Por que o preço da gasolina continua caindo no Brasil?

Petrobras anunciou o quarto reajuste desde junho de 2022. Especialistas comentam os motivos para a constante redução de preços.

Escrito por Rafaela Souza

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Na última quinta-feira, 01, a Petrobras anunciou o quarto reajuste para redução do preço da gasolina desde junho deste ano. Desde sexta-feira, dia 02, o preço do litro da gasolina passou para R$ 3,28, totalizando uma redução de R$ 0,25 por litro.

Nessa ocasião, o preço dos demais combustíveis não teve reajuste. No entanto, em menos de três meses, o combustível sofreu redução de 19,2% no valor praticado nas refinarias. Em junho de 2022, o preço do litro chegou a R$ 4,06.

Diante desse cenário, o iDinheiro conversou com especialistas para entender quais são os motivos para essa redução no preço e as perspectivas para o futuro.

Por que o preço da gasolina continua caindo?

Segundo um levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), há uma queda expressiva nos preços da gasolina diretamente na bomba: o valor médio do litro vendido ao consumidor teve uma redução de 29% no mesmo intervalo de 75 dias.

Como explica, Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), o preço da gasolina tem ligação direta com a política de preço de paridade de importação:

“As sucessivas quedas de preço da gasolina são resultado do calendário eleitoreiro do atual presidente. De olho na reeleição, o governo corre atrás do prejuízo anunciando reduções, depois de três anos e sete meses de concessão de altas recordes nos preços dos derivados, reajustados com base na política de preço de paridade de importação (PPI), mantida pelo presidente da República. No atual governo, de janeiro de 2019 até hoje, a gasolina, na refinaria, subiu 118,4%, o diesel, 182,1% e o gás de cozinha, 119,1%”, afirma o especialista.

Assim, como ressalta André Braz, coordenador do Índice Geral de Preços da FGV, a redução do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias) também tem impacto direto nessa diminuição de preços:

“Os combustíveis fósseis foram determinantes para a desaceleração da inflação ao produtor e ao consumidor. No IPA, a gasolina caiu 8,83% refletindo as reduções de preço deste combustível na refinaria, onde está livre de impostos e frete. No IPC, o preço da gasolina caiu 11,62%, devido a redução do ICMS e dos preços na refinaria”.

Segundo levantamento divulgado pela FGV nesta quinta-feira, 08, O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,55% em agosto.

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Impactos da redução

“Os aumentos recordes dos combustíveis foram cruciais para a inflação galopante, que chegou a dois dígitos em 12 meses.  A redução no preço dos combustíveis contribui para a desaceleração da inflação”, ressalta o especialista Deyvid.

Entenda a política de preços atual da Petrobras

Desde 2016, a política de preços adotada pela Petrobras é a PPI: Preços de Paridade de Importação, que vincula o preço dos derivados de petróleo nas refinarias ao comportamento do preço do produto em dólares no mercado internacional.

Além disso, é acrescido os custos de transporte e de uma taxa de 5%, para arcar com possíveis riscos.

O preço da gasolina deve continuar diminuindo?

Segundo Deyvid, novas reduções no preço da gasolina devem ser anunciadas até as próximas eleições, marcadas para 2 de outubro. Para além disso, o preço da gasolina também depende de outros fatores, como o ritmo da economia mundial, por exemplo.

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