O PIX foi o meio de de pagamentos mais utilizado no Brasil em 2022. Segundo dados divulgados pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os brasileiros realizaram mais de 24 bilhões de transações via PIX, com uma média de 66 milhões de operações diárias.
No entanto, mesmo após mais de um ano de sua implementação no país e o amplo acesso e uso da ferramenta, o PIX permanece sendo um dos principais sistemas de pagamento quando o assunto são fraudes e golpes financeiros.
Esse cenário reacende a importância dos cuidados em dobro ao agir diante dos crimes. No entanto, para muitos brasileiros, isso não é o que ocorre na prática: em um levantamento inédito, 66,4% das pessoas afirmaram não saber como proceder em caso de ataques que envolvem a ferramenta.
Nós do iDinheiro e Melhor Plano, reunimos uma equipe de especialista para criar um estudo colaborativo em primeira mão sobre segurança digital e a modalidade de transações instantâneas.
Para chegar aos resultados, as especialistas em serviços financeiros compilaram e analisaram respostas de 1300 entrevistados, em meio a questões como a frequência de uso do PIX e a insegurança ao pagar via aplicativo.
O objetivo da pesquisa, de modo geral, foi organizar um panorama atualizado acerca da experiência com golpes envolvendo o uso do PIX no Brasil.
Meio de pagamento tem ampla aceitação entre brasileiros
Com base nas respostas dos entrevistados, foi possível perceber que a relação entre aqueles que utilizam ou não o PIX frequentemente atesta para o sucesso da modalidade no país. Isso porque, do total, apenas 25,6% revelou não usá-lo com regularidade, percentual baixo se comparado aos demais 74,4% que o fazem.
A constatação não é novidade, sobretudo em um contexto no qual os usuários costumam dar preferência a transferências online e em tempo real.
A surpresa, em contrapartida, ficou por conta dos dados sobre o sentimento de segurança durante a utilização do sistema. Na contramão do esperado, 74,6% dos respondentes destacaram que não se sentem inseguros quando acessam o PIX — número otimista após o disparo das tentativas de golpes ao longo da pandemia.
Golpes virtuais: maioria desconhece o que fazer
Ao serem questionados a respeito da experiência com atividades suspeitas no pagamento instantâneo, 35,2% dos respondentes (o que corresponde a um terço do total) assinalaram ter vivenciado os chamados “golpes do PIX” ou conhecer outra pessoa lesada após a ação de criminosos.
Além da vivência ou contato com outras vítimas, uma taxa grande dos entrevistados, 66,4%, ainda pontuou que não sabe o que fazer se cair nos golpes.
Vale lembrar que, apenas no último ano, mais de 2 milhões de tentativas de fraudes envolvendo a
modalidade foram reconhecidas e bloqueadas pela Receita Federal em todo o Brasil.
Cuidados com o uso do PIX
“Apesar dos benefícios do PIX, é importante tomar cuidado e se manter informado a partir de fontes seguras de informação. Conhecendo a mecânica dos principais golpes e o que fazer caso algum conhecido seja impactado, evitamos prejuízos não somente financeiros, mas emocionais”, reforça Lucas Tavares, CEO do iDinheiro.
Se proteja de Golpes no PIX
O PIX é atualmente o método de pagamento mais popular no Brasil, o que o torna um alvo para fraudadores que buscam tirar vantagem das pessoas. Por isso, é crucial que os usuários estejam cientes dos golpes que podem ocorrer, como o falso QR Code e a falsa central de atendimento.
No golpe do falso QR Code, por exemplo, os criminosos criam um código QR falso para que a vítima faça uma transação financeira para uma conta controlada pelo fraudador. Já na fraude da falsa central de atendimento, a vítima recebe uma ligação de uma instituição financeira falsa que pede para ela fazer uma transferência via PIX para testar o sistema.
Para evitar essas fraudes, é importante não compartilhar informações pessoais que possam ser usadas para criar chaves Pix, além de verificar sempre a identidade do destinatário antes de fazer uma transferência.
As instituições financeiras raramente entram em contato com os clientes por telefone solicitando informações pessoais ou confirmação de transações.
Em caso de dúvida, é recomendável desligar o telefone, procurar o nome e o contato da instituição financeira na internet e entrar em contato diretamente para se certificar da veracidade das informações.
Conheça mais sobre o assunto com nosso artigo dedicado a golpes no pix e como evitá-los.