A alta da energia causada pelo acionamento de usinas térmicas é mais uma notícia ruim para as montadoras de carros, que têm enfrentado problemas com os reajustes frequentes nos valores dos insumos e a falta de peças. A tendência é que os veículos fiquem mais caros devido a este aumento.
Além disso, a diminuição de consumo nos últimos meses, gerada pelo número expressivo de trabalhadores que seguem em regime de trabalho home office, devido à pandemia, tende a ser excedida pelas alterações tarifárias.
Com informações da Folha de São Paulo.
Veículos mais caros impactam o setor aumotivo
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, afirma que o setor sofre o impacto dos aumentos de custos de insumos há mais de um ano, e relata que o possível aumento do custo de energia é visto com preocupação.
“O reajuste vai dificultar ainda mais o processo de retomada de vendas tanto da nossa indústria quanto dos outros setores da economia”, disse ao veículo.
O impacto da alta da energia nos custos de produção ainda será calculado pelas fabricantes, porém repasses são aguardados para os valores dos veículos.
Estratégia das montadoras
Desde a crise de 2014, os repasses diante de qualquer oscilação no mercado têm sido a estratégia das montadores, de acordo com o sócio da consultoria Bright, Paulo Cardamone.
A procura de rentabilidade depois de vários anos operando no vermelho, as montadoras mudam o portfólio de produtos e se esforçam menos para segurar os preços.
Simultaneamente, as fabricantes investem em soluções que aumentam a eficiência das suas linhas de produção, e a diminuição dos gastos com eletricidade faz parte do processo.
Por isso, as grandes empresas tem buscado compensar o gasto de energia pela geração mais limpa.
A Honda, por exemplo, é uma das fabricantes que investiram na geração de energia limpa. A montadora japonesa desenvolveu um parque eólico no Rio Grande do Sul.
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