Copom inicia terceira reunião de 2021 para definir taxa Selic

Após aumentar os juros na última reunião, Copom deve repetir a dose no terceiro encontro do ano para definir a taxa Selic. Mercado espera alta de 0.75 p.p.

Escrito por Cristina Boscolo

Por que confiar no iDinheiro?

Responsabilidade editorial: Nosso editores são especialistas nas áreas e isentos nas avaliações e informações. Nosso objetivo é democratizar e simplificar o acesso a produtos e serviços financeiros sem viés. Conheça nosso código editorial.

Como ganhamos dinheiro?

Podemos ser comissionados pela divulgação e cliques nos parceiros. Isso também pode influenciar como alguns produtos aparecem na página, sempre com a devida identificação. Entenda como o site ganha dinheiro.

Política de Cookies: Nosso site utiliza cookies para estatísticas gerais do site e rastreamento de comissões de forma anônima. Nenhum dado pessoal é coletado sem seu consentimento. Conheça nossa política de privacidade.


Após aumentar os juros pela primeira vez em seis anos na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve repetir a dose no terceiro encontro do ano para definir a taxa Selic (taxa básica de juros).

A reunião acontece entre esta terça-feira, 4, a próxima quarta, 5, e a decisão será anunciada logo em seguida.

Por causa da alta da inflação oficial observada nos últimos meses, as instituições financeiras preveem que a Selic deverá subir de 2,75% ao ano para 3,5% ao ano. Essa expectativa foi divulgada no boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Bacen. Para o final do ano, o mercado prevê que a taxa subirá ainda mais, para 5,5%.

Entre agosto do ano passado e março de 2021, a taxa Selic esteve em 2% ao ano – menor nível desde o início da série histórica, em 1986. A taxa é utilizada em negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e é uma referência para as outras taxas econômicas do país.

A Selic também é um instrumento para que o Banco Central mantenha a inflação oficial sob controle, já que o órgão atua diariamente em operações de mercado aberto, comprando e vendendo títulos públicos federais, a fim de manter a taxa de juros básicos próxima ao valor definido pelo Copom.

Quando a taxa básica de juros é elevada após as reuniões, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que acaba causando reflexos nos preços – já que os juros mais altos encarecem o crédito e acabam estimulando a poupança.

Apesar disso, as instituições bancárias consideram outros muitos fatores para definir os juros que serão cobrados aos clientes. Entre eles estão o lucro, as despesas administrativas e, claro, o risco de inadimplência.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito se torne mais barato, incentivando a produção e o consumo, reduzindo o controle da inflação oficial e estimulando de modo geral a atividade econômica no país. Ainda assim, as taxas de juros aplicadas nas operações de crédito não são reduzidas na mesma proporção da Selic, já que a taxa é apenas uma parte do custo do crédito como um todo.

Como funciona a reunião do Copom

O Copom se reúne a cada 45 dias e realiza, no primeiro dia do encontro, apresentações técnicas sobre a evolução tanto da economia brasileira, como da economia mundial, além de falar sobre as perspectivas e o comportamento do mercado financeiro.

Já no segundo dia, os membros do Comitê, que são parte da diretoria do Banco Central, analisam todas as possibilidades e, por fim, definem a taxa Selic.

Meta de inflação oficial para 2021

Para este ano, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central é de 3,75% ao ano – nível definido pelo Conselho Monetário Nacional e com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para 2022, a meta é manter-se em 3,5%, considerando também o mesmo intervalo de tolerância.

Analistas consultados no boletim Focus projetam agora que a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminará 2021 em 5,04%, muito próxima ao máximo tolerado. A alta poderá ser motivada pelos preços dos combustíveis, alimentos e energia. Para o ano que vem, a estimativa está em 3,61%.

Quer ficar informado sobre as novidades sobre a reunião do Copom? Então, assine a newletter do iDinheiro e ative as notificações!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Participe das comunidades do iDinheiro no Whatsapp