ao conhecimento do público após um e-mail enviado pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto, tido como criador, ou criadores, da moeda virtual.  Até o momento, não se sabe quem está por trás do desenvolvimento da programação que deu origem a esse sistema.

No conteúdo do e-mail, o remetente inclui um manual da criptomoeda, com todas as instruções sobre seus fundamentos e funcionamento (veja o PDF aqui, em inglês). Ao todo, eram quatro pontos principais:

  • rede peer-to-peer sem gasto duplo;
  • sem intermediários;
  • permite o anonimato dos negociadores;
  • utiliza o algoritmo Prova de Trabalho para gerar um novo Bitcoin.

Desde então, a moeda está em circulação no mercado, atraindo cada vez mais investidores e interessados nesse sistema.

No entanto, Nakamoto determinou que o Bitcoin possui oferta finita. Ou seja, não pode ser gerado ilimitadamente. No total, serão apenas 21 milhões de unidades que podem ser mineradas até 2140.

Até outubro de 2021, segundo o agregador Coingecko, 18,8 milhões de moedas já haviam sido emitidas, o que faz com que muitos questionem se ainda vale a pena investir em Bitcoin.

Como funciona o Bitcoin?

A partir do manual de instruções fornecido por Nakamoto, foi possível determinar a tecnologia por trás do Bitcoin, a rede blockchain. Trata-se de um banco de dados aberto que registra todas as transições dos Bitcoins entre os participantes da rede.

Funciona como um livro contábil, onde todas as movimentações são anotadas. No entanto, essa tecnologia possui uma forma de criptografia inovadora, onde cada bloco de informação se conecta ao anterior.

Por exemplo, a venda de um Bitcoin de A para B gera um registro. Posteriormente, a revenda de B para C gera outro registro, mas os dados se conectam com a primeira venda. Dessa forma, é mais difícil de identificar as informações que são sigilosas, além de ser um sistema aprimorado para certificar a autenticidade das operações que envolvem a moeda virtual.

Nesse cenário, os próprios usuários se tornam reguladores das negociações, uma vez que o Bitcoin não possui administração centralizada. Após a validação das transações, os blocos se tornam definitivos, para que não existam fraudes.

Por fim, depois de adquiridos, os Bitcoins são armazenados nas carteiras digitais do investidor, que pode acessar ou transferir os recursos, também de maneira virtual.

A mineração dessa moeda é feita por usuários que validam as transações, responsáveis por decodificar os blocos. No entanto, como existem cada vez mais conjuntos de dados, atrelados a outros blocos anteriores, a tarefa se torna mais complexa a cada decodificação.

Quando o minerador finaliza uma operação, ele recebe um novo Bitcoin como recompensa, e pode negociá-lo no mercado.

Como investir em Bitcoin?

Um dos fatores que podem influenciar na opinião dos investidores ao avaliar se vale a pena investir em Bitcoin são as formas disponíveis para essa movimentação no mercado.

Atualmente, existem algumas opções para perfis com alinhamento mais agressivo ou conservador, mas que desejam ter moedas virtuais em sua carteira. Por outro lado, a burocracia ou requisitos que acompanham cada produto podem interferir na análise do investidor.

Existem várias formas de investir em Bitcoin. Confira:

  • investimento direto: negociação feita em plataformas especializadas, como exchanges;
  • ETF de Bitcoin: forma uma carteira, replicando as movimentações do ativo a partir de um indicador;
  • fundos de investimento: é semelhante ao ETF, mas em vez de ser negociado na bolsa de valores, suas cotas podem ser adquiridas diretamente com a corretora.
  • P2P: negociação realizada diretamente entre comprador e vendedor, sem intermediários ou em marketplace específico para essa finalidade;
  • conta digital: oferta a criptomoeda, permitindo armazená-la na própria conta.

Assim, vale a pena conhecer mais detalhes sobre as principais alternativas e como elas se caracterizam antes de tomar uma decisão.

1. Investimento direto

Em um primeiro momento, muitos consideram se vale a pena investir em Bitcoin de forma direta, a opção mais conhecida e adotada no mercado. Nesse caso, trata-se da negociação direta feita por meio de plataformas especializadas, como as exchanges, corretoras de criptoativos.

Esses portais permitem que os usuários tenham acesso às ferramentas para transferir Bitcoins com mais segurança, além de garantir que a tecnologia blockchain esteja em funcionamento.

No entanto, essa alternativa pode depender de alguns conhecimentos mais avançados na área, especialmente para investidores que desejam monitorar a oscilação do mercado e trabalhar com negociações em médio ou curto prazo.

Isso porque a falta de regulação centralizada faz com que a volatilidade das moedas virtuais seja maior, e demanda mais experiência para interpretar o mercado.

Por outro lado, para quem deseja investir em Bitcoin de forma direta, o processo é simples. Basta ter uma conta em uma exchange e realizar a negociação conforme a cotação atual.

O investidor poderá deixar as moedas em sua carteira na plataforma escolhida, ou realizar a venda também pela ferramenta, sem intermédio de terceiros. Todas as movimentações seguem registradas na blockchain, bem como a transferência para pagamentos, se for o caso.

Além disso, a rentabilidade, ou eventuais prejuízos, que acompanham o Bitcoin são refletidos de forma direta para o investidor nessa alternativa, mas sentidos apenas no repasse da moeda.

Em outras palavras, ela não oferece repasse de lucros em períodos de valorização, por exemplo. O usuário que detém a moeda só poderá verificar o retorno da rentabilidade durante a venda, com a diferença de preços.

2. ETF de Bitcoin

Enquanto isso, outra forma disponível para aplicar recursos em moedas virtuais, mas que pode fazer com que o investidor questione se vale a pena investir em Bitcoin, são os fundos de índice. Conhecidos como ETFs, esses produtos formam uma carteira, que pode ser variada ou não, replicando as movimentações do ativo a partir de um indicador.

Nesse caso, temos os ETFs de Bitcoin QBTC11 e BITH11, que acompanham somente o Bitcoin, ou o ETF HASH11, cuja carteira é formada, em sua maior parte, pela moeda.

Dessa forma, o investimento em Bitcoin é indireto, uma vez que o participante do fundo se torna um cotista, e não um detentor da moeda em si. Quando o criptoativo oscila, o indicador utilizado como base também reflete essa movimentação, de modo a valorizar, ou não, a carteira.

Assim, o investidor pode ter acesso à rentabilidade do seu investimento a partir da distribuição dos lucros de acordo com a sua participação no fundo.

3. Fundos de investimento

Por fim, a terceira alternativa mais comum para investir em Bitcoin é por meio de um fundo de investimento. Essa opção é semelhante ao ETF em alguns aspectos, mas em vez de ser negociado na bolsa de valores, suas cotas podem ser adquiridas diretamente com a corretora.

Entretanto, as mesmas facilidades, como acesso simples e administradora terceirizada, também se replicam nesse produto.

Trata-se de uma possibilidade de investimento para quem possui um alinhamento mais conservador, e não deseja atuar na bolsa. A rentabilidade também é distribuída entre os cotistas conforme as movimentações do mercado, que é avaliado diretamente, e não por meio de um indicador.

Além disso, é comum que a carteira seja formada por mais de uma moeda virtual, e não apenas pelo BTC, trazendo uma diversificação imediata.

Por outro lado, existem regulações mais sólidas quanto a esse produto, com normas definidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para sua estrutura e composição. Essa característica pode deixar conservadores mais tranquilos quanto ao investimento, mesmo se tratando de Bitcoin.

4. P2P

A expressão P2P vem do inglês, peer-to-peer, e podemos traduzi-la para “pessoa para pessoa”. No mercado de criptoativos, refere-se às transações realizadas diretamente de usuário para usuário. Nessa modalidade, não existem instituições para intermediar a transação.

Normalmente, a pessoa interessada entra em contato com o vendedor de Bitcoin por meio de algum canal de conversa e combina dados da negociação, como taxas e preço da criptomoeda.

Uma transação na modalidade P2P se baseia, principalmente, na confiança entre as partes envolvidas, uma vez que não há garantias ou regulamentação de qualquer entidade. Por esse motivo, são mais indicadas para pessoas com mais experiência.

Contudo, existem algumas plataformas P2P que oferecem alguns recursos para que você possa comprar Bitcoin e investir com mais segurança. Confira:

  • Paxful: os Bitcoins são alocados em uma conta de custódia até a finalização da negociação. A plataforma já conta com mais de 10 milhões usuários;
  • LocalBitcoins: também armazena Bitcoins em uma espécie de conta de custódia, até o término da transação. Possui mais de 8 milhões de usuários, sendo que novos clientes não pagam taxas em seu primeiro mês;
  • Catálogo P2P: apresenta um ranking com a reputação dos vendedores, avaliados pelos próprios clientes. Conta com mais de 1.200 moedas, além do Bitcoin.

Portanto, essas plataformas P2P atuam como marketplace de criptomoedas, reunindo compradores e vendedores. Entretanto, diferenciam das negociações P2P tradicionais, fora desses canais, afinal, possibilitam que as transações ocorram sem prejuízo para qualquer uma das partes.

5. Conta digital

As formas de comprar criptomoedas estão se expandindo, e cada vez mais plataformas buscam formas de agregar as moedas digitais ao seu negócio. Mas, será que vale a pena investir em Bitcoin usando contas digitais?

Essa forma de comprar criptomoedas é bem recente no país, mas algumas instituições vêm se destacando, com qualidade e pioneirismo. Com o Méliuz, por exemplo, é possível investir em Bitcoin a partir de R$ 1. Além do valor mínimo ser acessível, garante segurança e agilidade no serviço.

logo meliuz atualizado
Conta Méliuz

A transação dura poucos segundos e é possível armazenar seus Bitcoins no próprio Aplicativo. Veja como negociar na plataforma em: “Como comprar bitcoin com Méliuz? Vale a pena?“.

Várias plataformas estão aderindo às possibilidades de garantir o investimento em Bitcoin em suas contas, tornando o acesso às moedas mais facilitado. Alguns bancos digitais e físicos, além de fintechs, oferecem a oportunidade de comprar criptomoedas. Podemos destacar: 99Pay, BB, Banco Inter, BTG Pactual, Mercado Pago, Nubank, PagBank, XP, além do Méliuz.

Vale a pena investir em Bitcoin?

Depois de conhecer mais sobre a moeda e as formas de aplicação disponíveis no mercado, existem alguns fatores que podem ajudar a determinar se vale a pena investir em Bitcoin. Assim, os investidores interessados nesse mercado terão uma base mais sólida ao avaliar a possibilidade e se ela combina com o seu perfil.

Por isso, veja algumas das principais vantagens e desvantagens dessa moeda virtual, e se vale a pena investir:

Vantagens de investir em Bitcoin

Inovador no mercado, o Bitcoin acumula uma série de pontos positivos que atraem cada vez mais investidores. Dessa forma, avaliar esses aspectos é muito importante para entender se vale a pena investir em Bitcoin.

Veja algumas das principais vantagens dessa moeda:

ValorizaçãoDesde o seu lançamento pioneiro, essa moeda vem acumulando altas históricas e se tornando um dos ativos com maior rendimento do mundo. Em novembro de 2021, atingiu sua máxima, de US$ 68 mil. Além disso, especialistas estimam que a moeda pode bater U$ 80 mil em 2022.
DiversificaçãoO Bitcoin é uma forma vantajosa de diversificar a carteira de investimentos. Isso porque as criptomoedas são vistas como um ativo diferenciado e interessante, especialmente após a criação das formas indiretas de aplicação, como os ETFs. Com uma pequena porcentagem do patrimônio, já é possível aproveitar as chances de rentabilidade sem se expor demais ao risco.
TaxasAs taxas para investir em Bitcoin, que são consideravelmente baixas. Algumas corretoras especializadas cobram valores irrisórios para saque e trade, por exemplo, além de depósitos sem cobrança. Ainda, é possível trocar o BTC por outras moedas, também de forma acessível, sem a interferência de taxas cambiais convencionais.
SegurançaA rede blockchain, é considerada uma forma de criptografia altamente segura. Enquanto isso, as corretoras também aprimoraram suas formas de proteção, com medidas de autenticação que tornam as carteiras digitais ainda mais seguras.

Riscos de investir em Bitcoin

Por outro lado, ao avaliar se vale a pena investir em Bitcoin, também é fundamental conhecer os pontos menos positivos quanto à essa moeda, já que se trata de um ativo ainda pouco explorado.

Veja algumas das desvantagens mais consideráveis:

Baixa aceitaçãoSão poucas as operações que trabalham com Bitcoin no dia a dia, o que a torna pouco prática. De forma básica, sua utilização está sendo apenas para transferências e negociações, onde os investidores aproveitam as diferenças entre os preços para ter rentabilidade.
Falta de regulamentaçãoSendo uma moeda descentralizada e sem monitoramento dos órgãos públicos, não é possível saber, de fato, qual o impacto real que esse ativo representa para o mercado, ou como realizar sua gestão na prática, como leis ou tributações. Isso promove movimentos distintos entre os países, como a proibição na China, ou a regulamentação integral, como em El Salvador.
VolatilidadeEsse mercado é instável, e suas oscilações podem acontecer em momentos não esperados, de modo que se torna mais difícil realizar previsões sobre sua valorização. Eventos externos, relacionados à economia ou política, podem ser cruciais para as altas ou baixas do Bitcoin, bem como sua baixa liquidez e falta de conhecimento prático.

Afinal, vale a pena investir em Bitcoin?

Após conhecer mais sobre a moeda, como ela se comporta e seus principais pontos de destaque, é possível definir se vale a pena investir em Bitcoin.

Isso porque essa avaliação é individual, e depende da visão e critérios de cada investidor que considera esse produto. Afinal, o comportamento do Bitcoin pode atender, ou não, ao perfil do interessado. Por exemplo, alinhamentos mais agressivos não se preocupam, de forma expressiva, com a volatilidade da moeda, enquanto investidores mais conservadores podem levar essa característica como uma desvantagem.

Além disso, o Bitcoin é utilizado, majoritariamente, em negociações, embora seja uma forma de pagamento virtual. Sua baixa aceitação faz com que outras operações não sejam tão acessíveis.

E, para investidores que procuram ativos com baixas chances de perda, é possível considerar que não vale a pena investir em Bitcoin, uma vez que esses pontos não fazem parte da sua estrutura.

Por outro lado, muitas pessoas se interessam pela valorização considerável que a moeda apresenta no mercado, e podem se beneficiar da diferença de preços entre a compra e a venda no mercado. Nesse caso, a alternativa se torna interessante, especialmente pelo crescimento observado nos últimos anos.

Dessa forma, para determinar se vale a pena investir em Bitcoin ou não, o investidor deve levar em conta seu próprio perfil e o que ele está buscando ao aplicar recursos em moedas digitais. Com isso, será possível ter uma experiência mais positiva com criptoativos, diversificando sua carteira da forma que melhor atende ao seu perfil e seus objetivos financeiros.

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