Golpe Pix: saiba como se proteger!

Para se prevenir contra os golpes no Pix, é fundamental saber como eles funcionam e quais as dicas para evitar uma fraude. Aprenda a se proteger!

Escrito por Regyane Bittencourt

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O Pix se tornou um dos métodos de pagamento mais utilizados entre os brasileiros. Os impedimentos como horário comercial ou tarifas para transferências entre contas de titularidades diferentes deixaram de ser um problema na hora de fazer pagamentos. Segundo uma pesquisa divulgada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os brasileiros realizaram mais de 24 bilhões de transações via PIX, com uma média de 66 milhões de operações diárias, sendo assim o meio de pagamento mais usado no brasil em 2022.

Um terço dos brasileiros já foi vítima ou conhece alguém que caiu no golpe Pix

Após mais de um ano de sua implementação, o PIX ainda é um dos principais alvos de fraudes e golpes financeiros no Brasil. Uma pesquisa com 1.300 entrevistados mostrou que 66,4% das pessoas não sabem como proceder em caso de ataques que envolvem a ferramenta. Os dados vieram de um estudo colaborativo feito por nós, do iDinheiro, e o site Melhor Plano, buscando oferecer um panorama atualizado sobre a experiência de golpes envolvendo o PIX no Brasil. Esse estudo mostrou que pelo menos um terço da população brasileira já vivenciou ou conhece alguém que caiu no golpe pix.

Nesse artigo, abordaremos seis desses casos. Confira quais são:

  1. Golpe no Pix por WhatsApp clonado
  2. Golpe no Pix sobre o falso funcionário do banco
  3. Falsa conta do WhatsApp que pede Pix emergencial
  4. Bug no Pix
  5. Golpes no Pix com QR Code adulterado
  6. Golpe no Pix pelo Instagram

Os principais benefícios desse meio de pagamento também podem ser fatores que potencializam as chances de cair em uma fraude. Assim, conhecer mais sobre os golpes no Pix pode ajudar os consumidores a se protegerem melhor e ficarem atentos às situações suspeitas.

1. Golpes no PIX por Whatsapp clonado

O golpe do Whatsapp clonado já é uma estratégia antiga utilizada por fraudadores, mas ganhou um novo formato com a chegada do pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central. Nele, os criminosos realizam a clonagem do chip do titular, de modo que possam acessar suas informações pessoais e dados bancários.

Em um primeiro momento, os transgressores transferem o número de celular da vítima para outro aparelho, instalando o aplicativo de mensagens e assumindo sua conta. A partir disso, é possível acessar a agenda de contatos, por exemplo, além de outros dados importantes sobre o titular.

Além disso, os golpes no Pix com Whatsapp clonado também se tornaram mais perigosos com a chegada das transferências pela plataforma. Em parceria com instituições bancárias, o aplicativo passou a permitir o envio e recebimento de dinheiro instantaneamente, o que aumenta consideravelmente as chances de fraude em poucos instantes.

Caso o titular do número não realize o bloqueio, os criminosos podem ficar com acesso ilimitado aos seus dados pessoais, realizando o roubo e outras ações. O acesso ao Whatsapp clonado também é uma maneira de encontrar informações para entrar na conta bancária da vítima, mesmo que não ocorra a extorsão pelo aplicativo.

Assim, o golpe ganha novas modalidades e se torna ainda mais perigoso, por conta das diferentes possibilidades de fraude em uma mesma clonagem. 

2. Golpes no PIX sobre o falso funcionário do banco

Entre os principais golpes no Pix que estão acontecendo, é importante mencionar o golpe do falso funcionário do banco.

Essa abordagem também é popular e já ocorre em outras plataformas, como redes sociais, e-mail e até mesmo por mensagens de texto no celular. Agora os criminosos encontraram uma nova argumentação para realizar infrações: abordar o cliente sob a alegação da necessidade de cadastrar (ou recadastrar) a chave PIX.

Como a maioria dos brasileiros já aprendeu, o usuário só pode receber transferências no PIX por meio do cadastro de uma chave de acesso na conta em que deseja movimentar dinheiro. Nesse caso, existem quatro tipos de chave disponíveis:

  • CPF ou CNPJ;
  • Número do celular;
  • E-mail;
  • Chave aleatória.

Sem esse cadastro, não é possível acessar a ferramenta, de modo que todo usuário que deseja utilizar o método precisa registrar ao menos um dado. A partir dessa necessidade, criminosos digitais desenvolveram novos tipos de golpes no Pix, se passando por falsos funcionários de banco para realizar o cadastro do titular no sistema.

É possível alegar diversas situações, como queda no sistema, confirmação da chave ou falha na autenticação. Por meio de perfil e informações falsas, os transgressores podem encaminhar uma mensagem maliciosa ou um link suspeito, levando o cliente para um site falso e, a partir dele, realizar o roubo dos dados.

Nesse caso, o titular pode ter suas informações pessoais roubadas, ou mesmo autorizar uma transferência da qual não tem conhecimento. Links suspeitos também servem para realizar a clonagem do número de celular, por exemplo, levando a outros golpes no Pix.

Geralmente, o falso funcionário utiliza mais de uma instituição bancária popular, com mais chances da vítima ter uma conta e acreditar no procedimento.

3. Falsa conta do Whatsapp que pede PIX emergencial

Entre os principais golpes no Pix, o uso de falsa conta do WhatsApp também é uma das abordagens mais utilizadas, isso porque ela pode ocorrer em diferentes situações, de modo que a vítima precisa de atenção redobrada para não cair no golpe.

A princípio, os criminosos podem clonar o número de telefone, e, com acesso à agenda de contatos da vítima, entram em contato pedindo dinheiro para conhecidos. Essa fraude também é popular e já é usada há muitos anos. Agora, os golpes no Pix a tornaram ainda mais comum e fácil de ser aplicada, pois a transferência ocorre em segundos.

Enquanto isso, os transgressores também podem criar uma conta falsa no WhatsApp com o nome e a foto da vítima, ou de conhecidos. Dessa forma, também entram em contato com pessoas próximas, podendo alegar a troca de número ou um problema como assalto, o que levou à troca de chip. Com isso, surge o gancho para solicitar um Pix para a vítima, se passando por seu familiar, amigo ou conhecido.

Nesse caso, a falsa conta do WhatsApp é uma fraude simples de ser realizada, mas que pode trazer diversos prejuízos para todos os envolvidos.

4. Bug no PIX

Existem alguns golpes no Pix que utilizam o próprio sistema para prejudicar e roubar a vítima. O sistema costuma passar por algumas atualizações ou períodos de instabilidade, o que leva a uma falha nos serviços.

Geralmente, essas situações são pontuais e informadas pela instituição financeira que apresenta instabilidade. No entanto, criminosos se aproveitam dessa ocasião para evidenciar um possível bug, ou seja, uma falha de execução no sistema, divulgando notícias falsas sobre o evento.

Assim, são divulgadas mensagens e vídeos por outros canais digitais, afirmando que o bug pode trazer vantagens, como dobrar o valor transferido para determinado banco ou chaves aleatórias. Caso a vítima acredite na notícia, ela pode estar realizando o envio de dinheiro para uma conta fraudulenta, acreditando que a falha no sistema irá beneficiá-la.

Esse é um dos golpes no Pix que estão se tornando mais comuns, além de um dos mais problemáticos, pois a vítima envia dinheiro por espontânea vontade, o que torna o estorno mais difícil de ser feito. Além disso, ele também utiliza outras plataformas, como as redes sociais, aumentando o alcance das notícias falsas e levando mais vítimas a acreditarem no bug.

Nesse caso, essa é uma das fraudes que ocorrem com a ajuda de outras redes, potencializando o golpe.

5.  Golpes no PIX com QR Code adulterado

Por fim, um dos principais golpes no Pix da atualidade são os QR Code adulterados. Essa fraude utiliza a tecnologia para roubar dados e encaminhar as transferências para outras contas, em vez das de destino.

Além do envio manual, feito pelo usuário digitando a chave no aplicativo em questão, existe a possibilidade de transferir dinheiro por QR Code.

Nesse caso, a instituição ou mesmo o usuário pessoa física disponibiliza um código bidimensional, que fornece os dados de transferência com mais facilidade. Empresas e estabelecimentos também adotaram essa forma de pagamento, que permite o envio do dinheiro com mais praticidade e acessibilidade.

No entanto, pessoas que fazem golpes no Pix se aproveitam desse recurso para fornecer um QR Code adulterado. Dessa forma, a leitura do código fornece dados diferentes do destino original, fazendo com que o recebedor da transferência seja um transgressor.

Esse golpe está acontecendo, principalmente, na internet, em sites de compras que não são muito confiáveis. Além disso, diversos endereços buscam copiar grandes marcas, para dar a falsa impressão de confiabilidade e, com isso, induzir a vítima a fazer o Pix.

Esse golpe também pode ocorrer com chaves aleatórias, que utilizam números, letras e símbolos sem uma ordem específica, facilitando a adulteração dos dados.

6. Golpe no Pix pelo Instagram

Nesse tipo de golpe, os criminosos usam as redes sociais, principalmente os stories do Instagram, para receber dinheiro de amigos das vítimas através do Pix.

Após invadir o perfil da vítima, são postados anúncios de produtos como eletrônicos e eletrodomésticos com preços muito baixos e frases como “meus amigos vão se mudar e precisam vender algumas coisas”.

Por se tratar de um post de uma pessoa conhecida, muitos confiam nos anúncios e têm interesse nos supostos produtos. Em seguida, para confirmar a compra, a vítima realiza o pagamento utilizando o Pix, mas quando tenta buscar o produto, se dá conta que caiu em um golpe.

Nesse caso, é importante entrar em contato com a pessoa que postou os anúncios de outra maneira que não seja o próprio Instagram, pois muitas vezes o dono do perfil nem sabe que teve sua conta invadida. É importante, também, garantir a segurança das redes sociais, utilizando senhas fortes e ativando a verificação de duas etapas.

Como se proteger de golpes no PIX?

Depois de conhecer mais sobre os principais golpes no Pix, é mais fácil entender como se proteger e quais medidas podem ser utilizadas para evitar essas fraudes.

Bancos nunca entram em contato por canais pessoais ou solicitam dados por email e SMS

A princípio, é fundamental que o usuário desconfie de qualquer informação recebida por e-mail e números desconhecidos, especialmente alegando ser da instituição financeira na qual possui conta.

Assim, se um número ou endereço de e-mail enviar links para correção de chaves Pix, por exemplo, evite clicar e denuncie a conta.

Ao receber um link de pagamento, verifique se a plataforma utilizada é confiável e autêntica. Veja se possui certificados de segurança e se o endereço condiz com a empresa na qual irá realizar a transferência.

Conferir os dados antes de enviar o PIX é essencial

Durante o procedimento do PIX, procure prestar atenção nos dados informados na tela, como conta, nome do recebedor e outros dados. Geralmente, pagamentos para empresas ocorrem em contas jurídicas, com todas as discriminações.

Por isso, desconfie ao ver informações como CPF, contas de pessoas físicas e titulares desconhecidos. Isso é um dos indícios de golpes no Pix.

A comunicação com conhecidos que estão solicitando PIX pode evitar prejuízos

Ao receber mensagens de conhecidos ou amigos pedindo por uma transferência em contextos suspeitos, procure confirmar a ocorrência.

Envie uma mensagem por outra plataforma, faça contato telefônico ou mesmo acione o usuário pessoalmente, informando e confirmando a necessidade do envio.

Esses pequenos fatores podem fazer a diferença na hora de evitar cair em fraudes financeiras, além de aumentar a segurança ao utilizar o sistema de pagamento no dia a dia.

Caí em um golpe no Pix, e agora?

Caso você tenha identificado um dos golpes no Pix após realizar uma transferência, existem algumas medidas que podem ser tomadas.

O primeiro passo é notificar a sua instituição financeira, pois cada banco possui uma série de processos diferentes para lidar com essas ocorrências. Dessa forma, será possível receber mais orientações sobre como proceder.

Algumas instituições podem solicitar o boletim de ocorrências para seguir com as próximas etapas, de modo que é recomendável que o usuário providencie esse documento o quanto antes.

Vale lembrar que a Agência Brasil também recomendou essa atitude nos alertas que divulgou para ajudar a diminuir os golpes no Pix. Com um boletim de ocorrências, será mais fácil conseguir possíveis estornos, ou mesmo localizar os criminosos que aplicam a fraude.

Se for possível, os bancos entrarão em contato com a instituição recebedora, notificando a ocorrência e podendo solicitar o bloqueio do valor.

No entanto, reforçamos que muitos dos golpes no Pix ocorrem por desatenção da vítima, que autoriza a transação com sua senha.

Uma vez que o Pix é automático e ocorre em questão de segundos, é difícil realizar o bloqueio, de modo que o prejuízo pode não ter ressarcimento. Ainda que a notificação ao banco possa levantar uma análise, dificilmente o valor será estornado. 

Enquanto isso, o boletim de ocorrência pode oferecer garantias judiciais, mas também não influencia no retorno do dinheiro. Por isso, é fundamental ter atenção quanto a essas e outras situações suspeitas, e verificar os dados mais de uma vez antes de autorizar o envio.

Assim, as chances de cair em golpes no Pix diminuem, reduzindo as dores de cabeça futuras e os prejuízos financeiros que essas fraudes podem causar.

  1. Fizeram um Pix da minha conta, o que fazer?

    O primeiro passo é entrar em contato com a instituição bancária da sua conta o mais rápido possível para explicar a situação e ver quais medidas podem ser tomadas, já que pode variar em cada caso.

  2. É possível rastrear um Pix?

    De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), “todas as transações do Pix são totalmente rastreáveis, e, no caso de irregularidades, todos os envolvidos serão identificados e responderão pelos delitos”

  3. É possível reaver o dinheiro em caso de golpe do Pix?

    Depende muito da situação. Em casos que o golpe ocorreu por desatenção da vítima e a transação foi autorizada, o estorno do dinheiro dificilmente acontecerá, mas, mesmo assim, é importante fazer um boletim de ocorrência.

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