O que é cotação? Entenda como ela é calculada e como buscá-la!

A cotação é a responsável pelas variações de preços e tem tudo a ver com a lei da oferta e demanda.

Escrito por Melissa Nunes

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Imagine que você quer comprar um imóvel para morar e seu objetivo é pagar até R$ 150 mil. No entanto, o preço do apartamento que você gostou é R$ 250 mil! Esse valor representa a cotação do imóvel e está fora do seu controle.

A mesma ideia pode ser aplicada a outros produtos, bens e até ativos financeiros. A diferença entre eles é que a cotação de um pode durar muitos anos — como no caso do imóvel — e de outro pode durar apenas algumas horas, minutos ou segundos.

Por esse motivo, entender o que é cotação de preços é fundamental para fazer boas escolhas financeiras. Veja, neste post:

  • o que é cotação e por que ela é importante;
  • como funciona a cotação de ações;
  • como funciona a cotação de dólar e outras moedas;
  • e como buscar a cotação de uma ação.

O que é cotação

O termo cotação se refere à definição de preço de um ativo em um momento específico. Geralmente, ele depende de oferta e demanda, mas também sofre interferência de outros fatores. Na prática, se a procura aumenta, o preço também se eleva. Por outro lado, se a oferta for maior, a cotação cai.

Essa movimentação pode ser verificada no mercado imobiliário. Voltando ao exemplo anterior, fica fácil entender que, se a cotação do imóvel é R$ 250 mil, é porque provavelmente há demanda para esse preço. No entanto, se o mercado da construção civil estiver em crise, haverá mais oferta de imóveis no mercado. Com isso, o proprietário tem duas opções:

  • diminuir o preço para tornar o bem mais competitivo;
  • manter o preço e esperar por um comprador, o que pode levar bastante tempo.

Por sua vez, você, como comprador, tem mais chance de barganha. Ou seja, pode tentar negociar o preço em vez de escolher outro imóvel que tenha um valor mais baixo.

Por que a cotação é importante

O principal objetivo da cotação de preços é mostrar qual é o consenso do mercado e dos agentes envolvidos na formação do valor do ativo. Em outras palavras, é praticamente uma ferramenta de comparação.

Ao fazer essa análise, é possível saber quanto as pessoas estão dispostas a pagar por um ativo e quanto ele vale em determinado momento. Da mesma forma, você descobre se o preço está justo ou não. A partir disso, é possível encontrar as melhores condições para decidir o momento mais adequado de comprar. Isso porque você consegue analisar as condições ao longo do tempo.

Quer um exemplo simples disso? Basta ver os comparadores de preço tipo Buscapé e Zoom. Se você quer comprar um notebook, pode ver qual é a cotação de preços naquele dia a partir da pesquisa em vários sites. Mas esses comparadores trazem a informação na hora e ainda mostram qual foi o valor mais baixo cobrado por aquele produto.

Cotação de ações

A cotação de ações funciona da mesma forma que os exemplos apresentados. No entanto, a variação é constante e pode ser diária ou durar apenas algumas horas, minutos ou até segundos.

Aqui, é impossível determinar com precisão por quanto tempo o preço de determinado ativo se manterá. Isso acontece justamente por conta da oscilação (ou volatilidade), que pode ser pequena ou enorme dentro do mesmo dia.

O que leva a esse cenário? A resposta está, novamente, na lei de oferta e demanda. A depender do comportamento do mercado, essa mudança pode acontecer. Aqui, é importante entender a palavra mercado como sinônimo de investidores.

Para entender melhor, lembre-se de que, nesse ambiente da bolsa de valores, há vários compradores e vendedores das ações. Vejamos um exemplo a seguir.

Lei de oferta e demanda no mercado acionário

Imagine que a empresa X publica um relatório financeiro que mostra ter havido aumento de 10% no lucro durante o ano anterior. O que você faria? Possivelmente, investiria em ações da companhia ou aumentaria sua posição, caso já fosse acionista. Afinal, quanto mais lucro ela tiver, mais dividendos você tem a ganhar.

Ou seja, a demanda por esse ativo aumentaria, enquanto a oferta ficaria mais escassa. Como consequência, a cotação de ações aumenta, porque há mais gente procurando (isso é o que chamamos de força compradora).

Se ocorrer o contrário — isto é, prejuízo —, os investidores tendem a vender os ativos que já tem. Portanto, o preço diminui, porque há mais oferta (ou força vendedora).

Além da lei de oferta e demanda, existem outros fatores que interferem na cotação. Os principais são:

  • preço justo por cota da empresa, calculado via valuation, ou seja, o valor de mercado da empresa influencia o das ações;
  • eventos que descontam o preço, como o pagamento de dividendos, que “diminui” o caixa da empresa naquele momento;
  • notícias boas e ruins, como a do lucro ou prejuízo do exemplo citado. No entanto, pode ter relação com corrupção, demissões de funcionários e mais;
  • fatores externos não diretamente ligados à empresa, como grandes crises mundiais que causam medo no investidor. Um exemplo recente foi a pandemia do coronavírus, que derrubou as bolsas de valores globais, em 2020.

Cotação do dólar e outras moedas

Em relação à cotação do dólar, é importante entender que essa é a moeda usada como referência no mercado, ou seja, ela é usada em praticamente todas as operações de comércio exterior. No entanto, quando falamos desse assunto aqui no Brasil, nos referimos ao preço das moedas estrangeiras em comparação com o real. Em outras palavras, buscamos saber quanto cada uma delas vale no nosso país.

Por exemplo, quando dizemos que o dólar está 5 para 1, significa que 5 dólares valem R$ 1. Portanto, a moeda brasileira está bastante desvalorizada, enquanto a americana se valoriza. Nesse caso, compensa mais vender para outros países, ou seja, exportar.

A mesma movimentação pode acontecer com outras moedas. No entanto, algumas delas são desvalorizadas perante o real. Essa situação faz com que a importação seja mais interessante, já que fica mais barato comprar de outros países.

De toda maneira, a cotação do dólar e de outras moedas é flutuante, isto é, ela também oscila conforme oferta e demanda, sem manipulação qualquer do governo.

Ainda assim, existem casos em que o Banco Central interfere nas negociações por meio da compra e venda de dólares. O objetivo tende a ser evitar as oscilações muito grandes. Assim, a instituição governamental mantém os indicadores econômicos dentro do que está previsto, evitando uma alta da inflação ou da Selic, por exemplo.

Nesse caso, o que acontece é a chamada flutuação suja, ou seja, que sofre interferência do Banco Central na política cambial. Nem todos os países adotam essa medida, mas ela é relativamente comum no Brasil.

Como buscar a cotação de uma ação

Se você quer saber mais sobre o que é cotação, também precisa entender como procurá-la. No caso das ações, há várias alternativas válidas. Tudo depende do que você achar mais fácil. Veja as opções:

  1. pesquisar no Google pelo código da ação. Por exemplo, PETR4 traz a cotação da Petrobrás no momento da pesquisa, junto do gráfico com os preços dos últimos dias, semanas e até anos;
  2. pesquisar pela ação diretamente no home broker. Se você tem uma conta em uma corretora de valores, tem acesso ao livro de ofertas. Ali, você tem as informações em tempo real;
  3. usar um aplicativo, como TradeMap e Investing. Esses sites são especializados no mercado financeiro e trazem várias informações, inclusive a cotação de ações;
  4. pesquisar no site TradingView. Ele traz um resumo do mercado e dos ativos negociados;
  5. usar uma plataforma gráfica, geralmente disponibilizada pelas corretoras, onde você pode consultar gráficos e usar indicadores e alertas.

Com todas essas informações, você já sabe o que é cotação e sabe como pesquisá-la para tomar as melhores decisões. O ideal é entender a importância desse significado para aplicar a ideia em prática.

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