Quando vale a pena pedir antecipação da restituição do imposto de renda? Entenda

As instituições financeiras oferecem opção de antecipação da restituição do imposto de renda para quem não quer esperar a chegada do lote. Entenda.

Escrito por Heloísa Vasconcelos

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O período de declaração do imposto de renda vai até o dia 31 de abril e quem terá restituição pode receber a partir do dia 31 de maio. O calendário de restituições neste ano tem cinco lotes, com pagamentos sendo realizados até o final de setembro. Mas, quem quer receber a grana da restituição logo pode optar pela antecipação em instituições financeiras.

A antecipação da restituição do imposto de renda é uma linha de crédito com juros menores que outras opções como crédito pessoal, cheque especial e juros rotativo do cartão de crédito. 

Quem opta por essa opção pode sacar o valor a ser restituído pela Receita Federal logo após a declaração e deve devolvê-lo até dezembro. 

Devido aos juros mais baixos e à possibilidade de dinheiro rápido, a antecipação pode ser uma opção vantajosa em algumas situações, principalmente durante a pandemia, em que muitos perderam a fonte principal de renda.

Mas, é importante ter em mente que a solução ainda é um empréstimo e, como em qualquer crédito, deve-se ponderar antes de decidir pela solicitação. Saiba quando a antecipação da restituição do IRPF é vantajosa e o que se deve prestar atenção antes de solicitar.

Como pedir a antecipação da restituição?

Qualquer contribuinte que já tenha declarado o imposto de renda 2021 e tenha imposto a restituir pode optar pela antecipação da restituição. Para isso, ele deve se encaminhar à instituição financeira escolhida com o comprovante do envio que mostre o valor da restituição.

A solicitação do crédito também pode ser feita hoje por meio de aplicativo de banco e internet banking, desde que os dispositivos estejam habilitados.

A mestre em educação financeira pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Cíntia Senna, ressalta que o contribuinte deve prestar atenção em alguns pontos antes de solicitar a antecipação da restituição.

“O primeiro ponto é ter certeza que entregou a declaração com todos os dados e não vai precisar fazer retificação, porque isso pode alterar a restituição”, elenca. 

Ela também chama atenção para a importância de realizar uma pesquisa entre várias instituições financeiras para escolher uma cujas condições de Custo Efetivo Total (CET) sejam mais vantajosas. Não é necessário que a solicitação de crédito seja feita necessariamente em um banco em que o contribuinte já tem relacionamento.

A finalidade ao tomar o empréstimo também deve ser uma pergunta central a ser feita por quem tem interesse em solicitar antecipação. Essa é a principal variável que irá definir quando vale a pena ou não obter o crédito nesse momento.

Quando vale a pena pedir a antecipação?

Diante da pandemia, muitos brasileiros se viram em uma situação financeira difícil, com perda parcial ou total da principal fonte de receita. Nesse contexto, qualquer dinheiro que entra na conta é mais que bem-vindo.

“A antecipação é importante para quem está precisando, pessoas que perderam renda e precisam do recurso para necessidades básicas. É uma forma um pouco mais em conta de pedir crédito, em comparação com outras modalidades”, pontua Cintia.

O coordenador do MBA em gestão financeira da FGV, Ricardo Teixeira, aponta que a restituição antecipada também pode valer a pena para quem já tem dívidas que cobram juros mais altos. Nesse caso, a troca de crédito para uma opção mais barata, como é o caso dessa linha, pode compensar.

“A antecipação não é uma renda extra, você está perdendo dinheiro. Você está deixando de receber X para receber X menos algo, no caso, os juros. A melhor forma de utilizar é ou para pagar dívida, ou para fazer uma compra muito importante, para colocar as contas em dia ou ter algum dinheiro como segurança”, afirma.

Cintia pondera, contudo, que nem sempre se deve utilizar o recurso para pagar dívidas. Caso o total da restituição não seja o suficiente para quitar o débito, o contribuinte pode estar entrando em mais problemas.

“Não é interessante, tô só trocando uma dívida por outra e deixando de ter um dinheiro que possa ajudar lá na frente. Um caminho é verificar se existe a possibilidade de uma portabilidade de crédito, trocar para uma taxa menor. Outro movimento é buscar carência ou pausa para esticar um pouco mais para se reorganizar e poder pensar com mais tranquilidade”, indica.

No que deve se prestar cuidado

O principal risco que quem pede antecipação da restituição corre é acabar não recebendo o pagamento da Receita Federal no prazo de pagar a instituição bancária.

O valor que é mostrado como imposto a ser restituído ao concluir a declaração ainda depende de análises e processamentos do fisco. Então, é possível que o valor a ser pago seja diferente. Também é possível que o contribuinte caia na malha fina e receba o recurso apenas no exercício do ano que vem ou nem mesmo o receba.

“Se por acaso tenha qualquer problema com relação à sua declaração, o que acontece é que você tem que pagar o débito ao banco independente se você recebeu ou não”, elucida Ricardo.

Portanto, ele não recomenda a antecipação da restituição, a não ser que o contribuinte avalie ser realmente necessário. “Mas a decisão é sempre pessoal. Uma coisa na vida que faz toda a diferença é você ser feliz com a situação”, reitera.

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  1. sgtsramos@hotmail.com

    Meu Banco ao qual indico para a minha restituição, ( Banco do Estado do Pará), antecipa 70% do valor, ficando com 30%, ou seja, negocia com o correntista um valor que é da própria pessoa. Tem instituição Bancária, que está oferecendo 100% da restituição até a quantia de R$20,000,00 a ser restituído.

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