Como construir uma carteira previdenciária para uma aposentadoria tranquila

Aprenda como construir uma carteira previdenciária e garantir sua renda passiva!

Escrito por Tiago Reis

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O brasileiro que quiser tranquilidade na velhice, precisa se preparar e começar a construir sua própria carteira previdenciária. Sim, infelizmente, não dá para contar com o sistema público de previdência, o INSS, e quem quiser garantir uma aposentadoria digna precisa pensar nisso o mais cedo possível. 

Há anos o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que é uma autarquia do Governo Brasileiro vinculada ao Ministério da Economia, tem se mostrado ineficiente na manutenção do Regime Geral da Previdência Social. É um rombo e funciona quase como um esquema piramidal, onde os antigos contribuintes são financiados pelos novos contribuintes e isso gera um déficit público gigantesco. 

Sabendo disso, é ingenuidade ou falta de informação contar com a aposentadoria pública. Portanto, construir uma carteira geradora de renda não é bobagem, mas sim necessidade. E, para isso, não existe investimento melhor, mais democrático, do que os instrumentos fornecidos pelo mercado de capitais. Eis a primeira coisa que você deve saber: não existe a construção de uma carteira previdenciária sem o investimento em renda variável. Quem quer construir uma carteira visando o longo prazo tem que aprender como investir em ações

Hoje vou contar um pouco sobre como construir uma carteira previdenciária diversificada com tranquilidade, sem precisar acompanhar tão de perto todos os dias as movimentações do mercado. 

O modelo da carteira previdenciária de Yale, importante faculdade norte-americana, é o meu favorito. Isso porque a ideia dela se baseia em comprar muita renda variável, mas que tenham correlação baixa entre elas, o que faz com que  a carteira como um todo tenha uma baixa volatilidade. 

A carteira de Yale é composta por global equities (ações), cerca de 30%, private equity, cerca de 20%, real assets (imóveis), cerca de 20%, hedge funds (multimercados), cerca de 25%,  fixed income (renda fixa), cerca de 5%. 

Mas, como traduzir essa abordagem para o Brasil?

O investidor pode ter uma combinação de alguns ativos: ações nacionais, ações estrangeiras ou exportadoras, fundos imobiliários, títulos públicos e privados e small caps. 

E o que cada um desses ativos tem? 

  • Ações das empresas nacionais: historicamente têm um retorno positivo, mas tem volatilidade maior. O foco do investidor deve ser investir em empresas que tenham solidez financeira, baixo endividamento e que tenham margens altas, pois, se vier uma crise, estão longe de operar em prejuízo;
  • Fundos imobiliários: é muito interessante para quem quer investir em imóveis, porque é possível se expor ao mercado imobiliário com pouco dinheiro, a partir de R$ 100 reais, com dividendos mensais e menos volatilidade que as ações;
  • Ações estrangeiras: a grande vantagem é que você se expõe a uma moeda forte, já que o real é muito volátil. Como todo mundo tem uma parte dos gastos em dólar, mesmo quem não viaja para fora, é bom ter parte dos seus ativos expostos à moeda americana. Além disso, ter receitas produzidas em um país que não é seu é uma estratégia de proteção: quando tem crise no Brasil, não necessariamente vai ter uma crise onde essas empresas ficam;
  • Small caps: investir em empresas menores, mas que têm potencial acima da média é uma boa ideia. As small caps, em quase todos os mercados, superam o rendimento médio das ações, obviamente com muito mais volatilidade, já que são empresas de menor porte, com menos acesso à capital e que, por não terem tanto caixa, podem sofrer mais em crises. Ainda assim, é bom mantê-las em sua carteira, mas não sem antes fazer uma boa e completa análise da empresa e do mercado que ela está inserida;
  • Títulos públicos: são os que oferecem menos risco, menos volatilidade e podem ser usados como reserva de emergência.  Em uma crise, quando as empresas podem deixar de distribuir capital, é possível recorrer ao dinheiro dos seus títulos para gastos ou ainda aproveitar as oportunidades que as crises geram.

Acredito que estruturando uma carteira previdenciária nestes moldes, você estará seguro quando chegar a hora de se aposentar. Ter ativos distintos, de fontes diferentes, que te paguem renda, é essencial. Se você começar logo, não terá dor de cabeça no futuro. 

E você, já começou a pensar na sua aposentadoria?

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