Taxa de juros: o que é, como funciona e quais tipos existem?

Saiba neste post tudo sobre taxa de juros, como ela funciona e as principais operações financeiras que utilizam esse componente no cálculo.

Escrito por Karina Carneiro

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Taxa de juros: o que é, como funciona e quais tipos existem?

Provavelmente você já ouviu falar sobre a taxa de juros em operações financeiras, do cartão de crédito, ou mesmo, nas matérias da época da escola, não é mesmo?

Afinal, esse conceito é popular, e está presente em diversas situações do cotidiano, influenciando diretamente na nossa relação com o dinheiro.

Por esse motivo, é fundamental conhecer bem sua aplicação, os tipos que existem e qual a importância de cada um.

Assim, o iDinheiro preparou um guia especial sobre a taxa de juros, o que é, como ela funciona e como ela impacta a sua vida.

Confira!

O que é a taxa de juros?

Antes de entender como funciona a taxa de juros, é importante definir o conceito dessa remuneração.

Basicamente, juros são uma porcentagem aplicada sobre um valor, durante determinado período de tempo. Ou seja, ele está diretamente relacionado a esses dois fatores.

Por isso, é comum que muitas pessoas associem os juros às operações financeiras, e não à toa, afinal, esse conceito é uma parte essencial da economia.

No entanto, as taxas de juros não estão presentes apenas em transações bancárias, por exemplo. É possível encontrá-las no dia a dia, na forma de compras, parcelamentos e na inflação.

Dessa forma, podemos definir que os juros são um acréscimo aplicado em certa quantia, enquanto as taxas propriamente ditas definem o valor que será cobrado.

Em um exemplo prático, imagine a realização de um empréstimo de R$ 5.000 no banco, parcelado de 6 vezes, com taxa de juros de 2,33% ao mês. Usando a calculadora do iDinheiro, temos:

Calculadora do iDinheiro exemplificando o cálculo da taxa de juros compostos
Exemplo da taxa de juros

Você sabe que serão cobrados os juros compostos que será a remuneração da instituição financeira que prestou o serviço de crédito à você.

Então, aplicando a taxa de juros, sabemos que a remuneração paga ao banco será de R$ 740,98. Ou seja, você contratou R$ 5 mil e, somando as parcelas que você vai pagar, ao final, terá retornado R$ 5.740,98.

Ambos os conceitos, ou seja, taxa de juros e juros remuneratórios, atuam juntos no mercado financeiro, funcionando como uma compensação do dinheiro aplicado.

No dia a dia, a taxa de juros também possui um papel muito importante. Ela está presente, por exemplo, nas parcelas de uma compra.

Por isso, é fundamental conhecer mais sobre essa concepção e como ela funciona.

Quais tipos de taxa de juros existem?

Depois de entender mais sobre o que é esse conceito, chegou o momento de conhecer os tipos de taxa de juros que existem.

Cada modalidade exerce uma função distinta nos diferentes cenários onde são aplicadas. E, embora muitos acreditem que só existem dois tipos principais, essa remuneração pode ser dividida em outras categorias.

Juros simples

Os juros simples são a categoria mais popular e conhecida dessa remuneração. Inclusive, é um conceito ensinado ainda no ensino fundamental, e faz parte das operações matemáticas básicas.

Em resumo, a taxa não se altera com o passar do tempo, sendo aplicada apenas no valor inicial. No entanto, é incomum no mercado financeiro.

Juros compostos

Enquanto isso, os juros compostos são uma aplicação mais utilizada em operações financeiras, especialmente empréstimos e investimentos.

Isso porque a soma é realizada sobre o montante de cada mês, e não sobre o valor inicial. Essa categoria também é conhecida como “juros sobre juros”, pois incide sobre o juros anterior.

Essa taxa pode ser vista como positiva ou negativa, dependendo de sua aplicação. Para investimentos, vale a pena obter a aplicação dos juros compostos, que representam maior lucratividade.

Por outro lado, essa modalidade não é benéfica para pessoas endividadas, cujos débitos aumentam consideravelmente a cada mês.

Juros moratório

Essa taxa, também conhecida como juros de mora, é um valor que incide sobre o atraso de pagamentos.

A tarifa costuma ser calculada sobre a quantia em aberto. Além disso, é comum a cobrança diária deste juros.

Por isso, quanto mais tempo uma pessoa leva para pagar determinada conta, maior será o juros pagos ao final.

Juros nominais

Os juros nominais possuem a função de representar quanto uma aplicação rende, de forma bruta. Ou seja, também inclui as correções monetárias e os rendimentos a partir da inflação atual.

Essa categoria costuma estar presente em especulações de investimentos e outras aplicações financeiras.

Juros reais

Enquanto isso, os juros reais calculam o rendimento de uma aplicação sem considerar a correção monetária e a inflação atual.

Dessa forma, um investidor pode avaliar seus recebimentos de maneira mais concreta.

Juros rotativos

A taxa de juros dos rotativos também é bastante popular no mercado financeiro, por se tratar de uma cobrança relacionada ao uso do cartão de crédito.

Ela funciona nos moldes do juros compostos, a grande questão é que, o crédito rotativo, como é o caso do cartão de crédito e cheque especial, é um dos mais caros do mercado justamente pela facilidade de contratá-lo.

Quem tem o cheque especial na conta corrente não precisa pedir aprovação para o banco antes de usá-lo, não é mesmo?

Então, basicamente, essa remuneração incide sobre o atraso do pagamento da fatura do cartão, e também do cheque especial, como falamos.

Inclusive, pode ser uma das modalidades responsáveis pelo endividamento dos usuários desse recurso.

Por isso, é importante atentar-se para as datas de pagamento, e conhecer os juros rotativos de cada banco.

Para que serve a taxa de juros?

Cada taxa de juros possui funções e aplicações diferentes. De forma geral, trata-se de uma ferramenta para remunerar as operações de crédito e investimentos, mas pode ser aplicada em outras situações financeiras.

Em caso de empréstimos e financiamentos, essa cobrança atua como uma remuneração paga pelos tomadores, pela cessão de um dinheiro que não possuem.

Por outro lado, os juros também podem ser um incentivo para a movimentação do capital através de investimentos.

Além disso, esse recurso também possui um papel fundamental no Estado, através da inflação e todos os setores que esse aumento impacta.

Quais operações financeiras têm essas taxas?

Como mencionamos, existem diversas categorias de taxa de juros, cada uma com características e influências distintas.

No entanto, um dos segmentos que mais apresentam esse conceito é, sem dúvidas, o mercado financeiro.

Isso porque a movimentação do capital gera determinadas remunerações, seja na forma de recebimentos ou pagamentos.

Mas os juros não estão presentes apenas em grandes transações bancárias. Pelo contrário, podemos observar a influência dessa cobrança em várias situações do dia a dia.

Por isso, você confere agora algumas das principais operações financeiras que possuem taxa de juros:

Empréstimos

De fato, o empréstimo é a operação mais utilizada para ilustrar a atuação dos juros.

Esse serviço sempre apresenta taxas de remuneração, podendo ser menos ou mais em conta, a partir da instituição financeira que oferece o contrato.

As taxas costumam ser aplicadas mensalmente, e os juros compostos são a modalidade mais aplicada.

Entretanto, também é possível incidir mais de um tipo de cobrança nos empréstimos. Por exemplo, taxas de juros no atraso do pagamento, além da remuneração sobre o valor final.

Cartão de crédito

Além dos empréstimos, o uso do cartão de crédito também é uma operação comum no cotidiano popular.

Neste recurso, a taxa de juros costuma incidir sobre parcelamentos e atrasos no pagamento da fatura.

Mas, é fundamental se atentar para essas taxas de juros e, claro, evitar ter que pagá-las para assim, manter uma boa saúde financeira.

Cheque especial

O cheque especial é uma alternativa para quem precisa realizar pagamentos, mas não tem saldo disponível na conta.

No entanto, apesar da facilidade, essa linha de crédito pré-aprovado possui algumas das maiores taxas de juros do mercado. Em média, as tarifas são de 8% ao mês em bancos convencionais.

Por isso, é importante considerar bem antes de utilizar esse recurso, e atentar-se para as datas de pagamento.

Parcelamentos

De modo geral, os parcelamentos também são uma das operações financeiras mais comuns no cotidiano.

Seus principais exemplos, são:

  • em uma compra no cartão de crédito;
  • no pagamento de uma fatura ou boleto;
  • na negociação de dívidas;
  • no caso de multas ou cobranças públicas.

Cada situação, recurso e instituição financeira possuem suas próprias taxas de juros quando o usuário aciona o parcelamento.

Entretanto, é importante se lembrar que, mesmo que as tarifas sejam acessíveis, elas continuam sendo cobradas.

Investimentos

Por outro lado, a taxa de juros também pode incidir positivamente em operações financeiras, como é o caso de investimentos.

Neste contexto, a remuneração promove rendimentos, ou seja, maiores lucros para o investidor.

Assim, quanto maior a taxa de juros de uma aplicação, mais ganhos ela apresenta.

Como mencionamos, isso também serve de incentivo para que o capital continue se movimentando ativamente.

Por isso, existem diversos tipos de investimentos, com taxas que combinam com diferentes perfis.

Taxa básica de juros: o que é e como funciona?

O cenário econômico brasileiro também conta com uma taxa de juros fundamental para regular o mercado: a Selic.

Também conhecida como taxa básica de juros, o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) é usada como referência para a maioria das taxas praticadas no mercado. Por exemplo, os juros de:

  • empréstimos;
  • consignados;
  • parcelamentos;
  • investimentos;
  • cheque especial;

Além de determinar se o crédito se tornará mais ou menos acessível para os consumidores.

O Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne a cada 45 dias, define os rumos da taxa Selic visando o controle financeiro brasileiro.

Em resumo, é a taxa Selic que controla os índices financeiros, inclusive um dos mais conhecidos, a inflação.

Taxa básica de juros e inflação

A taxa Selic influencia diretamente o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o principal indicador da inflação.

Isso porque esse índice acompanha o aumento ou redução generalizada dos preços, que segue o mercado e o poder de compra.

Por sua vez, esses conceitos dependem da taxa básica de juros, que pode facilitar, ou dificultar, o acesso ao crédito.

Entendendo na prática

Se a taxa Selic aumentar, os investimentos nos títulos públicos também crescem, por terem maior rentabilidade.

Enquanto isso, se ela diminui, a taxa de juros dos bancos também acompanha a queda, o que proporciona um maior acesso ao crédito, como empréstimos e financiamentos, por exemplo.

Dessa forma, o consumidor pode gastar mais, ou seja, adquirir mais bens. No entanto, isso pode causar um grande aumento da demanda, superando a oferta.

Consequentemente, os preços sobem, o que leva a uma situação de inflação.

Por outro lado, se a Selic diminuir, a movimentação de investimentos também diminui e o acesso ao crédito fica mais restrito.

É por esse motivo que a Selic e o IPCA estão diretamente relacionados, e essa taxa básica de juros é tão importante no cenário financeiro.

Conclusão: por que aprender sobre taxa de juros?

A taxa de juros está presente no dia a dia de todos os consumidores, seja através de operações financeiras, do poder de compra ou no preço das mercadorias.

Por isso, é fundamental compreender esse conceito e entender porque ele é tão importante no mercado.

Apesar de comum, existe mais de um tipo de modalidade dessa taxa, que incide de modos distintos sobre cada situação.

Assim, para ter um maior controle do seu dinheiro e de como ele é aplicado, é importante aprender sobre a taxa de juros e, principalmente, como utilizá-la ao seu favor.

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