Tesouro Direto: rendimento em 2020 de alguns títulos chega a quase 9%

Apesar da renda fixa ter um retorno menor, alguns títulos do Tesouro Direto tiveram bom rendimento. Veja lista dos títulos com as maiores remunerações.

Escrito por Fabíola Thibes

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Engana-se quem pensa que a renda fixa está morta. Alguns títulos do Tesouro Direto chegaram ao final de 2020 mostrando que o rendimento pode ser muito bom — e chegar a quase 9%.

Foi o que aconteceu com o Tesouro IPCA+ 2024. O rendimento alcançou 8,83% ao ano, o mais alto dentre os títulos atualmente comercializados nessa categoria.

Veja a rentabilidade acumulada até o dia 29 de dezembro dos outros papéis emitidos pelo governo federal:

  • Tesouro IPCA+ 2026 com pagamento de juros semestrais: 8,73%;
  • Tesouro Prefixado 2025 com pagamento de juros semestrais: 8,64%;
  • Tesouro IPCA+ 2024 com pagamento de juros semestrais: 8,48%;
  • Tesouro Prefixado 2023: 8,48%;
  • Tesouro Prefixado 2025: 8,1%;
  • Tesouro Prefixado 2023 com pagamento de juros semestrais: 7,95%;
  • Tesouro Prefixado 2027 com pagamento de juros semestrais: 7,77%;
  • Tesouro Prefixado 2022: 7,69%;
  • Tesouro IPCA+ 2035 com pagamento de juros semestrais: 7,18%;
  • Tesouro Prefixado 2029 com pagamento de juros semestrais: 6,91%;
  • Tesouro IPCA+ 2035: 6,01%;
  • Tesouro IPCA+ 2045: 4,69%;
  • Tesouro Prefixado 2021: 4,57%;
  • Tesouro Prefixado 2021 com pagamento de juros semestrais: 4,48%;
  • Tesouro Selic 2021: 2,76%;
  • Tesouro Selic 2023: 2,54%;
  • Tesouro Selic 2025: 2,21%;
  • Tesouro IPCA+ 2045 com pagamento de juros semestrais: 2,06%;
  • Tesouro IPCA+ 2050 com pagamento de juros semestrais: 1,24%.

Além desses títulos do Tesouro Direto, dois deles tiveram um rendimento melhor. No entanto, eles já não são comercializados.

Portanto, o ganho valeu somente para quem ainda os tem na carteira. Eles são:

  • Tesouro IGPM+ 2021 com pagamento de juros semestrais: 23,64%;
  • Tesouro IGPM+ 2031 com pagamento de juros semestrais: 21,62%.

Análise do rendimento do Tesouro Direto

Os títulos indexados pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGPM) tiveram uma remuneração maior devido ao resultado desse indicador.

No ano, o acumulado foi de 23,14%, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Normalmente, o IGPM é utilizado como base para a correção de valores contratuais, especialmente o de aluguel de imóveis.

Dentre os títulos comercializados, os melhores rendimentos foram do Tesouro IPCA+ e do Prefixado. No dia 22 de dezembro, o IBGE divulgou que a prévia da inflação tinha fechado 2020 em 4,23%.

Por isso, o Tesouro IPCA+ 2045 e 2050 com pagamento de juros semestrais registraram rendimento negativo. O motivo foram as perdas do começo do ano.

No caso do Tesouro Prefixado, os ganhos foram derivados dos contratos fechados antes da crise. Assim, eles mantiveram a remuneração acordada.

Informações de especialistas

Apesar das incertezas do mercado e da taxa Selic em baixa, houve quem alcançou uma alta remuneração para o ano.

Ainda assim, a escolha entre títulos pré e pós-fixados foi difícil. O economista André Perfeito destacou à Exame que a dúvida ocorreu pela própria natureza dos papéis do Tesouro Direto.

Segundo ele, os prefixados são impactados pela mudança nas perspectivas sobre a taxa futura esperada. Por sua vez, os pós-fixados rendem de forma contínua e seguram a taxa básica de juros.

Além disso, o Tesouro Prefixado poderia ser afetado a qualquer momento do ano. A queda significativa poderia vir devido à perspectiva de aumento dos juros, o que não ocorreu.

Como o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em baixa — terminando o ano em 2% —, isso fez a curva de juros ceder e aumentar o retorno desses investidores.

Em relação ao Tesouro Selic, que é o mais conservador do mercado, houve queda. A rentabilidade chegou a ser negativa, com retorno real abaixo de zero devido à inflação.

Para 2021, o rendimento do Tesouro Direto deve permanecer igual nos primeiros meses. Depois é preciso ver como será praticada a política fiscal do Banco Central.

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