O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, até o fim do ano, o plano é retirar o auxílio emergencial, a fim de que o governo se concentre na entrega das vacinas. A declaração foi dada durante discurso gravado na Conferência de Montreal, evento do Fórum Econômico Internacional das Américas.
“Até o fim do ano vamos retirar auxílio e nos concentrar em entregar as vacinas”, declarou. Segundo ele, não é possível concluir que o país está em uma segunda onda de contaminação por Covid-19. O ministro acrescentou que, muito em breve, o governo apresentará um plano de vacinação massiva da população.
“As pessoas estão voltando ao trabalho, a doença fez um retorno, mas não podemos falar em segunda onda”, afirmou.
Com informações da Exame.
“Vamos retirar auxílio e nos concentrar em entregar as vacinas”, diz Guedes: 2020 deve terminar com saldo zero no Caged
O ministro voltou a citar que é provável que 2020 termine com saldo zero no Cadastro de Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Após a perda de cerca de 1,2 milhão de postos entre março e maio, houve a criação líquida de cerca 1 milhão de vagas formais de julho a outubro.
Ele também argumentou que, depois da queda de 9,6% no segundo trimestre, a economia brasileira cresceu 7,7% no terceiro. Acrescentou ainda que a arrecadação já está na casa de dois dígitos.
Agenda de reformas continua
Por fim, Guedes repetiu que a agenda de reformas não foi paralisada, apesar do foco em medidas emergenciais durante a pandemia. Disse que a aprovação da autonomia do Banco Central (BC) no Senado impedirá que o aumento transitório dos preços de alimentos se transforme em inflação generalizada.
“Criamos um auxílio para as pessoas invisíveis durante a pandemia e elas gastam 100% disso”, afirmou ele, referindo-se à maior demanda por alimentos e material de construção.
De acordo com o ministro, a agenda de marcos regulatórios, como a lei do gás e do projeto que incentiva a navegação de cabotagem, deve continuar no ano que vem.
“Essa recuperação cíclica vai se tornar em crescimento sustentável em 2021, baseado em investimentos. Vamos acelerar as privatizações e o investimento privado vai crescer. Estamos abrindo economia para investimento estrangeiro e recuperando internamente a dinâmica de crescimento”, concluiu.
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