Taxas de juros de empréstimos voltam a ser elevadas pelos bancos

De acordo com uma pesquisa realizada pena Anefac, os bancos voltaram a aumentar as taxas de juros de empréstimos em maio, uma alta de 1,38% ao mês.

Escrito por Isabella Proença

Por que confiar no iDinheiro?

Responsabilidade editorial: Nosso editores são especialistas nas áreas e isentos nas avaliações e informações. Nosso objetivo é democratizar e simplificar o acesso a produtos e serviços financeiros sem viés. Conheça nosso código editorial.

Como ganhamos dinheiro?

Podemos ser comissionados pela divulgação e cliques nos parceiros. Isso também pode influenciar como alguns produtos aparecem na página, sempre com a devida identificação. Entenda como o site ganha dinheiro.

Política de Cookies: Nosso site utiliza cookies para estatísticas gerais do site e rastreamento de comissões de forma anônima. Nenhum dado pessoal é coletado sem seu consentimento. Conheça nossa política de privacidade.


Uma pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) apontou que os bancos voltaram a subir taxas de juros de empréstimos mês passado.

Todas as seis linhas de crédito para pessoas físicas pesquisadas registraram aumento das taxas de juros em maio. Com isso, a elevação foi de 0,08 ponto percentual no período, o que corresponde a uma alta de 1,38% ao mês (1,85% em doze meses).

Em abril, a taxa era de 5,80% ao mês (96,71% ao ano) e subiu para 5,88% ao mês (98,50% ao ano) em maio. Esta é a mais alta taxa de juros média desde dezembro de 2019.

Levando em consideração todos os aumentos e reduções da taxa básica de juros (Selic) instituídas pelo Banco Central (BC) desde março de 2012, houve uma diminuição de 3,75 pontos percentuais da Selic, enquanto os empréstimos para pessoa físicas apresentaram uma alta de 10,53 pontos percentuais na taxa de juros média.

Taxas de juros de empréstimos

Pesquisa de juros da Anefac de maio de 2021
Pesquisa de juros da Anefac de maio de 2021 (Anefac/Reprodução).

De acordo com o diretor executivo de estudos e pesquisas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as altas podem ser atribuídas ao aumento dos juros futuros, ao possível aumento dos índices de inadimplência, ao anúncio dos aumentos dos impostos das instituições financeiras (CSLL) em 2021 e ainda à expectativa de novas elevações da Selic frente a uma inflação maior.

O diretor entende que “essa provável inadimplência pode ocorrer por causa do fim das carências nos empréstimos (pausas e carência nas negociações de dívidas), desemprego elevado, fim do pagamento dos auxílios emergenciais, elevação da inflação e seus efeitos na renda, além de maior seletividade dos bancos na concessão de crédito”.

A visão dele para os meses seguintes, com o agravamento do cenário econômico e com as prováveis elevações da taxa básica de juros, é de que as taxas referentes às operações de crédito continuem altas.

Este conteúdo foi útil? Então, não deixe de assinar a newsletter do iDinheiro e ativar as notificações push. Se inscreva, também, no nosso canal do Telegram para receber todas as novidades.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Participe das comunidades do iDinheiro no Whatsapp