Empresas brasileiras devem captar mais recursos no exterior em 2021

Grandes empresas brasileiras poderão captar recursos no exterior e ter até 6 bilhões de dólares, segundo especialistas. Isso pode ajudar na geração de emprego e renda. Entenda!

Escrito por Fabíola Thibes

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Os bancos que estruturam emissões de ativos internacionais esperam aumento da procura por empresas brasileiras em 2021. A expectativa é que os recursos no exterior se tornem fontes viáveis de capital para financiar as operações.

Muitas das empresas que buscam esse tipo de operação já são companhias bem estruturadas, mas que nunca haviam recorrido a essa medida. O motivo da decisão é a alta liquidez do mercado secundário.

Em outras palavras, isso significa que é fácil comprar e vender ativos entre dois ou mais investidores. Assim, é rápido e prático gerar dinheiro e captar recursos estrangeiros.

Exemplos de captação de recursos no exterior

Duas empresas brasileiras adotaram essa medida e tiveram sucesso ao conquistar recursos no exterior. Elas são as Lojas Americanas e B2W. Ambas pertencem ao mesmo grupo.

Elas ingressaram no mercado internacional e obtiveram US$ 500 milhões com papéis de até 10 anos negociados.

Na negociação, o dividendo pago chegou a 4,75% pelas Lojas Americanas e a 4,375% pela B2W. Segundo o responsável pela área de mercado de dívidas do Bank of America, Pedro Campos, as taxas são favoráveis às empresas.

“Primeiro, a Lame (Lojas Americanas) captou numa das menores taxas para uma empresa com rating semelhante. Em seguida, a B2W conseguiu a menor taxa de sua história. Tudo isso por conta da melhora da liquidez no mercado secundário”, destaca.

Característica das companhias

As emissões externas desse tipo devem continuar sendo ofertadas em 2021. Há expectativa de aumento na procura, principalmente por empresas com receitas dolarizadas.

No entanto, os especialistas acreditam que também pode haver procura por negócios que faturam em reais. Campos diz que “o objetivo principal vai ser alongar o perfil da dívida e obter volumes maiores”.

Mais perspectivas para os recursos no exterior

Além da alta liquidez, a captação de recursos no exterior também será incentivada pelos investidores relacionados à sustentabilidade. Isso tende a trazer novas companhias para esse segmento financeiro.

Especialistas destacam que novas companhias devem surgir, inclusive em setores pouco explorados até agora. Outras possibilidades serão aquelas estruturadas com base em compromissos sociais, ambientais e de governança.

Para o responsável pelo mercado de renda fixa do Bradesco BBI, Philip Searson, janeiro deverá registrar aproximadamente 10 emissões. O motivo é que esse mês é a principal “janela” do mercado.

Conforme Searson, há próximo de US$ 14 bilhões em bonds (títulos de renda fixa do exterior) que vencem em 2021. Ainda há US$ 13 bilhões com opção de recompra.

Esse cenário gera uma taxa abaixo daquela negociada no mercado. Além disso, as empresas dos Estados Unidos não devem procurar recursos. Elas montaram um orçamento para os primeiros meses do ano devido à pandemia.

Por isso, Campos projeta um volume de captação de US$ 6 bilhões por empresas brasileiras em outros países. O foco ainda deve ser o longo prazo.

Em resumo, a captação de recursos no exterior está favorável e pode impulsionar os resultados e a expansão das companhias brasileiras.

Essa é a hora para quem quer emprestar dinheiro para financiar um negócio a juros baixos. Como resultado, as ações positivas podem levar ao aumento do emprego e da geração de renda.

Esses dois indicadores são fundamentais para a economia de qualquer país. Portanto, a captação de recursos no exterior pode ser uma das alavancas que ajudará a economia brasileira a se recuperar.

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