Na última quinta-feira, 10, o Tesouro Nacional fez um megaleilão de títulos públicos, um dos maiores da história. Foram vendidos R$ 57 bilhões, o que eleva para R$ 271 bilhões o reforço do seu caixa construído desde o começo de novembro.
Com isso, diminui muito o risco de rolagem dos R$ 650 bilhões da dívida pública que vencem nos quatro primeiros meses de 2021.
Com informações do Valor Investe e O Globo.
Tesouro Nacional faz megaleilão: objetivo é aproveitar a melhora do mercado vinda do exterior
Desde o começo de novembro, o Tesouro vem ampliando o volume de oferta de títulos públicos e, também, alongando o prazo desses papéis para aproveitar a melhora do mercado vinda do exterior.
E, o melhor, sem pagar mais caro por isso. Para se ter uma ideia, no dia 26 de novembro, o Tesouro vendeu LTNs, títulos prefixados, com vencimento em 2024 à taxa máxima de 6,5549%.
Na última quinta-feira, 10, apesar de o volume da oferta ter sido muito maior, o Tesouro pagou pelo mesmo papel uma taxa de 5,8275%.
“O Tesouro ganhou um fôlego importante para enfrentar os vencimentos dos próximos meses. Se não houver um aumento inesperado do déficit, é possível dizer que o risco de refinanciamento caiu”, disse o consultor independente da Ohmresearch Independent Insights, Sergio Goldenstein, que chefiou o Departamento do Mercado Aberto (Demab) do Banco Central (BC).
Governo fixa limite para déficit nas contas públicas em 2021
Também na última quinta-feira, 10, o governo fixou um limite para o déficit nas contas públicas em 2021. Segundo fontes ouvidas pelo O Globo, o rombo deve ficar um pouco acima de R$ 200 bilhões.
A decisão foi tomada depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou para o fato que trabalhar com uma meta flexível poderia resultar no descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
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