Nesta terça-feira, 8, ocorre a primeira parte da Reunião no Comitê de Política Monetária (Copom) para a definição da taxa de juros básicos (Selic).
O Banco Central anunciará o resultado na próxima quarta-feira, 9, no fim do dia, após a segunda etapa da reunião.
Embora a inflação esteja em alta nos últimos meses, as instituições financeiras acreditam que a taxa de 2% ao ano será mantida.
Essa projeção está no boletim Focus, relatório com informações sobre instituições financeiras anunciado semanalmente pelo Banco Central.
Reunião no Copom e a meta de inflação
O principal instrumento do Governo para controlar a inflação é a taxa Selic, definida a cada dois meses na reunião do Copom.
Ela assegura que a inflação fique dentro da meta determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para este ano, a meta está em 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em outras palavras, o limite inferior é 2,5% e o superior 5,5%.
Para o ano que vem, a meta é 3,75%, com o mesmo intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Ademais, até algumas semanas atrás, as instituições financeiras imaginavam uma inflação menor que o esperado.
Entretanto, a situação mudou com recente alta nos preços dos alimentos.
Os especialistas consultados no boletim Focus projetam agora que a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), terminará o ano em 4,21%. Já a estimativa para o ano que vem, está em 3,34%.
Controle da demanda
O BC atua de forma direta por meio de operações de mercado aberto, comprando e vendendo títulos públicos federais para que a taxa de juros fique próxima ao valor definido na reunião.
A taxa Selic é a referência para os demais juros da economia brasileira. É a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, que são registradas todos os dias no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
O Copom, ao conseguir manter a taxa Selic no mesmo nível, considera que as mudanças anteriores nos juros básicos foram suficientes para chegar à meta de inflação. Esse objetivo deve ser almejado pelo Banco Central.
Ao diminuir os juros básicos, se diminuem os custos do crédito e estimula a produção e o consumo.
Por fim, quando o Copom decide aumentar a taxa Selic, visa conter a demanda estimulada.
Isso, consequentemente, gera reações nos preços, pois os juros mais altos elevam o crédito e incentivam a poupança.
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