Inflação medida pelo IPCA tem nova alta em janeiro, impulsionada por alta de alimentos

Segundo o IBGE, esse é o quarto mês seguido de alta do índice.

Escrito por Rafaela Souza

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inflação brasileira, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve alta de 0,53% em janeiro. O índice, que é considerado a inflação oficial do país, apresentou o quarto mês seguido em alta, segundo o IBGE:

  • Outubro: 0,59%.
  • Novembro: 0,41%.
  • Dezembro: 0,62%.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira, 10, a inflação acumulada nos últimos doze meses chegou a 5,77%. Em janeiro do ano passado, a variação havia sido de 0,54%.

Saiba mais sobre o IPCA

IPCA é definido pelo IBGE a partir de uma pesquisa de preços que observa a quantidade de produtos e serviços que registraram alta de preços em determinado mês.

O índice leva em consideração itens dos seguintes grupos: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.

IPCA – Histórico da inflação oficial mês a mês

O que influenciou o IPCA de janeiro

Em janeiro, oito dos nove grupos de produtos e serviços analisados apresentaram alta de preços. Veja como ficou a inflação para cada um dos grupos pesquisados pelo Instituto:

  • Alimentação e bebidas: 0,59%
  • Artigos de residência: 0,70%
  • Comunicação: 2,09%
  • Despesas pessoais: 0,76%
  • Educação: 0,36%
  • Habitação: 0,33%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,16%
  • Transportes: 0,55%
  • Vestuário: 0,27%

Grupo de Alimentação e bebidas teve maior impacto no IPCA de janeiro

Segundo o IBGE, o maior impacto no índice do mês veio de Alimentação e bebidas (0,59%), que contribuiu com 0,13 p.p. Esse resultado foi influenciado pela variação da alimentação no domicílio (0,60%), com o aumento nos preços de itens como:

  • batata-inglesa (14,14%);
  • tomate (3,89%);
  • frutas (3,69%);
  • arroz (3,13%).

O Instituto também destacou que houve queda em componentes importantes na alimentação no domicílio, como a cebola (-22,68%), o frango em pedaços (-1,63%) e as carnes (-0,47%). 

Alta dos combustíveis influencia o grupo de Transportes mais uma vez

Ainda segundo o IBGE, no grupo Transportes (0,55%), os combustíveis tiveram alta de 0,68%, puxados pelo aumento nos preços da gasolina (0,83%) e do etanol (0,72%). Por outro lado, o óleo diesel (-1,40%) e o gás veicular (-0,85%) tiveram queda em janeiro.

O Instituto também destaca os subitens emplacamento e licença (1,60%), que incorporou pela primeira vez a fração mensal referente ao IPVA de 2023, e automóvel novo (0,83%). No lado das quedas, os preços dos transportes por aplicativo recuaram 17,03%, após subirem 10,67% em dezembro.

Especialistas comentam o índice e as expectativas para 2023

Segundo especialistas do MUFG (Mitsubishi UFJ Financial Group, Inc), holding do Banco MUFG Brasil, o IPCA de fevereiro tende a ser mais alto:

“Esperamos +0,75%, pressionado pelo reajuste dos preços dos combustíveis refletindo o anúncio da Petrobras da gasolina nas refinarias em 24 de janeiro e pelo aumento sazonal das mensalidades escolares“.

Para além disso, os especialistas ressaltam que ainda não incorporamos o aumento da alíquota do ICMS sobre combustíveis, pois ainda não há uma definição sobre a nova alíquota a ser cobrada.

“A partir de abril, esperamos leituras de inflação mais moderadas, acumulando 5,4% neste ano. Nossa previsão para o IPCA tem riscos de alta em um cenário de deterioração fiscal mais acentuada que impactaria mais fortemente o Real e a expectativa de inflação. Do lado positivo, considerando a flexibilidade contínua das medidas de restrição da Covid na China, há espaço para uma normalização total da cadeia de suprimentos industrial, aliviando assim a pressão dos preços industriais”, avaliam.

Nesse mesmo sentido, o consultor econômico da Remessa Online, André Galhardo, também ressalta que o dado do IPCA de janeiro endossa as leituras de alta frequência divulgadas nas últimas semanas:

“Ao mostrar que apesar dos riscos de elevação da inflação, ainda presentes na nossa economia, e do movimento de desancoragem das expectativas para períodos mais longos, o processo de desinflação doméstica continua em curso”, analisa.

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