Como começar um planejamento mensal para cuidar do seu dinheiro de maneira efetiva

Você já tem um planejamento financeiro mensal? Aprenda como fazer o seu, ferramentas e dicas para melhorar sua relação com o dinheiro!

Escrito por Melissa Nunes

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Como começar um planejamento mensal para cuidar do seu dinheiro de maneira efetiva

Você que está lendo esse texto hoje, provavelmente veio em busca de ajuda para cuidar melhor do seu dinheiro, certo?

Problemas financeiros são bastante comuns, visto que a maioria de nós não foi educada, na infância, nesse sentido.

E eles são os mais diversos:

  • gastar mais do que ganha;
  • não ter nenhum tipo de controle de caixa;
  • estar endividado ou inadimplente;
  • não ter nenhum dinheiro para emergências;
  • não guardar nada para o futuro, etc.

Apesar de tudo isso, nunca é tarde para começar a administrar seu patrimônio e tomar melhores decisões. Assim, você poderá levar uma vida mais tranquila e com menos preocupações, concorda?

Então, aprenda, hoje, o que é um planejamento financeiro e como fazê-lo mês a mês, além de entender o que pode estar te impedindo de progredir!

O que é um planejamento mensal?

O planejamento mensal consiste em uma série de estratégias e hábitos que têm como objetivo trazer controle e previsibilidade para quem o faz.

Ele pode referir-se a qualquer área da vida, mas, aqui, vamos focar no planejamento financeiro mensal, que é direcionado ao modo como lidamos com nosso dinheiro.

Ainda assim, vale reforçar que não existe um planejamento igual ao outro. Isso porque um plano bem feito leva em consideração aspectos pessoais de cada um, como estilo de vida, perfil de consumo, metas futuras, entre outros.

Portanto, o que vamos apresentar aqui é um direcionamento, mas você pode e deve adaptá-lo para a sua realidade e adotar aquelas ideias que realmente fazem sentido para você.

Quais as vantagens de fazer um planejamento mensal?

Bem, é possível que você já tenha entendido como o planejamento financeiro pode ser muito vantajoso.

Mesmo assim, vamos reforçar alguns pontos, só para ficar mais claro dos benefícios que você pode encontrar:

  • ter controle de receitas e despesas;
  • desenvolver capacidade de poupança;
  • traças metas realistas e realizáveis;
  • proteger-se de imprevistos;
  • se preparar para o futuro e para a aposentadoria;
  • nunca mais se endividar.

Muito mais do que isso, o controle financeiro promove tranquilidade, pois o dinheiro deixa de ser uma preocupação do dia a dia e passa a ser um instrumento a seu favor!

Então, vamos aprender como fazer tudo isso?

Por onde começar o planejamento financeiro mensal?

Parece tudo ótimo até aqui, mas por onde começar?

Essa é a dúvida de muitos e, geralmente, acaba paralisando as pessoas, que desistem antes mesmo de dar o primeiro passo, pois se sentem perdidas.

Mas vamos deixar esse caminho mais fácil para você, basta seguir o raciocínio que tratamos daqui pra frente.

Controle de receitas

Pense comigo: quando você precisa organizar uma gaveta, por onde começa?

Primeiramente, precisamos tirar tudo de dentro para conseguir ter clareza do que tem lá, concorda?

Com as finanças pessoais é a mesma coisa! Para começar seu planejamento mensal, você precisa entender como está sua vida financeira.

Por isso, você pode partir das suas receitas, isto é, do que você recebe no mês, a sua renda. Você sabe, na ponta da língua, quanto ganha (líquido)?

Por incrível que pareça, muita gente não sabe responder essa pergunta. Então, comece respondendo essas perguntas, que você pode anotar em um caderno, no celular ou no computador. Não se preocupe, você não precisa definir um método de controle ainda.

  1. Qual é ou quais são suas fontes de renda?
  2. Dessas, qual é a principal?
  3. Quanto você recebe de cada uma, em média? Considere, sempre, o valor líquido.
  4. Como você recebe cada uma? Em dinheiro? Na conta bancária? Em forma de benefício (não esqueça que seu VR também faz parte das receitas)?
  5. Quando você recebe cada uma? No início, no fim ou ao longo do mês todo?

Pronto, agora já dá pra ter uma boa ideia de onde vêm suas receitas, onde elas estão e quando entram na sua conta. Isso dá uma boa ideia do seu faturamento mensal, facilitando previsões futuras.

Aliás, se você tem apenas uma fonte de renda, vale pensar em desenvolver, pelo menos, mais uma ou duas. Não é o mais seguro ficar dependente de um lugar só!

Ah, e um conselho aos autônomos: se você costuma ter suas receitas espalhadas pelo mês, considere se existe algum jeito de concentrá-las em uma ou duas semanas. Isso, com certeza, vai te ajudar muito no controle.

Controle de despesas

Essa etapa pode ser um pouco mais dolorosa, pois é a hora de ver para onde está indo seu dinheiro, afinal.

Se você não tem nenhum tipo de controle de despesas, fazer o seu planejamento mensal será um pouco mais trabalhoso, mas vai valer a pena.

Você pode começar usando a sua memória, quer dizer, coloque no papel todos os custos mensais que puder lembrar, começando por aqueles que acontecem todos os meses (despesas fixas) e depois os esporádicos ou que variam muito.

Em seguida, consulte seu extrato bancário, boletos e o que mais tiver que possa confirmar seus dados. Se sua memória passou longe da realidade, é um sinal de que você precisa ainda mais dessa organização.

Depois de ter tudo anotado, veja se consegue definir qual é seu custo de vida e responder essas perguntas:

  1. Quanto eu preciso para viver com o básico no mês?
  2. Quanto eu preciso para viver confortavelmente no mês?
  3. Essa quantia é maior do que a minha renda mensal ou não?

Se você vive com outras pessoas, vale fazer essas contas juntos. Afinal, os gastos da casa, pelo menos, são em família e não individuais.

Após todo esse processo, vale fazer uma boa análise dos seus gastos, mesmo que você gaste menos do que ganha (e principalmente se gasta mais do que ganha). Seja sincero consigo mesmo, mas sem julgamentos.

Se algo não fizer sentido nessa lista, corte. Se achar que algo pode ser mudado ou diminuído, faça isso também.

Aqui, vale lembrar algo que talvez te ajude: o seu dinheiro é fruto do seu trabalho, esforço e tempo de vida, e, portanto, você deve utilizá-lo a seu favor. Não desperdice esse recurso, ele é finito.

Investimentos

Por fim, depois de entender como está a sua vida hoje, é hora de cuidar do seu futuro.

Mesmo que você pense algo como “vou gastar tudo, pois posso morrer amanhã”, as chances são de que você vai sobreviver (afinal, você está aqui hoje, não é).

Então, depois de avaliar seus gastos, o ideal é que você tenha recursos disponíveis para guardar para uso futuro.

E isso pode significar muitas coisas, mas vamos trabalhar com 3 categorias principais: reserva de emergência, aposentadoria e metas.

1. Reserva de emergência

Caso você ainda não tenha uma reserva monetária, essa deve ser sua prioridade, pois é ela que vai segurar as pontas quando houver gastos inesperados no mês.

Não existe um valor exato, mas o consenso dos especialistas é que ela seja de 3 a 6 meses do seu custo de vida.

Contudo, isso não é pouco dinheiro e sabemos que nem sempre é fácil juntar. Por isso, não se preocupe em juntar uma grande quantia logo de cara, vá no seu tempo.

Se você é autônomo, pode ser mais prudente ter uma reserva mais “gordinha”, visando maior segurança caso as coisas não saiam como o planejado.

E onde guardar essa reserva? Primeiramente, esqueça a poupança. Existem muitos outros investimentos que rendem todos os dias e são muito melhores. Aqui vão algumas sugestões:

  • Tesouro Selic;
  • CDBs 100% CDI e liquidez diária;
  • fundos DI que rendam acima do CDB;
  • contas que rendem.

O importante é que seja algo seguro e facilmente resgatável (por isso a liquidez diária), além de ser previsível.

2. Aposentadoria

É bem provável que você esteja contando com a sua aposentadoria do INSS daqui uns anos, certo? Porém, tenho uma má notícia: são grandes as chances dela não ser suficiente.

Existem muitos estudos que comprovam que a aposentadoria, como conhecemos hoje, não será sustentável no longo prazo. Isso porque a população do Brasil está envelhecendo e, em algum momento, a classe trabalhadora não conseguirá mais sustentá-la.

E mais, ainda passaremos por várias reformas na previdência que podem atrasar bastante a idade mínima e o tempo de contribuição do trabalhador para se aposentar.

Portanto, em vez de esperar que a situação simplesmente se resolva, devemos agir e destinar uma parte dos nossos investimentos para esse fim.

Nesse caso, prefira títulos com prazos longos, preferencialmente atrelados à inflação, pois protegem o poder de compra do seu dinheiro.

Uma ótima opção é o Tesouro IPCA+, um dos mais seguros do país. Além disso, existem outras alternativas mais arriscadas, como os fundos imobiliários e as ações, mas esses exigem um certo nível de conhecimento antes de serem explorados.

3. Metas

Por fim, você também pode destinar parte do seu capital para metas de curto e médio prazo, como viagens, compras, entre outros.

Por mais que seja necessário pensar no futuro e nos prepararmos para imprevistos, não podemos nos esquecer do presente e do futuro próximo.

Então, procure estabelecer algumas poucas metas e junte dinheiro para realizá-las. Mas não esqueça que elas precisam ser atingíveis. Se forem muito longas ou muito caras, as chances de você se frustrar são grandes.

Portanto, planeje a meta, o prazo, a motivação para essa realização e, também, uma estratégia, ou seja, como você vai atingi-la.

É muito importante que você tenha clareza de tudo isso, pois, quanto mais claro, menores são as chances de você desistir no meio do caminho.

Existem, inclusive, alguns aplicativos que podem te ajudar nos mais diferentes tipos de metas, caso você sinta dificuldade de fazer sozinho.

Depois de definir tudo isso, procure investimentos que estejam de acordo com as características que você precisa.

Ferramentas para o planejamento mensal

Agora, sim, chegou a hora de escolher um método para o seu controle.

Se quiser, você pode anotar tudo à mão, não tem problema nenhum. Porém, queremos sugerir dois tipos de controle de orçamento que podem ser muito convenientes caso você se adapte a eles: as planilhas e os aplicativos.

Planilhas

Muitas pessoas têm aversão à planilhas, provavelmente porque elas passam uma ideia de serem complicadas ou entendiantes.

No entanto, essa ferramenta pode ser de grande ajuda quando falamos em organização financeira. Veja algumas vantagens em usar planilhas:

  • fácil visualização de dados;
  • você pode editar quando precisar, sem fazer rasuras;
  • são altamente personalizáveis e adaptáveis;
  • permitem a inclusão de gráficos para melhor entendimento de dados;
  • você não precisa fazer as contas, ela faz tudo para você;
  • é possível consolidar dados de várias páginas em uma só.

Além disso, você pode optar por opções online, como o Google Planilhas, que permite que você acesse pelo celular ou outro computador, basta logar na sua conta.

Então, se quiser saber mais sobre planilhas, consulte esse artigo com 17 tipos para você escolher!

Aplicativos

Os apps, mais moderninhos, também possuem uma infinidade de possibilidades para o planejamento mensal.

A grande vantagem é que eles cabem, literalmente, na palma da sua mão, além de ir junto com você para qualquer lugar.

Isso é muito útil para aqueles momentos em que estamos fazendo algum tipo de compra, pois já podemos logo anotar as informações no smartphone, sem correr o risco de esquecer ou perder os dados.

Alguns, inclusive, apresentam também uma versão online, onde você pode visualizar suas informações com mais facilidade.

Dentre as opções disponíveis, existem muitos aplicativos e com funcionalidades diversas. O ideal é que você teste alguns, para, então, escolher aquele que mais atende às suas necessidades.

Nesse artigo, falamos sobre 15 apps para você experimentar!

Por que as pessoas desistem do planejamento mensal?

Apesar do passo a passo claro, de saber exatamente o que é preciso fazer para organizar as finanças, muitas pessoas acabam desistindo no meio do caminho.

Por que será que isso acontece? Temos algumas hipóteses, acompanhe abaixo.

Falta de organização

Esse, geralmente, é o problema da maioria. Isso porque a maioria sabe que precisa fazer seu planejamento, procura sobre o assunto, mas não consegue achar um método de organização.

Ou, então, faz alguns testes, mas acaba deixando de lado, seja por esquecimento ou por não ter encontrado o método certo para ela.

Organização demais

O contrário também é verdadeiro.

Se você já tentou começar um planejamento financeiro, provavelmente pensou algo como: “agora vai! Agora vou conseguir me organizar! Vou baixar essa e essa planilha e também uns 3 aplicativos, além de usar um caderno pra anotar!”

No fim das contas, o que acontece é que exploramos tantas possibilidades, que tornamos o processo tão complexo e acabamos desistindo de todas ou não sabendo administrá-las.

Portanto, o melhor é sempre escolher um método de cada vez e só passar para o próximo quando entender que aquele não faz sentido para você.

Lembre-se, menos é mais!

Cortar tudo o que é bom

Outro grande erro é, na fase de cortes de despesas, cortar tudo o que a pessoa considera ser supérfluo. Isso porque ela acredita que, assim, vai conseguir poupar mais e reduzir as despesas.

Realmente, às vezes é preciso ser um pouco mais rigoroso, caso a pessoa esteja em uma situação mais complicada ou desesperadora.

Entretanto, cortar tudo aquilo que nos traz prazer é uma das piores estratégias que podemos adotar. Simplesmente porque não é sustentável.

No fim, o que acontece, é que acabamos nos sentindo frustrados por não conseguir usar o dinheiro para o nosso bem estar e desistimos de todo o planejamento.

Por isso, jamais corte todo o seu lazer. O que você pode fazer é impor limites que sejam saudáveis para o seu orçamento, mas sem comprometer sua qualidade de vida.

Mudança de planos

Fazer um planejamento não significa, necessariamente, que tudo vai sair de acordo com o plano. Sim, é decepcionante quando temos algo em mente, mas as coisas não parecem acontecer como o esperado!

Portanto, o melhor que podemos fazer, é planejar aquilo sobre o qual temos controle e aceitar aquilo que não podemos controlar.

O planejamento mensal serve para nos dar mais segurança e previsibilidade, mas não pode ser tão rigoroso a ponto de não funcionar caso precisemos de um plano B.

Então, procure explorar diferentes cenários e tornar seus planos o mais flexível possível. Inclusive, a reserva de emergência é uma maneira de fazer isso.

Assim, quando o inesperado acontecer, você não vai precisar começar tudo do zero novamente.

Sensação de prisão

Você acha que controlar suas finanças é uma forma de prisão?

Pode ser que sim, e isso é um grande impedimento para muitos, pois existe a ideia de que dinheiro é para ser usado, e, de preferência, como a pessoa bem entender.

Porém, o planejamento, na verdade, tem o objetivo de direcionar suas escolhas financeiras. Afinal, usar seu dinheiro de qualquer maneira não quer dizer que você está fazendo bom uso.

Quando estabelecemos o controle, somos capazes de fazer escolhas melhores e que tenham mais a ver com a gente.

Então, na realidade, o planejamento proporciona a liberdade de ter o dinheiro a seu favor, em vez de você ser controlado por ele.

Afinal, vale a pena fazer um planejamento mensal?

Sinceramente, não tem como chegar no fim desse texto pensando em algum aspecto negativo sobre o planejamento financeiro mensal.

Tá certo, pode não ser o processo mais prazeroso do mundo, mas tenho certeza que você vai se sentir bem melhor quando começar a ver os resultados!

Esperamos que esse texto tenha trazido mais clareza para sua jornada que você consiga, em breve, alcançar sua prosperidade financeira. O primeiro passo pode ser o mais difícil, mas os benefícios são irreversíveis.

Mas não esqueça que esse é um caminho que nunca chega ao fim. Portanto, depois de passar pelas etapas descritas, não esqueça de retomar seu planejamento, fazer ajustes e adaptar conforme o necessário.

Assim, você garante que vai, cada vez mais, tomar melhores decisões quanto ao seu dinheiro!

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