Em 2020, as startups brasileiras captaram em torno de R$ 18,1 bilhões, o que representa uma alta de 17% em comparação ao volume de 2019, que foi de R$ 15,8 bilhões.
Os valores são parte da pesquisa Inside Venture Capital Brasil, realizada pelo hub de inovação Distrito e publicada pelo portal NeoFeed.
Captação das startups brasileiras
De acordo a publicação, essa foi a maior cifra desde 2011, quando o levantamento teve início. O número de rodadas no ano também foi o mais alto da série, totalizando 469 aportes.
A maioria dos investimentos (337) foi nos estágios seed, pré-seed e anjo. Somados, os acordos resultam em um total de US$ 172 milhões.
As rodadas Series C lideraram o volume de recursos ao captar mais de US$ 800 milhões no período.
“Eu diria que 2020 foi o ano da resiliência e da consolidação do mercado de venture capital no Brasil. Muitos esperavam pelo pior. Mas a resposta de todo o ecossistema foi surpreendente”, afirmou o cofundador do Distrito, Gustavo Gierun, ao NeoFeed.
O ano foi liderado pelos 3 novos unicórnios do Brasil, a começar pela Loft, que, logo na primeira semana de 2020, recebeu um aporte de US$ 175 milhões.
Em setembro, a VTEX angariou um investimento de US$ 225 milhões. Já a Creditas, em meados de dezembro, recebeu US$ 255 milhões.
A gestora mais atuante do ano foi a Bossa Nova, com 27 rodadas. Em seguida, ficaram Canary e Domo Invest, com 23 e 20 aportes, respectivamente.
Setor financeiro
O setor financeiro foi o maior alvo de investimentos entre as startups brasileiras: foi levantado um total de US$ 1,7 bilhão em 90 acordos no ano.
Uma das startups foi a Neon, que captou US$ 300 milhões na rodada que a General Atlantic liderava.
Por outro lado, as healthtechs captaram US$ 104 milhões em 49 acordos, o segundo maior volume de aportes.
Um deles foi o da Sami, que captou R$ 84 milhões junto a fundos como Valor Capital e Monashees, em outubro.
Startups brasileiras do Varejo
Em seguida veio o varejo veio, com 40 investimentos que resultaram em US$ 360 milhões.
Ademais, o segmento teve destaque na vertente de fusões e aquisições, com o total de 19 transações englobando retailtechs durante o período.
Nesse espaço, as redes varejistas se destacaram. O Magazine Luiza liderou o ranking entre as empresas de grande porte que adquiriram startups em no último ano, com 11 acordos em 2020.
O maior deles foi no mês de dezembro, com a compra da Hub Fintech por R$ 290 milhões.
Fintechs e TI
Nas aquisições e fusões, as fintechs também ficaram na frente junto de Tecnologia da Informação, cada uma com 22 transações.
Entre os compradores do setor de tecnologia, a Locaweb se destaca por ter comprado 5 startups após levantar R$ 1,3 bilhão em seu IPO, em fevereiro.
Por fim, 2020 teve 163 fusões e aquisições envolvendo startups, representando um aumento de 154% sobre o volume de 2019.
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