Ao que tudo indica, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definirá o reajuste dos planos de saúde na próxima semana.
A expectativa é que os planos individuais, que representam 20% dos contratos do mercado, sejam reajustados em zero ou fiquem bem próximos deste percentual. Há, ainda, a possibilidade da porcentagem ser negativa, o que acarretaria em uma redução no valor das mensalidades.
Segundo o colunista do Globo, Lauro Jardim, essa possível queda ocorrerá devido a grande diminuição de intervenções eletivas no ano passado, tanto de cirurgias quanto de consultas, em razão da crise sanitária que o país e o mundo atravessam.
Por outro lado, as operadoras estão pressionando por um reajuste maior em planos coletivos, uma vez que estes não são regulamentados pela ANS.
Reunião para decidir sobre o reajuste dos planos de saúde
A decisão deve ocorrer em uma reunião da diretoria da ANS, marcada para o próximo dia 18, e será extensível aos planos que fazem aniversário de contrato entre os meses de maio de 2021 e abril de 2022.
Antes de ser divulgado, o índice será enviado ao Ministério da Economia.
Segundo o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, Pedro Queiroz, o órgão tentará convencer a ANS e a área econômica a não concederem reajuste nas mensalidades dos planos individuais.
Isso porque, durante a pandemia, a receita das operadoras aumentou justamente graças a menor quantidade de procedimentos, que levou a uma grande redução de custos.
E, ainda de acordo com Queiroz, há vários motivos para os próximos reajustes serem próximos de zero ou até mesmo negativos.
Caso se confirme, a decisão deve afetar 9 milhões dos 48 milhões de usuários de planos.
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