Sociedade de empréstimo entre pessoas (SEP): saiba como funciona

Neste conteúdo, entenda melhor como funciona a sociedade de empréstimo entre pessoas (SEP) e como você pode fazer para contratar

Escrito por Karina Carneiro

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Sociedade de empréstimo entre pessoas (SEP): saiba como funciona

 

A sociedade de empréstimos entre pessoas (SEP), é uma forma de captação de recursos que muitas pessoas e empresas ainda não conhecem. 

Fazer empréstimos é algo comum no cotidiano do brasileiro, apesar dos juros muitas vezes abusivos. 

Nesse sentido, para evitar o pagamento dessas altas taxas, pedir dinheiro emprestado para parentes e amigos próximos também é algo muito comum. No entanto, essa operação não é legalizada. 

Para tornar essa transação válida pela lei, a SEP foi desenvolvida com a finalidade de desburocratizar a tomada de empréstimos para pessoas físicas e jurídicas e, além disso, oferecer bons retornos aos credores. 

Agora, se você quer saber mais sobre a SEP, como é a sua regulamentação e como pode ser realizada, o iDinheiro preparou esse conteúdo com todas as informações relevantes. Vamos lá?

O que é Sociedade de Empréstimo entre Pessoas?

A Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) é uma forma regulamentada e legal para que as pessoas físicas e jurídicas consigam emprestar dinheiro umas para outras, sejam elas pessoas ou empresas, independente da finalidade e valor que será destinado. 

No entanto, o modo mais comum para manuseio deste tipo de transação, costuma ser realizado entre sócios de um mesmo negócio. 

Nessas situações, é comum que apenas um sócio aporte todo o capital inicial da empresa ou a maior parte dele. 

Entretanto, a pessoa que não chegou a aplicar a mesma quantia para o início ou expansão do projeto, acaba tendo a mesma porcentagem de participação no empreendimento.

Qual é a entidade que regulamenta a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas?

O órgão regulamentador da SEP é o Conselho Monetário Nacional (CMN). Por meio dele, é possível encontrar todas as regras para transações desse caráter.

Por ser uma opção conhecida pela captação de recursos com taxas de juros mais atrativas e com menores burocracias, o empréstimo acaba sendo disponibilizado com mais facilidade.

No entanto, é primordial que a operação seja intermediada por uma instituição financeira, onde atualmente, a maior parte costuma ser administrada por fintechs ou startups do setor de finanças. 

É importante lembrar que, qualquer empresa do ramo financeiro que exerça essa atividade, deve ser autorizada pelo Banco Central antes de disponibilizar esse tipo de serviço em seu portfólio.  

Além disso, cabe a essas fintechs intermediar a relação entre os credores, que investirão seu dinheiro, e os tomadores de empréstimo, pessoas e empresas que irão captar  recursos. 

Como funciona a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas?

O funcionamento de uma SEP costuma depender de três fatores principais: os processos que envolvem a empresa, o tomador e o investidor.

Para que fiquem mais claros os procedimentos de cada um deles, trouxemos um pouco de suas principais características a partir de agora:  

Para o tomador

Em primeiro momento, cabe ao tomador escolher para qual empresa ele irá solicitar o crédito.

Neste momento, deve ser feita uma análise das opções, levando em consideração a comparação entre condições de pagamento estabelecidas. 

Além disso, a confiabilidade da organização que regulamentará a transação de SEP também deve ser avaliada de acordo com as normas obrigatórias para realizar o procedimento.  

Após escolher a plataforma de empréstimo, caberá ao solicitante do empréstimo realizar o seu cadastro, apresentando assim, alguns documentos em casos de pessoas jurídicas: 

  • comprovante de faturamento;
  • extrato bancário;
  • contrato social.

Já para pessoas físicas, será necessário apresentar as seguintes documentações:

  • comprovante de renda;
  • documentos como identidade e CPF;
  • comprovante de endereço;
  • extrato bancário. 

Para a fintech 

Para que uma fintech esteja apta a oferecer serviços de SEP, ela deve ser autorizada pelo Banco Central. Após ser regulamentada, pode oferecer propostas aos clientes.

Após o cadastramento, o negócio deverá realizar uma análise de crédito com a finalidade de avaliar os riscos do empréstimo. 

A partir dela, serão elaboradas as condições apresentadas para o futuro tomador de crédito, como taxas de juros, parcelas e montante liberado. 

Após o acordo de ambas as partes, a fintech fará um contrato digital a ser assinado por ela e pelo tomador de crédito. Assim, serão disponibilizados os recursos. 

Um ponto que vale ser ressaltado é o fato de que cada instituição só pode emprestar até R$15.000,00 para cada CPF ou CNPJ.

Para o investidor

Já para as pessoas que desejam utilizar as transações de SEP como forma de investimento, e emprestar dinheiro para que as fintechs consigam ser credoras de outras empresas ou pessoas físicas, também se torna obrigatório o cadastro das mesmas. 

Após feito, as empresas regulamentadoras das operações de SEP farão as propostas. Cabe ao investidor aceitar ou não os termos. 

No entanto, é fundamental que as pessoas que querem se tornar investidoras nessa modalidade verifiquem quais são as exigências, resoluções e leis que se aplicam. 

Sempre que possível, busque informações sobre a reputação da fintech em sites de opinião pública, redes sociais e pessoas que já utilizaram os serviços da instituição financeira. 

Quais as vantagens e desvantagens da Sociedade de Empréstimo entre Pessoas?

Como qualquer transação financeira, é possível encontrar vantagens e desvantagens na sua utilização. 

Esse fator acontece, pois os diferentes tipos de consumidores podem enxergar pontos de melhoria que não se adequam perfeitamente às suas necessidades.

Para te ajudar a entender quais são os benefícios e desvantagens das operações de SEP, separamos os principais pontos. 

Vantagens

Veja as principais vantagens deste modelo financeiro.

Menos burocracias

Em comparação aos empréstimos convencionais, é comum que as operações de SEP seja muito menos burocráticas, possuam uma análise de crédito mais leve, assim como uma avaliação mais ágil. 

Além disso, todo o processo pode ser de forma online através das plataformas das fintechs.

O cadastramento, assinatura do contrato e o envio de dinheiro são processos muito menos burocráticos em relação ao tempo de espera para acontecerem. 

Condições competitivas com o mercado

Para as instituições financeiras convencionais, a cobrança de juros altos é uma prática comum. 

Pelas operações de SEP normalmente possuírem tarifas menores do que as demais do mercado, é comum que esse seja um ponto atrativo para elas.

Através destes fatores, o acesso ao crédito por meio dos SEPs é mais abrangente quando comparado ao uso de instituições financeiras tradicionais. 

Sendo assim, é facilitado o processo de captação de recursos para abertura de empreendimentos, expansão de capacidade produtiva, abertura de filiais, por exemplo. 

Rendimentos atrativos para os investidores

Um ponto importante a ser levantado como vantagem do SEP, é o fato de que as pessoas que desejam oferecer dinheiro, costumam obter retornos, normalmente maiores do que os demais investimentos disponibilizados pelas instituições financeiras tradicionais. 

Desvantagens

Entre as principais desvantagens deste negócio, podemos destacar alguns fatores que precisam ser levados em consideração. Abaixo, você conhece os principais deles. 

Falta de flexibilização da destinação do recurso 

As operações de SEP não permitem que os recursos captados sejam utilizados para projetos diferentes daqueles negociados durante a contratação. 

Intermediação de fintechs 

Além disso, as fintechs regulamentadas para oferecer serviços de SEP normalmente operam em sua totalidade de forma online. 

Esse pode ser um ponto considerado não acessível para pessoas que não dominam a internet ou desconhecem os meios de como ter acesso a esse tipo de operação financeira. 

Falta de confiança

Por ser uma operação financeira relativamente nova, é comum que investidores e tomadores de empréstimos ainda tenham receio em utilizar. 

Com isso, a transação feitas por fintechs também prevê menos confiança em primeiro momento do que se fosse intermediada por bancos de renome. 

A Sociedade de Empréstimo entre Pessoas é confiável?

As instituições que disponibilizam operações financeiras caracterizadas como SEP devem necessariamente ser regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional, mais especificamente pelas resoluções 4.656 e 4.657.

Por isso, é sempre indicado avaliar se a instituição com a qual você pretende emprestar ou captar recursos está conforme a lei e todas as descrições contidas na resolução e possui autorização emitida pelo Banco Central.  

Vale a pena utilizar a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas?

A SEP é uma das principais alternativas oferecidas pelo mercado para pessoas e empresas que buscam agilidade nos processos de captação de recursos,.

Através delas, é possível encontrar menor burocracias e taxas mais baixas do que as oferecidas pelas instituições financeiras tradicionais. 

O intuito da regulamentação dessa transação é justamente fornecer opções mais acessíveis para pessoas que buscam concretizar projetos pessoais e profissionais. 

Por isso, muitas vezes as SEPs oferecem um processo de empréstimo simplificado, podendo ser até completamente online.

No entanto, por ser uma prática relativamente nova e muitas empresas estarem começando a oferecer esse serviço, é imprescindível que seja consultada a confiabilidade da empresa através de sites de opinião pública e outros clientes. 

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