A Suécia está realizando um processo de intercâmbio de inovação para startups e busca empresas brasileiras. As iniciativas desenvolverão projetos de Inteligência Artificial (IA) e Automação em Estocolmo. A seleção foi aberta esta semana.
Entenda.
Intercâmbio de inovação para startups
Esta é a mais recente etapa de um processo de intercâmbio de inovação que vem ocorrendo nos últimos anos entre empresas dos dois países.
“O Brasil produz muita pesquisa científica, mas pouca inovação, que é olhar para os problemas da indústria. Já a Suécia está focada na inovação. Juntando a expertise sueca, que é pragmática, com a criatividade brasileira de trazer soluções fora da caixinha, dá um samba interessante”, explica a diretora-executiva do Centro de Pesquisas e Inovação Sueco-Brasileiro (Cisb), Alessandra Holmo, em entrevista à Folha de São Paulo.
A seleção em aberto é uma iniciativa organizada pelo Cisb em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a sueca Saab AB.
As instituições irão disponibilizar até 3 mil euros para custear a viagem, prevista para agosto de 2021.
Quem pode participar da seleção?
Podem participar pesquisadores brasileiros ligados à instituições de ensino ou empresas. No entanto, é necessário ter experiência em cooperação com a indústria e mestrado.
As propostas devem ser encaminhadas ao site do Cisb até o dia 12 de março.
Em 2019, 15 startups brasileiras foram selecionadas para um procedimento de pareamento com a montadora sueca Saab Automobile.
Em 2019, a empresa sueca fechou um contrato para entregar 36 aviões modelo caça ao Brasil, que serão montados na Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer). A instalação da linha de produção se tornou um trunfo da empresa, que passou a oferecer o modelo a outros países.
A carioca Media Glass, que produz óculos de realidade aumentada, e a MSD Sistemas, voltada para o desenvolvimento de sistemas para a indústria automotiva e aeronáutica, são as organizações que têm prestado serviços para empresas suecas.
Holmo destaca as áreas de bioeconomia, mineração e biomateriais brasileiras como potenciais para atender as dores suecas.
Sobre o Cisb
Nos últimos anos, o Cisb tem ligado startups suecas a empresas brasileiras e vice-versa.
A Holmo explica que este trabalho é realizado com um processo de pareamento: a organização constata os problemas das grandes empresas e procura as startups que podem resolvê-los no país parceiro.
“As startups têm as soluções e precisam encontrar quem está com aquela dor. O cliente, no geral, é uma empresa maior”, conclui a diretora-executiva.
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