A projeção da inflação para este ano e para o ano que vem sofreu elevação, segundo o Boletim Macrofiscal, divulgado pelo Ministério da Economia na última terça-feira, 17.
A inflação prevista para 2020 foi de 1,83%, em setembro, para 3,13%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). A meta é que fique até em 4%, com tolerância de 1,5% para mais ou para menos.
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De acordo com o Ministério da Economia, a alta nos alimentos foi a responsável pelo aumento na projeção de setembro. Além deles, os materiais de construção também encareceram nos últimos meses.
O governo justifica a alta inflação pelo aumento de demanda ocasionada pelo auxílio emergencial. Apesar disso, garante ser “transitória e setorial” e que será controlada após o fim da concessão do benefício. Por outro lado, também não descarta a extensão do auxílio em caso de uma segunda onda de Covid-19 no Brasil.
Para conter a alta, o governo já cortou tarifas de importação sobre o arroz, o milho e a soja – alimentos que tiveram as altas mais críticas.
Em virtude disso, a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação sentida por famílias com renda até cinco salários mínimos, para este ano é ainda mais alta: chegando aos 4,1%, quase o dobro da projeção de setembro, de 2,4%.
Projeção da inflação para 2021
A projeção da inflação é ainda mais pessimista para 2021. De acordo com o IPCA, a perspectiva para o ano que vem é de 3,23%. Em setembro, a previsão era de 2,94%. O INPC foi de 3,08% para 3,2%.
A meta da inflação para 2021 é de 3,75%, também contando com 1,5% de tolerância.
Tombo do PIB
Ainda de acordo com o Boletim Macrofiscal, a perspectiva é de uma retração menor para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano. Em maio, era de -4,7%, enquanto agora foi para -4,5%. Trata-se de uma projeção levemente mais otimista que a do mercado, que aponta -4,66%.
Por outro lado, para o terceiro trimestre deste ano, a projeção do governo é que a economia brasileira cresça 8,3% na comparação com o período anterior.
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