O governo de São Paulo informou que não haverá reajuste da tarifa do transporte em SP no início de 2021. O anúncio foi feito em conjunto pela prefeitura da capital e o Executivo do Estado.
Dessa forma, não haverá reajuste no preço das passagens do metrô, ônibus municipais e dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que circulam no município de São Paulo capital.
As tarifas unitárias continuarão, então, em R$ 4,40. A justificativa do governo, de acordo com nota assinada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) e pelo governador João Dória (PSDB), é a “crise econômica e sanitária vivida pelas famílias, causada pela pandemia da Covid-19”.
Desse modo, os governos alegaram que, mesmo com a retração no número de passageiros, o “enxugamento da máquina e ajuste fiscal” permitiram o congelamento da tarifa de maneira “responsável”. Completaram reafirmando que, nesse sentido, a oferta de ônibus foi mantida, mesmo com a queda da procura.
Assim, a capital paulista ficará mais de um ano com o mesmo valor da passagem. O último reajuste da tarifa do transporte de SP ocorreu em 1º de janeiro de 2020, quando subiu de R$ 4,30 para R$ 4,40.
Fim da gratuidade para idosos
Entra em vigor em 1º de janeiro de 2020, não só em São Paulo capital mas também na Região Metropolitana, o fim da gratuidade no transporte público para idosos de 60 a 65 anos.
Nesse sentido, só terá direito à gratuidade nos transportes de SP as pessoas acima de 65 anos, conforme previsto por lei federal.
A decisão, que também partiu dos governos estadual e municipal de São Paulo, no entanto, vem sendo alvo de críticas por parte da população e por profissionais da área da mobilidade urbana.
De acordo com o especialista de mobilidade urbana do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e membro do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito de São Paulo (CMTT), Rafael Calábria, a medida trará como consequência “a perda de usuários do transporte público” e “um sério impacto social”.
“Vivemos um momento de grave crise econômica e sanitária, com alta taxa de desemprego, aumento do valor de itens da cesta básica. Imagina o impacto que essa mudança terá na vida de um idoso da periferia. É muita irresponsabilidade”, argumentou o especialista, em entrevista à Agência Brasil.
Por outro lado, os governos argumentaram que a decisão “acompanha a revisão gradual das políticas voltadas a essa população” e citou como exemplo o aumentos de idade mínima para aposentadoria compulsória.
Reajuste da tarifa do transporte de SP – Região Metropolitana
Outras 16 cidades da Grande São Paulo decidiram acompanhar a capital na decisão e não vão reajustar a tarifa do transporte público. São elas:
- Arujá;
- Barueri;
- Biritiba Mirim;
- Cajamar;
- Cotia;
- Diadema;
- Ferraz de Vasconcelos;
- Francisco Morato;
- Guararema;
- Guarulhos;
- Itapecerica da Serra;
- Jandira;
- Mogi das Cruzes;
- Santo André;
- São Bernardo;
- São Caetano do Sul.
As cidades de Caieiras e Franco da Rocha, na Grande São Paulo, por outro lado, já anunciaram que vão reajustar as tarifas de ônibus municipais. A passagem passou de R$ 4,80 para R$ 5, em vigor desde a última terça-feira, 29.
As prefeituras de Carapicuíba, Osasco e Ribeirão Pires ainda não definiram se haverá reajuste.
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