O que pode sujar o nome? Entenda e saiba como sair dessa situação

É possível sujar o nome mesmo que a empresa credora não entre em contato com birôs de crédito. Saiba em quais situações é possível ficar com nome sujo e como evitar.

Escrito por Heloísa Vasconcelos

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Para além da negativação, outros fatores podem sujar o nome de alguém que deixa de pagar dívidas. Isso significa que, mesmo que a empresa credora não entre em contato com birôs de crédito, o consumidor pode ficar inadimplente e ter dificuldades em conseguir crédito.

As empresas podem levar o nome do devedor ao Serasa, SPC ou Boa Vista a partir de 5 dias de atraso da dívida. Mas algumas situações como cheque sem fundo e participação em falência de empresa também podem deixar o nome negativado.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) em 2016, seis em cada dez brasileiros que ficaram com nome sujo não sabiam quanto deviam.

A consulta de nome negativado pode ser feita nos próprios sites dos órgãos de proteção ao crédito. Neles, também é possível buscar uma negociação de dívida para sair dessa situação.

O que leva alguém a sujar o nome?

A resposta é simples: dívida. Seja por esquecimento ou simplesmente por não ter recursos para pagar alguma conta, qualquer pessoa que deixa de pagar dívidas está sujeita a ter o nome negativado.

A negativação geralmente ocorre quando a empresa credora, seja de internet, telefonia, banco, serviços ou qualquer outra área, informa a um birô de crédito que o consumidor deixou de pagar uma conta. 

Também é possível ficar com nome sujo ao deixar de pagar tributos como IPVA, IPTU e IRPF. Nesse caso, o devedor pode ter, além de dificuldade ao pedir crédito, restrição no acesso a direitos cidadãos.

A gerente da Serasa Aline Maciel afirma que o tempo para que alguém se torne negativado varia da política de cada empresa. Segundo ela, há casos em que o nome pode ficar sujo após apenas 5 dias de atraso, mas, no geral, a negativação ocorre após 90 dias sem pagamentos.

“Principalmente nesse período da pandemia, é complicado. As pessoas se endividam porque pagam as contas parceladas e depois não conseguem honrar com cartão de crédito, esquecem de pagar conta”, explica. Ela aponta que, em alguns casos, o consumidor pode ter o nome negativado por meio de uma conta que sequer fez, ao emprestar cartão de crédito para amigos ou familiares.

Ela também chama atenção para os casos de fraudes e recomenda que a consulta frequente no site da Serasa para saber se o nome está negativado ou houve alguma busca de crédito utilizando o CPF.

Fatores que podem sujar o nome

1. Negativação

Esse é o caso mais comum, que ocorre quando a empresa credora informa aos órgãos de proteção de crédito sobre uma falta de pagamento.

Essa situação dificulta o consumidor a obter crédito, seja para obter um cartão ou para solicitar empréstimos e financiamentos. A solução, nesse caso, é buscar a negociação da dívida junto a órgãos como Serasa, SPC e Boa Vista ou com empresas de negociação de dívidas.

2. Participação em falência

Caso o cidadão seja dono ou sócio de uma empresa que está em falência por não conseguir pagar as contas, ele pode acabar inadimplente.

Quem se encontra nessa situação pode ter a pontuação de score reduzida, já que os órgãos de proteção ao crédito entendem que aquela pessoa pode acabar se endividando para honrar as dívidas da empresa.

3. Sujar o nome com cheque sem fundo

Quem utiliza cheque para pagamento sem ter fundos pode acabar com o nome sujo. Quando isso ocorre, as empresas interpretam uma falta de controle na vida financeira da pessoa.

Portanto, caso tenha feito um pagamento em cheque e o documento tenha voltado, é importante buscar regularizar a situação para não acabar inadimplente.

4. Ação judicial

A empresa credora pode entrar com uma ação judicial contra o devedor caso o pagamento de um bem ou serviço solicitado não ocorra. Isso também pode acontecer caso a dívida em questão seja para uma pessoa física.

Quando isso ocorre, o devedor é obrigado a cumprir com a negociação e quitar os valores devidos. Quem está em uma ação judicial por dívidas também pode ter dificuldades para acessar crédito.

5. Protesto

Por fim, caso o consumidor contraia uma dívida em lojas menores, o dono da empresa pode encaminhar um protesto em cartório. Dessa forma, a situação pode sujar o nome e dificultar o acesso ao crédito.

Então, é necessário que o devedor realize o pagamento junto à pessoa que abriu o protesto para que a situação seja regularizada.

Como sair das dívidas?

O CEO da Plano, fintech de organização para sair das dívidas, Ricardo Hiraki, aponta que o primeiro passo para regularizar a situação financeira é enfrentar a situação sem julgamentos e olhar para o próprio orçamento. 

“É chato dever, mas tem que lidar com isso de forma organizada. Isso muda muito a vida da pessoa. A disciplina é uma palavra chave para que isso funcione”, coloca.

Ele indica que o devedor busque no mercado soluções de negociação que proponham juros mais baixos e que, acima de tudo, caibam no bolso. Segundo ele, não faz sentido entrar em uma negociação sem ter condições de honrar com as parcelas.

Aline Maciel concorda e aborda a importância da educação financeira para que o consumidor não entre de novo em situação de inadimplência. Além disso, ela alerta que o devedor deve prestar atenção para não cair em golpes ao negociar dívidas online, checando sempre os canais de negociação.

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