Desde o começo de outubro, quem recebe o Auxílio Brasil e outros benefícios de distribuição de renda do governo, pode solicitar um empréstimo consignado com desconto diretamente nas parcelas do programa.
Dessa forma, a modalidade de empréstimo, que antes só estava disponível para aposentados e pensionistas do INSS e para beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), agora também pode ser acessada pelos beneficiários do programa criado para substituir o Bolsa Família.
Diante desse cenário, o iDinheiro reuniu as principais informações sobre o empréstimo consignado do Auxílio Brasil, como taxas, prazos e o que fazer caso o benefício seja bloqueado ou cancelado.
Saiba mais sobre o empréstimo consignado do Auxílio Brasil
No empréstimo consignado, o desconto das parcelas é feito diretamente na fonte de pagamento. Dessa forma, no caso do empréstimo do Auxílio Brasil, o valor da parcela será descontado mensalmente do benefício.
Dessa forma, como as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento, os bancos têm a garantia de que as prestações serão pagas em dia.
Quais bancos oferecem o empréstimo do Auxílio Brasil?
Segundo o Ministério da Cidadania, doze instituições financeiras já foram autorizadas para operar o consignado do Auxílio Brasil. São eles:
- Caixa Econômica Federal;
- Banco Agibank;
- Banco Crefisa;
- Banco Daycoval;
- Banco Pan;
- Banco Safra Capital Consig Sociedade de Crédito Direto;
- Facta Financeira;
- Pintos S/A Créditos;
- QI Sociedade de Crédito Direto;
- Valor Sociedade de Crédito Direto S/A;
- Zema Financeira.
Saiba mais: Empréstimo do Auxílio Brasil: Saiba riscos e cuidados antes de contratar o crédito
Quais são as taxas e prazos para pagamento do Auxílio Brasil?
De acordo com as normas do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, o número máximo de parcelas para pagamento será de 24, e a taxa de juros não poderá ultrapassar o teto de 3,5% ao mês. Confira as taxas de juros de algumas instituições que já estão oferecendo o produto:
- Caixa: juros de 3,45% ao mês;
- Pincred: juros de 2,89% ao mês;
- meu tudo/QI: juros a partir de 3,39%.
É importante ressaltar também que o valor máximo que poderá ser contratado será aquele em que as parcelas comprometam até 40% do valor mensal do benefício.
Além disso, o valor a ser considerado para o cálculo de até 40% é o de R$ 400, e não o valor mínimo atual do benefício de R$ 600, que será pago somente até o mês de dezembro. Dessa forma, o valor da parcela será de no máximo R$ 160.
Empréstimo Auxílio Brasil em processamento. O que fazer?
Após a solicitação do empréstimo, é possível acompanhar o status do contrato na opção “Meus Contratos”, no aplicativo do Auxílio Brasil.
No entanto, mesmo após alguns dias aguardando a aprovação, muitos beneficiários continuam com o status de “Empréstimo Auxílio Brasil em processamento”. Esta mensagem significa que a proposta ainda está sendo analisada pela instituição financeira e, portanto, é necessário continuar aguardando.
De acordo com o Ministério da Cidadania, a análise da proposta de contrato do empréstimo é feita em cerca de 48 horas.
Contratei o empréstimo consignado e perdi o Auxílio Brasil. O que acontece agora?
Segundo as regras divulgadas pelo governo federal, caso o beneficiário perca o Auxílio Brasil, o empréstimo não será cancelado. Isso acontecerá se o benefício for cancelado por qualquer uma das seguintes causas:
- Cidadão não se enquadra mais nas condições do programa de distribuição de renda.
- Extinção do Auxílio Brasil.
- Caso o valor mensal do Auxílio Brasil for reduzido.
Dessa forma, mesmo se o beneficiário perder o Auxílio Brasil, é necessário continuar realizando o pagamento das parcelas até o fim do contrato estabelecido. Como o cidadão não terá mais o valor mensal do Auxílio Brasil para o desconto das parcelas, será necessário encontrar uma nova forma de realizar o pagamento das parcelas do empréstimo.
No caso da Caixa, por exemplo, caso o beneficiário perca o Auxílio Brasil, o pagamento das parcelas do empréstimo pode passar a ser feito através de débito na conta usada para receber o benefício ou por meio da emissão de boleto.
O que acontece se eu não conseguir pagar o empréstimo?
Como as parcelas serão descontadas diretamente do valor do benefício, não é possível deixar de pagar o empréstimo. Isso também dificulta a possibilidade de renegociar a dívida, caso as parcelas estejam apertando o orçamento financeiro, por exemplo.
Uma possibilidade para esse tipo situação é tentar uma portabilidade do empréstimo para outro banco, com condições mais vantajosas para o pagamento.
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