IPVA, IPTU, matrícula e material escolar são apenas alguns dos gastos previstos para o início de 2023 e que têm um grande impacto no orçamento dos brasileiros. A preocupação com esses gastos pode aumentar ainda mais, já que os preços de artigos escolares devem variar entre 15% e 30%, segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE).
Diante desse cenário, para Ana Oliveira, que tem mais de 12 anos de experiência no ramo e atualmente está à frente da Papermall Papelaria, os pais devem ficar atentos aos preços praticados nas papelarias, uma vez que alguns produtos já estão tendo queda de preços, mas não estão sendo repassados pelos lojistas por conta da alta demanda dessa época do ano.
“Durante todo o ano de 2022, tivemos um aumento grande no valor dos materiais escolares, por conta da alta do dólar, escassez de matéria-prima e de produtos, e consequentemente, problemas de importação. Mas neste mês de janeiro, apesar da alta demanda de compra, alguns itens, como cola, fita crepe e fita dupla face, já tiveram redução de 10%”, explica.
Nesse sentido, a especialista alerta que muitas papelarias não estão repassando os preços baixos para o consumidor final para aproveitar a onda de preparativos da volta às aulas. Por isso, pesquisar é fundamental quando o assunto é economizar.
“Só de escolher entre uma papelaria e outra, os pais podem ter uma economia de mas de 10% na listagem final”, alerta a empreendedora.
Para além da tradicional pesquisa em diferentes lojas, Ana lista outras quatro dicas valiosas para auxiliar os pais na economia de material escolar.
Especialista lista dicas para economizar na compra de material escolar
Segundo Ana, além da pesquisa em diferentes lojas, tanto físicas quanto online, saber pedir desconto também é um ponto muito importante para quem quer economizar na compra de material escolar:
“Se o núcleo familiar tiver dois ou três filhos então, é quase certo que a papelaria ofereça algum tipo de benefício, como 15% de desconto no valor final da compra”, ressalta.
Entenda se o material é adequado para a idade da criança
A empreendedora também ressalta que a compra do material escolar deve se basear na idade da criança. Quem tem filho na pré-escola, por exemplo, não deve comprar um giz de cera muito fino, já que a criança ainda não possui muita coordenação motora e pode quebrar o giz.
“Nesse caso, vale mais a pena pesquisar as características do produto e do uso associado a idade da criança e comprar um giz de cera mais caro, porém mais grosso, e que vai durar mais tempo. O mesmo acontece quanto a qualidade dos produtos. Não vale a pena investir em uma marca inferior que vai durar poucos meses, enquanto uma marca melhor oferecerá um ano inteiro de uso, ou mais, para a criança”, explica.
Recicle materiais do ano anterior
Outro ponto que pode ajudar quem quer economizar é reciclar o material escolar que foi utilizado no ano letivo passado. Isso é importante principalmente porque a lista de material escolar vai muito além do que a criança usa, ou seja, quando o ano letivo acaba, podem sobrar alguns cadernos pouco utilizados ou cores menos favoritas da criança, por exemplo.
“Meu conselho é sempre reaproveitar os cadernos pouco usados no ano passado no próximo ano e, em vez de comprar uma caixinha de 24 cores de lápis, por exemplo, comprar apenas uma de 12 para substituir pelos mais gastos”, argumenta.
Desconto para quem recicla material escolar
Promova a troca de material escolar
Por fim, a especialista destaca que existem materiais escolares que podem ser facilmente trocados com outros alunos, ajudando os pais a economizarem e a promover a sustentabilidade. Essa troca pode ser combinada através de redes sociais e também presencialmente, conversando com os responsáveis por crianças que estudam na mesma escola, por exemplo.
“A troca de materiais acontece, principalmente, com uniformes, livros e outros itens duráveis, como mochilas e estojos. Há, inclusive, grupos de mães no Facebook destinados para isso”, indica.
Além do Facebook, o WhatsApp também é um ótimo meio para quem quer trocar materiais escolares e uniformes. É o que fez a carioca Bárbara Costa, que administra um grupo para esse fim há 4 anos.
Ela relata que os livros dos seus filhos, utilizados no ano passado apenas com lápis, foram doados para outra família. Já os uniformes e livros previstos para esse ano, já foram doados por uma terceira família, que também segue nesse ciclo de reutilização. “Este ano vou economizar mais ou menos R$ 3.000 e atualmente qualquer economia é bem-vinda. ”, conta a mãe.
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