Como fazer parte do crescimento do metaverso?

Entenda como investir no metaverso e se vale a pena ter Facebook na carteira.

Escrito por Tiago Reis

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Quem me acompanha, sabe que o Facebook é uma das empresas que pretendo manter na minha carteira por muitos e muitos anos. Trata-se de uma empresa que ainda está em crescimento – deve crescer sua receita uns 15% ao ano. Além disso, está sendo negociada cerca de 23x o lucro,  vale cerca de US$ 1 trilhão de dólares e possui US$ 64 bilhões de dólares de caixa líquido parado no balanço. 

Assim, a primeira informação que o investidor de Facebook deve ter é que, com ou sem metaverso, é uma empresa que vale a pena investir, mesmo sem pagar dividendos (o Facebook em vez de distribuir proventos, faz aquisições).

Além disso, o Facebook tem a inovação como carro-chefe, por isso a empresa está sempre antenada nas mudanças do mundo. Mark Zuckerberg, fundador e CEO, sabe que as empresas que não se atualizam, podem morrer. Como aconteceu com a Blockbuster, quando os serviços de streaming começaram a surgir, e com a Kodak, quando a câmera digital chegou com tudo, substituindo as analógicas que usavam filmes que precisavam ser “revelados”… 

As mudanças, meus caros, não param de surgir, cabe a quem já está no mercado se adaptar para continuar existindo no futuro. Acredito, inclusive, que esse é o maior risco para o Facebook, essa mudança da plataforma cerne. E é por isso que Zuckerberg está tão preocupado com a qualidade do seu negócio no longuíssimo prazo.

E a estratégia tem funcionado. Afinal, o Facebook já sobreviveu a uma grande mudança de plataforma e conseguiu ter sucesso. Antes, era baseado no computador, não no celular. Conseguir carregar a atenção de pessoas nessa outra plataforma foi um grande desafio e a aquisição do WhatsApp e do Instagram foi o meio que o Facebook encontrou para ter sucesso nessa nova plataforma. 

Agora, com o metaverso, a escolha foi a de protagonizar um movimento que muito provavelmente será o próximo, mesmo sem saber, ao certo, como e quando isso irá acontecer. E, desde que a companhia anunciou a mudança do seu nome, de Facebook Inc. para ‘Meta’, em outubro de 2021, o metaverso não saiu mais da boca do povo. 

Mas afinal, o que é o metaverso a que a Meta se refere? 

Se a gente olhar o passado, iremos constatar que a cada 15 anos temos uma grande mudança na principal plataforma de computação. Começamos com o mainframe, depois veio o PC, depois navegação com browser, depois mobile. E a cada passo tecnológico que foi dado, mais e diferentes aspectos foram incorporados, e a experiência ficou mais imersiva.

Zuckerberg diz que o próximo passo será uma experiência mais imersiva ainda, que contempla mais dimensões. O celular é 2D, o próximo passo seria uma experiência 3D.

Basicamente, o metaverso é isso, um mundo digital onde você tem essa experiência de realidade virtual aumentada, 3D, e que você pode interagir com mais movimentos do seu corpo. Uma espécie de conjunto de espaços virtuais em que usuários poderão explorar, por meio de avatares e realidade virtual, o universo digital. Mas, claro, isso hoje em dia ainda é especulativo. E o Facebook investe nisso já faz tempo (começou com o óculos). 

Mas como investir no metaverso?

Por mais que essa tecnologia ainda esteja no campo da especulação, o potencial do metaverso é enorme. Se você tem um mundo virtual que as pessoas engajam, você pode ter uma economia virtual, propagandas, até uma moeda dentro dessa economia.

Mas hoje, de fato, a gente não sabe exatamente quem vai vencer (a gigante chinesa Tencent, por exemplo, foi a primeira a falar de metaverso), como vai ser, quanto tempo vai demorar, como vai ser monetizado. E no mercado de ações sabemos que pagamos um preço muito alto por um consenso animador. Ou seja: você paga por uma expectativa que não tem a menor previsibilidade. Acontece com tudo o que está na moda.

Por isso, eu não compraria uma empresa só porque ela diz que vai fazer algo no metaverso. Exceto o Facebook, que, somente com os negócios que já possui hoje em dia, se mantém como uma empresa geradora de caixa e com avenidas de crescimento. Portanto, recomendo se expor ao metaverso apenas mantendo o Facebook na sua carteira (ou incluindo, caso ainda não faça parte dos seus investimentos). Afinal, olhando para os próximos 10 anos, imagino que o sucesso do Facebook não dependa necessariamente do metaverso, é só uma opção que pode dar certo ou não. Agora, uma empresa que dependa do metaverso para ser um bom investimento, eu ficaria de fora.

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